Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.19/7579 |
Resumo: | O investimento de carteira tem vindo a ganhar relevância em termos económicos, expresso pelo peso que assume no Produto Interno Bruto de cada país. Embora o Coordinated Portfolio Investment Survey (CPIS) tenha permitido colmatar alguma insuficiência de dados designadamente, em termos da localização dos ativos de investimento de carteira, prevalecem um conjunto de limitações como, por exemplo, falta de reporte por parte de alguns países, ou reporte incompleto com a ausência de algumas variáveis ou dimensões estatísticas. Nesse sentido, este relatório propõe uma nova abordagem que permite dar resposta à falta de cobertura de informação estatística e, desde logo, melhor identificação dos investimentos na forma de dívida e capital que cada país fez com o exterior. Este trabalho inclui informação recolhida do CPIS e da Posição de Investimento Internacional. Os resultados obtidos permitem aferir, com maior fiabilidade, a residência dos investidores finais do investimento de carteira, validados com testes de robustez e pela evolução com menores oscilações significativas do investimento mundial quando incorporadas as estimativas. A metodologia proposta permite ultrapassar as lacunas dos dados existentes no CPIS. As estimativas têm um maior impacto, em termos absolutos, nas economias que mais investimento de carteira captam e, em alguns semestres, representam 20% dos dados disponíveis. Assim, e de acordo com as estimativas obtidas através dos dados existentes conclui-se que a União Europeia, Estados Unidos da América, Reino Unido e Japão assumem papel de relevo como investidores mundiais (representam 81% dos ativos) e que investem, sobretudo, entre si e nas Ilhas Caimão (captam 79% do investimento mundial). No período em análise (2001 a 2020), a crise financeira de 2008 condicionou a transação dos ativos e passivos destes países. A saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) condicionou negativamente o investimento no exterior, nomeadamente na União Europeia, não se verificando uma alteração significativa na captação de financiamento de países terceiros. Este estudo dá um contributo adicional à literatura existente na extensão do período e número de países analisados, permitindo colmatar algumas das lacunas identificadas no CPIS, nomeadamente a cobertura incompleta dos dados ao estimar, principalmente, os períodos findos em junho de cada ano, onde a cobertura era mais afetada, e desagregar os títulos (capital e dívida) nessa estimativa. Deste modo, as autoridades responsáveis pela compilação de estatísticas externas podem estimar o financiamento captado em países que não reportam informação ao CPIS (acompanhando a periodicidade semestral do próprio inquérito) e ainda, projetar o investimento para períodos futuros. |
id |
RCAP_4cd67905959b3e53afa33c47c2c9d5ba |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ipv.pt:10400.19/7579 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteiraInvestimento de carteiraCPISResidência dos investidoresDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Economia e GestãoFinanças empresariaisO investimento de carteira tem vindo a ganhar relevância em termos económicos, expresso pelo peso que assume no Produto Interno Bruto de cada país. Embora o Coordinated Portfolio Investment Survey (CPIS) tenha permitido colmatar alguma insuficiência de dados designadamente, em termos da localização dos ativos de investimento de carteira, prevalecem um conjunto de limitações como, por exemplo, falta de reporte por parte de alguns países, ou reporte incompleto com a ausência de algumas variáveis ou dimensões estatísticas. Nesse sentido, este relatório propõe uma nova abordagem que permite dar resposta à falta de cobertura de informação estatística e, desde logo, melhor identificação dos investimentos na forma de dívida e capital que cada país fez com o exterior. Este trabalho inclui informação recolhida do CPIS e da Posição de Investimento Internacional. Os resultados obtidos permitem aferir, com maior fiabilidade, a residência dos investidores finais do investimento de carteira, validados com testes de robustez e pela evolução com menores oscilações significativas do investimento mundial quando incorporadas as estimativas. A metodologia proposta permite ultrapassar as lacunas dos dados existentes no CPIS. As estimativas têm um maior impacto, em termos absolutos, nas economias que mais investimento de carteira captam e, em alguns semestres, representam 20% dos dados disponíveis. Assim, e de acordo com as estimativas obtidas através dos dados existentes conclui-se que a União Europeia, Estados Unidos da América, Reino Unido e Japão assumem papel de relevo como investidores mundiais (representam 81% dos ativos) e que investem, sobretudo, entre si e nas Ilhas Caimão (captam 79% do investimento mundial). No período em análise (2001 a 2020), a crise financeira de 2008 condicionou a transação dos ativos e passivos destes países. A saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) condicionou negativamente o investimento no exterior, nomeadamente na União Europeia, não se verificando uma alteração significativa na captação de financiamento de países terceiros. Este estudo dá um contributo adicional à literatura existente na extensão do período e número de países analisados, permitindo colmatar algumas das lacunas identificadas no CPIS, nomeadamente a cobertura incompleta dos dados ao estimar, principalmente, os períodos findos em junho de cada ano, onde a cobertura era mais afetada, e desagregar os títulos (capital e dívida) nessa estimativa. Deste modo, as autoridades responsáveis pela compilação de estatísticas externas podem estimar o financiamento captado em países que não reportam informação ao CPIS (acompanhando a periodicidade semestral do próprio inquérito) e ainda, projetar o investimento para períodos futuros.ABSTRACT: Portfolio investment has been gaining economic relevance, expressed by the weight it assumes in the Gross Domestic Product of each country. Although the Coordinated Portfolio Investment Survey (CPIS) has allowed to overcome some data insufficiency, namely in terms of location of portfolio investment assets, a set of limitations prevail, such as, for instance, lack of reporting by some countries, or incomplete reporting with the absence of some variables or statistical dimensions. For that matter, this report proposes a new approach to address the lack of statistical information coverage and, therefore, better identify the investments in the form of debt and equity that each country has made abroad. This work includes information collected from the CPIS and the International Investment Position. The results obtained allow a more reliable measure of the residence of the final investors in