Os processos de autonomização identitária dos irmãos gémeos: trajetos na família, na escola e no grupo de pares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Limpo, Vanessa Viviana Custódio Garcias
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/9177
Resumo: As questões da construção identitária têm vindo a ser fonte de estudo e debate nas mais variadas áreas de conhecimento, todavia a identidade gemelar merece um olhar apurado na medida em que operacionaliza dinâmicas de interação únicas, visto que duas personalidades são construídas a par uma da outra e uma com a outra, num diálogo identitário que se desenha em díade. O presente trabalho de investigação visou compreender de que forma as múltiplas instâncias de socialização (família, experiência escolar e redes de amizade) influem nos processos de autonomização identitária desta população singular, identificando algumas das variáveis que poderão conduzir à sua individualização ou, pelo contrário, colocá-los num plano de indiferenciação identitária. De forma a privilegiar a experiência da gemelaridade por quem a vive, foram realizadas 16 entrevistas, correspondentes a 8 pares de irmãos gémeos pertencentes às várias tipologias gemelares (mono e dizigóticos de ambos os géneros). Estes jovens são estudantes dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário, com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos. A análise da informação recolhida permitiu concluir que entre as variáveis que afetam os processos de individualização dos irmãos gémeos, os recursos escolares dos pais são os que evidenciam um maior poder modelador da autonomização identitária. De facto, um maior grau de escolaridade tende a potenciar contextos em que os jovens se perspetivam enquanto seres independentes dentro da dupla, permitindo-lhes (re)construir os significados da sua presença no par e, simultaneamente, estruturarem o seu sense of self.
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