As incubadoras de empresas com ligações à Universidade e a cooperação Universidade - Indústria: o caso de Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/4601 |
Resumo: | O objectivo desta investigação é o de complementar os estudos actuais sobre a cooperação universidade-indústria, aprofundando-os no contexto das incubadoras de empresas. A análise do caso português, com 11 incubadoras promovidas e/ou associadas de universidades, permitiu conhecer e avaliar os tipos de ligações de cooperação existentes entre uma amostra de 79 empresas em incubação e as respectivas universidades. Mais especificamente, este estudo diz respeito ao relacionamento entre a I&D das empresas e das universidades e às expectativas de que as incubadoras funcionem como um mecanismo de transferência dinamizador da cooperação U-I e de incremento de I&D conjunta. Deste modo, este trabalho descreve as ligações de I&D, de recursos humanos e de prestação de serviços, entre as empresas sediadas nas incubadoras e as universidades promotoras e/ou associadas, avalia a frequência ou intensidade das ligações de cooperação, dos seus resultados, efeitos, benefícios e importância para o desenvolvimento das actividades dos parceiros e explora os factores que afectam a intensidade das relações. Este último aspecto é analisado através da observação da importância de certas características gerais das incubadoras e de certas características gerais das empresas nelas sediadas, assim como da importância de cada uma dessas características na determinação de ligações de cooperação com a universidade. Desde logo, a descoberta inicial da nossa investigação, centrou-se na determinação das verdadeiras proporções de empresas com e sem ligações. Assim, identificámos 46 micro e pequenas empresas em incubação que tinham tido ligações de algum tipo com a universidade, correspondendo a 58,2% do total. Relativamente ao padrão agregado das ligações de cooperação encontrado, foi possível observar que, a grande maioria das ligações estabelecidas tiveram a ver com “os contactos informais com os académicos, com o “recrutamento de recém graduados da universidade” e com o “apoio ao desenvolvimento de projectos dos estudantes”. Estes dados, destacam o peso significativo de ligações baseadas nos recursos humanos e na componente informal de transmissão do conhecimento / tecnologia, relativamente às ligações mais formais como são as baseadas em I&D, caso dos “contratos de I&D celebrados entre as partes”. Igualmente relevante é a constatação de que aqueles contactos informais com os universitários ocorreram predominantemente a média e alta intensidade, e os contratos de I&D celebrados entre as partes verificaram-se maioritariamente a baixa intensidade. Também interessante, foram as constatações relativas às razões para a não existência de ligações em 41,8% do total das empresas da amostra. Assim, as justificações dominantes são a “falta de oportunidade” para o estabelecimento de ligações de cooperação com a universidade e “o assunto nunca foi equacionado”. No que se refere à influência que determinadas características particulares das empresas e das suas incubadoras, tinham no estabelecimento de ligações de cooperação U-I de qualquer tipo com as universidades, encontrámos diversas associações, as quais agrupámos em quatro níveis de conclusões. o primeiro, refere-se a que, os resultados obtidos, confirmaram diversos estudos empíricos anteriores, nomeadamente aqueles que indicam como factores determinantes da existência de ligações de cooperação U-I, o sector económico de actividade, a dimensão da empresa / número de colaboradores e ainda, as actividades de I&D. o segundo nível, tem a ver com o facto de se terem identificádo outros factores até agora não estudados, como a situação estatutária da incubadora e a origem das empresas sediadas, os quais afectam igualmente a existência ou não de ligações de cooperação. o terceiro nível, refere-se à identificação de quatro factores determinantes do estabelecimento de ligações da categoria de I&D e de recursos humanos, em contextos de incubadoras de empresas, até agora não estudados, e que são, a data de início de actividade da incubadora, a origem das empresas, o ano de incubação da empresa e o número de colaboradores / dimensão da empresa. Os tipos de ligações com os quais se associam são: “contratos de I&D celebrados entre as partes”, “apoio ao desenvolvimento de projectos dos estudantes” e “professores e investigadores como consultores nas empresas a tempo parcial”. por último, o quarto nível, refere-se à importância do mecanismo de transferência de conhecimento / tecnologia que é a incubadora de empresas associada e/ou promovida por uma universidade. Este estudo empírico, descobriu que determinadas características das empresas em incubação, nomeadamente, o sector económico, a dimensão / número de colaboradores e o desenvolvimento de actividades de I&D, influenciavam a decisão de localização nesta ou naquela incubadora, sendo por isso, dependentes de determinadas características das incubadoras, como sejam a situação estatutária, a data de início de actividade, de acordo com a participação da universidade no seu capital e ainda segundo as suas fontes de financiamento. O trabalho culmina com a proposta de um modelo integrativo da cooperação U-I em torno das incubadoras de empresas, sugerindo-se diversas medidas práticas, orientadas para a superação do gap existente entre os parceiros na cooperação. Estas medidas, assentam numa concepção de universidade interventiva e empreendedora, a qual se preocupa grandemente pela valorização económica do resultado da sua I&D. |
