Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/120 |
Resumo: | De há longa data que se reconhece que a maioria das produções metalúrgicas peninsulares, incluindo o território hoje português, atribuível ao último quartel do 3.º milénio a.C. e à maior parte do 2.º (Primeira Idade do Bronze) utilizam modelos de um grande conservadorismo, inclusive técnico, que, ao longo do 2.º milénio, progressivamente se afastam dos presentes na área europeia centro-atlântica. A tal facto não será estranha a produção peninsular de cobres arsenicais que integra boa parte dos artefactos de cobre do final do Calcolítico e a quase totalidade dos atribuíveis à Primeira Idade do Bronze, sendo correntemente afirmado que a tardia introdução das ligas de bronze (cobre e estanho) na metalurgia peninsular se deve ao sucesso dos cobres arsenicais em cujos minérios é rica. Argumentamos que esta introdução, perspectivada como ocorrendo por via continental trans-pirenaica por M. Fernández-Miranda, I. Montero Ruíz e S. Rovira Llorens (1995, p. 67) e seguindo de Navarra para as Mesetas e finalmente para o Sudeste Argárico, pode também pensar-se, face a novos dados disponíveis, como correndo ao longo da fachada atlântica peninsular, igualmente de norte para sul e daí para o interior. Para tal concorre a recente descoberta no Norte Português de evidências de produção de bronzes binários em contextos domésticos do segundo quartel do 2.º milénio a.C., bem como a revisão de anteriores achados do Centro-Sul português. Tais contextos permitem igualmente reflectir sobre as modalidades de que se reveste tal progresso tecnológico e qual o seu significado tecnómico e simbólico. |
id |
RCAP_4c8f74f756a0092b532b716161d2aeae |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:openjournal.cm-oeiras.pt:article/120 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsularmetalurgiaIdade do BronzeArqueologiaarqueometalurgiaDe há longa data que se reconhece que a maioria das produções metalúrgicas peninsulares, incluindo o território hoje português, atribuível ao último quartel do 3.º milénio a.C. e à maior parte do 2.º (Primeira Idade do Bronze) utilizam modelos de um grande conservadorismo, inclusive técnico, que, ao longo do 2.º milénio, progressivamente se afastam dos presentes na área europeia centro-atlântica. A tal facto não será estranha a produção peninsular de cobres arsenicais que integra boa parte dos artefactos de cobre do final do Calcolítico e a quase totalidade dos atribuíveis à Primeira Idade do Bronze, sendo correntemente afirmado que a tardia introdução das ligas de bronze (cobre e estanho) na metalurgia peninsular se deve ao sucesso dos cobres arsenicais em cujos minérios é rica. Argumentamos que esta introdução, perspectivada como ocorrendo por via continental trans-pirenaica por M. Fernández-Miranda, I. Montero Ruíz e S. Rovira Llorens (1995, p. 67) e seguindo de Navarra para as Mesetas e finalmente para o Sudeste Argárico, pode também pensar-se, face a novos dados disponíveis, como correndo ao longo da fachada atlântica peninsular, igualmente de norte para sul e daí para o interior. Para tal concorre a recente descoberta no Norte Português de evidências de produção de bronzes binários em contextos domésticos do segundo quartel do 2.º milénio a.C., bem como a revisão de anteriores achados do Centro-Sul português. Tais contextos permitem igualmente reflectir sobre as modalidades de que se reveste tal progresso tecnológico e qual o seu significado tecnómico e simbólico.Câmara Municipal de Oeiras2007-10-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/120oai:openjournal.cm-oeiras.pt:article/120Estudos Arqueológicos de Oeiras; Vol. 15 (2007): Estudos Arqueológicos de Oeiras; 119-1340872-6086reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/120https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/120/119Senna-Martinez, João Carlos deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-21T09:55:39Zoai:openjournal.cm-oeiras.pt:article/120Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:13:28.741462Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular |
title |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular |
spellingShingle |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular Senna-Martinez, João Carlos de metalurgia Idade do Bronze Arqueologia arqueometalurgia |
title_short |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular |
title_full |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular |
title_fullStr |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular |
title_full_unstemmed |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular |
title_sort |
Aspectos e problemas das origens e desenvolvimento da metalurgia do bronze na fachada atlântica peninsular |
author |
Senna-Martinez, João Carlos de |
author_facet |
Senna-Martinez, João Carlos de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Senna-Martinez, João Carlos de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
metalurgia Idade do Bronze Arqueologia arqueometalurgia |
topic |
metalurgia Idade do Bronze Arqueologia arqueometalurgia |
description |
De há longa data que se reconhece que a maioria das produções metalúrgicas peninsulares, incluindo o território hoje português, atribuível ao último quartel do 3.º milénio a.C. e à maior parte do 2.º (Primeira Idade do Bronze) utilizam modelos de um grande conservadorismo, inclusive técnico, que, ao longo do 2.º milénio, progressivamente se afastam dos presentes na área europeia centro-atlântica. A tal facto não será estranha a produção peninsular de cobres arsenicais que integra boa parte dos artefactos de cobre do final do Calcolítico e a quase totalidade dos atribuíveis à Primeira Idade do Bronze, sendo correntemente afirmado que a tardia introdução das ligas de bronze (cobre e estanho) na metalurgia peninsular se deve ao sucesso dos cobres arsenicais em cujos minérios é rica. Argumentamos que esta introdução, perspectivada como ocorrendo por via continental trans-pirenaica por M. Fernández-Miranda, I. Montero Ruíz e S. Rovira Llorens (1995, p. 67) e seguindo de Navarra para as Mesetas e finalmente para o Sudeste Argárico, pode também pensar-se, face a novos dados disponíveis, como correndo ao longo da fachada atlântica peninsular, igualmente de norte para sul e daí para o interior. Para tal concorre a recente descoberta no Norte Português de evidências de produção de bronzes binários em contextos domésticos do segundo quartel do 2.º milénio a.C., bem como a revisão de anteriores achados do Centro-Sul português. Tais contextos permitem igualmente reflectir sobre as modalidades de que se reveste tal progresso tecnológico e qual o seu significado tecnómico e simbólico. |
publishDate |
2007 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2007-10-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/other |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/120 oai:openjournal.cm-oeiras.pt:article/120 |
url |
https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/120 |
identifier_str_mv |
oai:openjournal.cm-oeiras.pt:article/120 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/120 https://eao.oeiras.pt/index.php/DOC/article/view/120/119 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Câmara Municipal de Oeiras |
publisher.none.fl_str_mv |
Câmara Municipal de Oeiras |
dc.source.none.fl_str_mv |
Estudos Arqueológicos de Oeiras; Vol. 15 (2007): Estudos Arqueológicos de Oeiras; 119-134 0872-6086 reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130588913860608 |