A cortiça como sonda ambiental de metais pesados: um serviço sócio-ambiental prestado por montados de sobro e sobreirais
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2007000100026 |
Resumo: | A longevidade do sobreiro e a capacidade que a cortiça amadia tem de crescer construindo camadas anuais extremamente bem individualizáveis permitiu criar a hipótese de correlação entre as marcas químicas deixadas em cada camada de crescimento e as características ambientais do local onde o sobreiro vegeta. Isto permitiria a construção de séries de novénios de distribuição espacial e temporal da característica que se pretenda estudar. Há nisto algumas semelhanças com abordagens dendrométricas, sendo que estas tendem a ser muito mais agressivas. Foi objectivo deste trabalho que numa fase inicial do estudo se procedesse à criação de uma maneira credível de fazer a quantificação de chumbo (II) no felema da cortiça recorrendo a uma técnica de análise química nunca antes utilizada para este efeito a voltametria. A escolha deste método da análise química moderna resulta do conhecimento das vantagens competitivas que tem sobre outros, quando aquele é aplicável, como se demonstra ser o caso. A metodologia utilizada começou por exigir a recolha de uma porção de cortiça de um sobreiro escolhido ao acaso, de maneira a encontrar o material cortiça como se encontra na árvore. No momento não se consideram possíveis correlações biogeográficas mas tão somente o material propriamente dito. Tendo sido possível fazer a quantificação indicada, estão em curso os estudos necessários à verificação da hipótese que dá o mote a este trabalho de investigação centrado no sobreiro do montado e do sobreiral, sendo que a principal conclusão a retirar é que a possibilidade de utilização do sobreiro como indicador da qualidade ambiental do local, neste caso quanto ao teor em Pb(II), é mais um serviço prestável (pelo ecossistema que orbita em torno do sobreiro) às populações humanas da área da bacia mediterrânica ocidental. O futuro uso da voltametria como forma de, determinando a concentração do metal em causa em cada camada da cortiça de sobreiros dispersos na área onde vegetam, poder obter-se uma estimativa dos teores médios desses metais nos locais frequentemente caracterizados pela presença daquela árvore, poderá vir a ser muito interessante para um conhecimento mais profundo desta realidade. |
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