O diagnóstico precoce da artrite reumatóide por ecografia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Célia Cristina Ferraz de Azevedo Barbosa dos
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/29704
Resumo: A Artrite Reumatóide é uma doença auto-imune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem(1). Afeta mulheres duas vezes mais do que os homens e sua incidência aumenta com a idade(1). Em geral, acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistémicas, como rigidez matinal, fadiga e perda de peso(1).Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos(1).Com a progressão da doença, os pacientes desenvolvem incapacidade para realização de suas atividades tanto de vida diária como profissional, com impacto económico significativo para o paciente e para a sociedade(1).A progressão da Artrite Reumatóide é altamente variável e não há estatísticas precisas sobre ela(2). A Artrite Reumatóide pode ser muito ligeira ou subclínica, com remissão espontânea que por vezes não são diagnosticadas (quase 10%) ou pode ser rapidamente progressiva e debilitante (10-15%)(2). A maioria dos pacientes apresentam-se com uma forma intermediária que envolve episódios de exacerbação separados por períodos de relativa inatividade, evoluindo para perdas funcionais progressivas(2). As anormalidades na Artrite Reumatóide precoce incluem tenossinovite, sinovite, erosões ósseas, edema da medula óssea e bursite(3). A ecografia músculo-esquelética tem-se revelado de grande interesse e importância na prática clínica diária em Reumatologia(4). A ecografia é um método diagnóstico acessível, prático, de baixo custo, sem recurso a radiação e de boa aceitação pelos doentes(4). Nos últimos anos temos assistido a grandes avanços nos equipamentos, com ecógrafos de maior qualidade e desempenho e com potencialidades, até há pouco, indisponíveis(4). Os ecógrafos recentes estão equipados com ferramentas fundamentais na avaliação da patologia reumatológica inflamatória, como é o eco-Doppler(4). Estes instrumentos revelam-se de grande interesse no diagnóstico, monitorização e controlo terapêutico de patologias inflamatórias(4). O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fundamentais para o controlo da atividade da doença e para prevenir incapacidade funcional e lesão articular irreversível(1).
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