Famílias com doentes internados em unidade de cuidados paliativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gaspar, Manuel Rasteiro
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.esenfc.pt/?url=iQ8Idzcq
Resumo: O internamento do doente em cuidados paliativos, pela sua própria natureza de finitude causa na família grande sofrimento. É um acontecimento que pelo significado que representa, desencadeia reações e sentimentos, assim como mudanças drásticas no quotidiano familiar. Dado a problemática de transição deste processo saúde-doença na vida das pessoas, propusemo-nos conhecer o contexto de ?famílias com doentes internados numa unidade de cuidados paliativos?, tendo como objetivos - Conhecer os sentimentos vivenciados pelas famílias no acompanhamento do doente internado numa unidade de cuidados paliativos; - Analisar quais as estratégias que a família mais frequentemente utiliza para ultrapassar o período de crise; - Identificar as necessidades das famílias no acompanhamento do doente internado numa unidade de cuidados paliativos. Para corporizar o mesmo, realizámos uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, na qual participaram oito famílias de doentes adultos com doença terminal. A colheita de dados foi realizada entre Novembro de 2011 e Fevereiro de 2012 numa unidade de cuidados paliativos, através de entrevista semiestruturada. Utilizou-se a Análise Temática de Conteúdo de Bardin. As dimensões evidenciadas nesta pesquiza, foram: 1 - Evento crítico: Internamento numa UCP e 2 - Ajustamento da família ao evento crítico. Na 1ª dimensão - os sentimentos mais verbalizados foram: choque, desespero, dor intensa/sofrimento, tristeza, sensação de perda/luto antecipado. Foram ainda referidas alterações no quotidiano familiar e sobrecarga financeira face ao internamento do familiar, Na 2ª dimensão ? sobressai a forma como a família enfrenta os desafios perante a doença terminal e as estratégias que desenvolve para atenuar as dificuldades, orientase para a confiança nos cuidados prestados, participar nesses mesmos cuidados e acompanhar o familiar em todo o processo de doença e morte. O apoio prestado por familiares, amigos e pela equipa de saúde é referido pela maioria das famílias, bem como, a procura de apoio espiritual. Nas expectativas face à doença a família refere a esperança de uma inversão da situação e um retorno a casa. As vivências de famílias dos doentes em fase final de vida, apresentam perceções mais ou menos consensuais em todas as categorias, exceto na comunicação e informação, que circula sobre o diagnóstico e o prognóstico do doente. Estas, salientam-se pela conspiração do silêncio, justificada como forma de proteção ao doente.
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