Influência da agressividade do tratamento da Doença Arterial Periférica na cessação tabágica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga,Sandrina Figueiredo
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Gouveia,Ricardo, Sousa,Pedro Pinto, Campos,Jacinta, Brandão,Pedro, Canedo,Alexandra
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-706X2013000400003
Resumo: Objectivos: Determinar se nos doentes com Doença Arterial Periférica (DAP), o tipo de tratamento e o grau de isquemia infl uencia os hábitos tabágicos. Material e métodos: De Janeiro de 2010 a Dezembro de 2011 foram tratados 317 fumadores, 304 homens e 13 mulheres, média de idades 66±9,7 anos. Destes, 44% foram sujeitos a tratamento médico, 22% a revascularização endovascular e 34% a cirurgia. Estudaram-se as características demográficas da população, presença de factores de risco e eventos cardiovasculares, indicações para tratamento e a cessação tabágica após a revascularização ou durante o seguimento. Resultados: A análise estatística revelou uma proporção maior de doentes que cessaram hábitos tabágicos quando submetidos a um procedimento endovascular em relação àqueles em tratamento médico (66% vs 51%, p = 0,036) e ainda superior quando revascularizados cirurgicamente (66% vs 80%, p = 0,021). No grupo de tratamento endovascular, 65% dos ex-fumadores correspondiam a claudicantes e 69% a doentes com isquemia crítica (p = 0,36). No grupo de tratamento cirúrgico, a percentagem de doentes que deixou de fumar foi superior entre aqueles com isquemia crítica em relação aos tratados por claudicação (86% vs 72%, p = 0,039). Conclusões: Os doentes com Doença Arterial Periférica que são submetidos a procedimentos de revascularização mais invasivos, como a cirurgia, são mais propensos à cessação tabágica do que os sujeitos a tratamento endovascular ou médico. A presença de isquemia crítica aquando do tratamento cirúrgico infl uenciou, de forma estatisticamente signifi cativa, a cessação tabágica. Assim, a proposta de tratamento constitui um momento crucial para fomentar a desabituação tabágica.
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