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As incubadoras de empresas com ligações à Universidade e a cooperação Universidade - Indústria: o caso de PortugalGestão industrialRelações universidade-empresa - PortugalCriação de empresas - PortugalInovação tecnológicaO objectivo desta investigação é o de complementar os estudos actuais sobre a cooperação universidade-indústria, aprofundando-os no contexto das incubadoras de empresas. A análise do caso português, com 11 incubadoras promovidas e/ou associadas de universidades, permitiu conhecer e avaliar os tipos de ligações de cooperação existentes entre uma amostra de 79 empresas em incubação e as respectivas universidades. Mais especificamente, este estudo diz respeito ao relacionamento entre a I&D das empresas e das universidades e às expectativas de que as incubadoras funcionem como um mecanismo de transferência dinamizador da cooperação U-I e de incremento de I&D conjunta. Deste modo, este trabalho descreve as ligações de I&D, de recursos humanos e de prestação de serviços, entre as empresas sediadas nas incubadoras e as universidades promotoras e/ou associadas, avalia a frequência ou intensidade das ligações de cooperação, dos seus resultados, efeitos, benefícios e importância para o desenvolvimento das actividades dos parceiros e explora os factores que afectam a intensidade das relações. Este último aspecto é analisado através da observação da importância de certas características gerais das incubadoras e de certas características gerais das empresas nelas sediadas, assim como da importância de cada uma dessas características na determinação de ligações de cooperação com a universidade. Desde logo, a descoberta inicial da nossa investigação, centrou-se na determinação das verdadeiras proporções de empresas com e sem ligações. Assim, identificámos 46 micro e pequenas empresas em incubação que tinham tido ligações de algum tipo com a universidade, correspondendo a 58,2% do total. Relativamente ao padrão agregado das ligações de cooperação encontrado, foi possível observar que, a grande maioria das ligações estabelecidas tiveram a ver com “os contactos informais com os académicos, com o “recrutamento de recém graduados da universidade” e com o “apoio ao desenvolvimento de projectos dos estudantes”. Estes dados, destacam o peso significativo de ligações baseadas nos recursos humanos e na componente informal de transmissão do conhecimento / tecnologia, relativamente às ligações mais formais como são as baseadas em I&D, caso dos “contratos de I&D celebrados entre as partes”. Igualmente relevante é a constatação de que aqueles contactos informais com os universitários ocorreram predominantemente a média e alta intensidade, e os contratos de I&D celebrados entre as partes verificaram-se maioritariamente a baixa intensidade. Também interessante, foram as constatações relativas às razões para a não existência de ligações em 41,8% do total das empresas da amostra. Assim, as justificações dominantes são a “falta de oportunidade” para o estabelecimento de ligações de cooperação com a universidade e “o assunto nunca foi equacionado”. No que se refere à influência que determinadas características particulares das empresas e das suas incubadoras, tinham no estabelecimento de ligações de cooperação U-I de qualquer tipo com as universidades, encontrámos diversas associações, as quais agrupámos em quatro níveis de conclusões. o primeiro, refere-se a que, os resultados obtidos, confirmaram diversos estudos empíricos anteriores, nomeadamente aqueles que indicam como factores determinantes da existência de ligações de cooperação U-I, o sector económico de actividade, a dimensão da empresa / número de colaboradores e ainda, as actividades de I&D. o segundo nível, tem a ver com o facto de se terem identificádo outros factores até agora não estudados, como a situação estatutária da incubadora e a origem das empresas sediadas, os quais afectam igualmente a existência ou não de ligações de cooperação. o terceiro nível, refere-se à identificação de quatro factores determinantes do estabelecimento de ligações da categoria de I&D e de recursos humanos, em contextos de incubadoras de empresas, até agora não estudados, e que são, a data de início de actividade da incubadora, a origem das empresas, o ano de incubação da empresa e o número de colaboradores / dimensão da empresa. Os tipos de ligações com os quais se associam são: “contratos de I&D celebrados entre as partes”, “apoio ao desenvolvimento de projectos dos estudantes” e “professores e investigadores como consultores nas empresas a tempo parcial”. por último, o quarto nível, refere-se à importância do mecanismo de transferência de conhecimento / tecnologia que é a incubadora de empresas associada e/ou promovida por uma universidade. Este estudo empírico, descobriu que determinadas características das empresas em incubação, nomeadamente, o sector económico, a dimensão / número de colaboradores e o desenvolvimento de actividades de I&D, influenciavam a decisão de localização nesta ou naquela incubadora, sendo por isso, dependentes de determinadas características das incubadoras, como sejam a situação estatutária, a data de início de actividade, de acordo com a participação da universidade no seu capital e ainda segundo as suas fontes de financiamento. O trabalho culmina com a proposta de um modelo integrativo da cooperação U-I em torno das incubadoras de empresas, sugerindo-se diversas