A sexualidade e a intimidade na doença avançada : a perspectiva dos doentes oncológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Ana Luísa Vilalonga Martins Horta
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/39726
Resumo: Tese de mestrado, Cuidados Paliativos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2019
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spelling A sexualidade e a intimidade na doença avançada : a perspectiva dos doentes oncológicosSexualidadeIntimidadeOncologiaCuidados paliativosDoença avançadaTeses de mestrado - 2019Domínio/Área Científica::Ciências MédicasTese de mestrado, Cuidados Paliativos, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2019Em cuidados paliativos acompanham-se os doentes com o intuito de promover uma vida o mais activa possível, englobando como tal o tema da sexualidade e intimidade (sexualidade/intimidade), no seu sentido mais amplo. Apesar de reconhecido o impacto multifactorial do cancro nestas áreas, a investigação e os recursos revelam-se insuficientes, sobretudo na doença avançada. Desenvolveu-se este estudo com o objectivo principal de avaliar a importância atribuída à sexualidade/intimidade por doentes com cancro avançado. Estudo transversal e observacional, com a participação de 30 indivíduos com doença oncológica avançada. Solicitou-se a participação em questionário próprio e ao FACIT-PAL, em monitorização das diferentes dimensões de bem-estar. Os resultados obtidos revelam que a maioria dos participantes (93%) identificou o tema da sexualidade/intimidade como importante, assim como a comunicação sobre este junto da equipa terapêutica (76,6%), à qual atribuem a responsabilidade da iniciativa (90,1%); a maior parte dos doentes não o faz (93,1%) por dar prioridade à abordagem da doença, por pressão do tempo de consulta e/ou por constrangimento. Os participantes (90%) sentem que a doença prejudicou a sua sexualidade/intimidade justificando-o com: a diminuição do desejo, alterações da imagem, efeitos dos tratamentos, fadiga, dor, náuseas, o tempo gasto em cuidados de saúde e ainda, tristeza e ansiedade. Observou-se uma relação estatisticamente significativa entre a atribuição de maior valor à sexualidade e os melhores índices de bem-estar físico. A percepção dos participantes quanto ao que se entende por uma vida sexual activa esteve positivamente relacionada com o bem-estar emocional e funcional. Verificou-se, deste modo, a relevância do tema, tal como o impacto multidimensional do processo de doença avançada. Os resultados remetem para a importância da abordagem sintomática global, da responsabilidade do profissional de saúde no processo de intervenção e da necessidade de desenvolvimento de recursos com vista ao melhor acompanhamento dos doentes e seus parceiros.In palliative care, the aim is to promote a life as active as possible for the patient, thus including sexuality and intimacy in its broader form. In spite of a recognized multifactorial impact of cancer in these two fields, resources and research have revealed themselves insufficient – particularly in cases of advanced disease. This study was developed with the main focus of evaluating the importance given by advanced cancer patients to sexuality/intimacy. It was designed a transversal and observational study, with the participation of 30 advanced cancer patients that completed both a questionnaire created for the study and FACIT-PAL to monitor the different dimensions of well-being. The gathered results revealed most patients (93%) identified the theme of sexuality/intimacy as important, as well as the communication of the theme with the therapeutic team (76.6%), to whom the patients attribute the responsibility to bring up the subject (90.1%); most patients do not talk about the theme (93.1%) and mention as reasons for this prioritizing topics related to the disease itself, time pressures or embarrassment. Patients feel their disease has harmed aspects of their sexuality/intimacy (90%), due to: reduced desire, body image related issues, treatment side effects, fatigue, pain, nausea, time spent in healthcare and even sadness and anxiety. A statistically significant link was observed between a higher valorisation of sexuality and better physical wellbeing indexes. The patients’ perception of sexual activity status was positively linked to their emotional and functional wellbeing. In conclusion, the present work highlighted the relevance of this matter as well as the multidimensional impact of the advanced disease process. Results link back to the importance of a global symptomatic approach and to the healthcare professional’s responsibility in the intervention process, The results also draw attention to the need to develop resources aiming at the better care of both the patients and their partners.Pina, Paulo Sérgio dos Reis SaraivaRepositório da Universidade de LisboaPereira, Ana Luísa Vilalonga Martins Horta2019-10-08T10:59:31Z2019-07-312019-07-31T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/39726TID:202269310porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:38:39Zoai:repositorio.ul.pt:10451/39726Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:53:33.243862Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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