portfolio investment, validated with robustness tests and by the evolution with smaller significant oscillations of world investment when the estimates are incorporated. The proposed methodology allows the existing data gaps in CPIS to be overcome. The estimates have a greater impact, in absolute terms, on the economies that capture the most portfolio investment and, in some semesters, represent 20% of the available data. Thus, and according to the estimates obtained through the existing data, we conclude that the European Union, the United States of America, the United Kingdom and Japan play a major role as world investors (accounting for 81% of assets) and that they invest mainly among themselves and in the Cayman Islands (79% of world investment). In the period under review (2001 to 2020), the 2008 financial crisis has conditioned the transaction of assets and liabilities of these countries. The United Kingdom's exit from the European Union (Brexit) has negatively conditioned investment abroad, namely in the European Union, and there has been no significant change in the attraction of funding from other countries. This study provides an additional contribution to the existing literature in the extension of the period and number of countries analyzed, allowing to fill some of the gaps identified in the CPIS, namely the incomplete coverage of data by estimating mainly the periods ending in June each year, where coverage was more affected, and disaggregating securities (equity and debt) in this estimate. Thereby, the authorities responsible for compiling external statistics can estimate the financing raised in countries that do not report information to the CPIS (following the biannual periodicity of the survey itself) and also project investment for future periods.Pinto, António Pedro Martins SoaresSilva, João Miguel Falcão Pinto daRepositório Científico do Instituto Politécnico de ViseuPeixoto, Gonçalo Manuel Cabral2023-01-23T11:48:38Z2022-12-022022-09-302022-12-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.19/7579TID:203185641porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-28T02:30:41Zoai:repositorio.ipv.pt:10400.19/7579Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:45:49.866606Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira |
title |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira |
spellingShingle |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira Peixoto, Gonçalo Manuel Cabral Investimento de carteira CPIS Residência dos investidores Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Economia e Gestão Finanças empresariais |
title_short |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira |
title_full |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira |
title_fullStr |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira |
title_full_unstemmed |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira |
title_sort |
Principais investidores de uma economia: uma análise sobre a evolução geográfica do investimento de carteira |
author |
Peixoto, Gonçalo Manuel Cabral |
author_facet |
Peixoto, Gonçalo Manuel Cabral |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Pinto, António Pedro Martins Soares Silva, João Miguel Falcão Pinto da Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Peixoto, Gonçalo Manuel Cabral |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Investimento de carteira CPIS Residência dos investidores Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Economia e Gestão Finanças empresariais |
topic |
Investimento de carteira CPIS Residência dos investidores Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Economia e Gestão Finanças empresariais |
description |
O investimento de carteira tem vindo a ganhar relevância em termos económicos, expresso pelo peso que assume no Produto Interno Bruto de cada país. Embora o Coordinated Portfolio Investment Survey (CPIS) tenha permitido colmatar alguma insuficiência de dados designadamente, em termos da localização dos ativos de investimento de carteira, prevalecem um conjunto de limitações como, por exemplo, falta de reporte por parte de alguns países, ou reporte incompleto com a ausência de algumas variáveis ou dimensões estatísticas. Nesse sentido, este relatório propõe uma nova abordagem que permite dar resposta à falta de cobertura de informação estatística e, desde logo, melhor identificação dos investimentos na forma de dívida e capital que cada país fez com o exterior. Este trabalho inclui informação recolhida do CPIS e da Posição de Investimento Internacional. Os resultados obtidos permitem aferir, com maior fiabilidade, a residência dos investidores finais do investimento de carteira, validados com testes de robustez e pela evolução com menores oscilações significativas do investimento mundial quando incorporadas as estimativas. A metodologia proposta permite ultrapassar as lacunas dos dados existentes no CPIS. As estimativas têm um maior impacto, em termos absolutos, nas economias que mais investimento de carteira captam e, em alguns semestres, representam 20% dos dados disponíveis. Assim, e de acordo com as estimativas obtidas através dos dados existentes conclui-se que a União Europeia, Estados Unidos da América, Reino Unido e Japão assumem papel de relevo como investidores mundiais (representam 81% dos ativos) e que investem, sobretudo, entre si e nas Ilhas Caimão (captam 79% do investimento mundial). No período em análise (2001 a 2020), a crise financeira de 2008 condicionou a transação dos ativos e passivos destes países. A saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) condicionou negativamente o investimento no exterior, nomeadamente na União Europeia, não se verificando uma alteração significativa na captação de financiamento de países terceiros. Este estudo dá um contributo adicional à literatura existente na extensão do período e número de países analisados, permitindo colmatar algumas das lacunas identificadas no CPIS, nomeadamente a cobertura incompleta dos dados ao estimar, principalmente, os períodos findos em junho de cada ano, onde a cobertura era mais afetada, e desagregar os títulos (capital e dívida) nessa estimativa. Deste modo, as autoridades responsáveis pela compilação de estatísticas externas podem estimar o financiamento captado em países que não reportam informação ao CPIS (acompanhando a periodicidade semestral do próprio inquérito) e ainda, projetar o investimento para períodos futuros. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-12-02 2022-09-30 2022-12-02T00:00:00Z 2023-01-23T11:48:38Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.19/7579 TID:203185641 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.19/7579 |
identifier_str_mv |
TID:203185641 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130929900290048 |