medidas práticas, orientadas para a superação do gap existente entre os parceiros na cooperação. Estas medidas, assentam numa concepção de universidade interventiva e empreendedora, a qual se preocupa grandemente pela valorização económica do resultado da sua I&D.The aim of this research is to complement current studies on university-industry cooperation, in particular to undertake a more thorough investigation in the context of business incubators. The situation in Portugal is analysed by means of 11 incubators that are promoted by and / or associated with universities. This makes it possible to assess the nature of the cooperation links found between a sample of 79 firms under incubation and the respective universities. More specifically, this study examines the relationship between the firms’ and universities’ R&D and the hope that the incubators will operate as a transfer mechanism to stimulate U-I cooperation and to enhance joint R&D. This work thus describes the R&D, human resources and service provision links between the firms based in the incubators and the promoting and / or associated universities. Furthermore, it assesses the frequency and depth of the cooperation links, their outcomes, effects, benefits and importance to the development of the partners’ activities, and also explores the factors that affect the strength of such relations. This last aspect is analysed by observing the importance of certain general characteristics of incubators and of certain general characteristics of the firms based in them. The significance of each of these characteristics in determining the cooperation links with the university is also examined. The work first concentrates on the size of firms with and without links. We identified 46 micro and small enterprises under incubation, which had links of some kind with a university, comprising 58.2% of the total. In relation to the overall pattern of cooperation links found, most concerned “informal contacts with academics”, the “recruitment of new university graduates” and “support for students’ projects”. This information highlights the weight of links based on human resources and on the informal component of knowledge / technology transfer relative to more formal links, such as those based on R&D, with “R&D contracts signed by the parties”. It is equally relevant that those informal contacts with universities are predominantly of medium and high intensity, and R&D contracts are, on the whole, mostly low intensity. Also interesting were the statements made in relation to the reasons for the non-existence of links in 41.8% of the firms in the sample. The chief explanations are the “lack of opportunity” to establish cooperation links with the university and “the situation was never properly weighed up”. Regarding the influence that certain particular characteristics of the firms and their incubators would have on creating some sort of U-I cooperation links with the universities, we found several associations, which have been placed on four levels of conclusions. The first level is for those results that confirmed earlier empirical studies, in particular those that seem to be factors that determine the existence of U-I cooperation links: the sector of economic activity, the size of the firm / number of employees and R&D activities. The second level concerns the fact that other factors, not yet studied, have been identified, such as the statutory situation of the incubator and the origins of the firms therein, which also affect whether of not cooperation links exist. The third level relates to the identification of four factors determining the establishment of R&D and human resources category links, in the context of business incubators, not studied so far, and these would include the date the incubator began its activity, the origins of the firms, the year the enterprise was incubated and the number of employees / size of firm. The types of links with which they are associated are: “R&D contracts signed between the parties”, “support for student projects” and “lecturers and researchers as part-time consultants”. The fourth and final level concerns the importance of the mechanism for transferring knowledge / technology, that is, the incubator for the firm associated with and / or promoted by a university. This empirical study found that certain characteristics of firms under incubation, especially the economic sector, size / number of employees and development of R&D activities, would influence the decision to be placed in this or that incubator, making them reliant on certain characteristics of the incubator, such as its statutory situation, the date on which its activity was initiated, according both to the stake held by the university in its capital, and to sources of funding. The work ends with a proposal for an integrative U-I cooperation model, based on business incubators, suggesting a range of practical measures designed to bridge the gaps between the cooperating partners. These measures assume a conception of an interventionist and entrepreneurial university, which has a considerable interest in the economic valorization of the outcomes of its R&D.Universidade de Aveiro2011-12-16T15:32:07Z2005-01-01T00:00:00Z2005doctoral thesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/4601TID:101131887porMarques, João Paulo de Moura Martins Coelhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-06T03:34:11Zoai:ria.ua.pt:10773/4601Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-06T03:34:11Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O objectivo desta investigação é o de complementar os estudos actuais sobre a cooperação universidade-indústria, aprofundando-os no contexto das incubadoras de empresas. A análise do caso português, com 11 incubadoras promovidas e/ou associadas de universidades, permitiu conhecer e avaliar os tipos de ligações de cooperação existentes entre uma amostra de 79 empresas em incubação e as respectivas universidades. Mais especificamente, este estudo diz respeito ao relacionamento entre a I&D das empresas e das universidades e às expectativas de que as incubadoras funcionem como um mecanismo de transferência dinamizador da cooperação U-I e de incremento de I&D conjunta. Deste modo, este trabalho descreve as ligações de I&D, de recursos humanos e de prestação de serviços, entre as empresas sediadas nas incubadoras e as universidades promotoras e/ou associadas, avalia a frequência ou intensidade das ligações de cooperação, dos seus resultados, efeitos, benefícios e importância para o desenvolvimento das actividades dos parceiros e explora os factores que afectam a intensidade das relações. Este último aspecto é analisado através da observação da importância de certas características gerais das incubadoras e de certas características gerais das empresas nelas sediadas, assim como da importância de cada uma dessas características na determinação de ligações de cooperação com a universidade. Desde logo, a descoberta inicial da nossa investigação, centrou-se na determinação das verdadeiras proporções de empresas com e sem ligações. Assim, identificámos 46 micro e pequenas empresas em incubação que tinham tido ligações de algum tipo com a universidade, correspondendo a 58,2% do total. Relativamente ao padrão agregado das ligações de cooperação encontrado, foi possível observar que, a grande maioria das ligações estabelecidas tiveram a ver com “os contactos informais com os académicos, com o “recrutamento de recém graduados da universidade” e com o “apoio ao desenvolvimento de projectos dos estudantes”. Estes dados, destacam o peso significativo de ligações baseadas nos recursos humanos e na componente informal de transmissão do conhecimento / tecnologia, relativamente às ligações mais formais como são as baseadas em I&D, caso dos “contratos de I&D celebrados entre as partes”. Igualmente relevante é a constatação de que aqueles contactos informais com os universitários ocorreram predominantemente a média e alta intensidade, e os contratos de I&D celebrados entre as partes verificaram-se maioritariamente a baixa intensidade. Também interessante, foram as constatações relativas às razões para a não existência de ligações em 41,8% do total das empresas da amostra. Assim, as justificações dominantes são a “falta de oportunidade” para o estabelecimento de ligações de cooperação com a universidade e “o assunto nunca foi equacionado”. No que se refere à influência que determinadas características particulares das empresas e das suas incubadoras, tinham no estabelecimento de ligações de cooperação U-I de qualquer tipo com as universidades, encontrámos diversas associações, as quais agrupámos em quatro níveis de conclusões. o primeiro, refere-se a que, os resultados obtidos, confirmaram diversos estudos empíricos anteriores, nomeadamente aqueles que indicam como factores determinantes da existência de ligações de cooperação U-I, o sector económico de actividade, a dimensão da empresa / número de colaboradores e ainda, as actividades de I&D. o segundo nível, tem a ver com o facto de se terem identificádo outros factores até agora não estudados, como a situação estatutária da incubadora e a origem das empresas sediadas, os quais afectam igualmente a existência ou não de ligações de cooperação. o terceiro nível, refere-se à identificação de quatro factores determinantes do estabelecimento de ligações da categoria de I&D e de recursos humanos, em contextos de incubadoras de empresas, até agora não estudados, e que são, a data de início de actividade da incubadora, a origem das empresas, o ano de incubação da empresa e o número de colaboradores / dimensão da empresa. Os tipos de ligações com os quais se associam são: “contratos de I&D celebrados entre as partes”, “apoio ao desenvolvimento de projectos dos estudantes” e “professores e investigadores como consultores nas empresas a tempo parcial”. por último, o quarto nível, refere-se à importância do mecanismo de transferência de conhecimento / tecnologia que é a incubadora de empresas associada e/ou promovida por uma universidade. Este estudo empírico, descobriu que determinadas características das empresas em incubação, nomeadamente, o sector económico, a dimensão / número de colaboradores e o desenvolvimento de actividades de I&D, influenciavam a decisão de localização nesta ou naquela incubadora, sendo por isso, dependentes de determinadas características das incubadoras, como sejam a situação estatutária, a data de início de actividade, de acordo com a participação da universidade no seu capital e ainda segundo as suas fontes de financiamento. O trabalho culmina com a proposta de um modelo integrativo da cooperação U-I em torno das incubadoras de empresas, sugerindo-se diversas medidas práticas, orientadas para a superação do gap existente entre os parceiros na cooperação. Estas medidas, assentam numa concepção de universidade interventiva e empreendedora, a qual se preocupa grandemente pela valorização económica do resultado da sua I&D. |
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