Estatuto, identidade étnica e percepção de variabilidade nas crianças

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mouro, C.
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Monteiro, M. B., Guinote, A.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://ciencia.iscte-iul.pt/id/ci-pub-21339
http://hdl.handle.net/10071/14319
Resumo: O objectivo do estudo consistiu em averiguar o papel moderador do nível de identificação com o grupo na relação entre o estatuto (assimétrico) dos grupos e a percepção de variabilidade intragrupal. Este estudo foi realizado com crianças de nove e dez anos, brancas e negras, a frequentar escolas com maioria de crianças brancas. O desenho factorial consistiu em 2 estatuto étnico x 2 nível de identificação x 2 grupo-alvo, sendo o último factor intra-sujeitos. A percepção de variabilidade foi medida através da adaptação da tarefa de distribuição de Linville et al. (1989), de onde resultaram duas medidas de variabilidade, a variância e a amplitude. Os resultados confirmaram as hipóteses de partida: verificou-se um efeito principal do grupo-alvo avaliado, sendo o grupo das crianças brancas é percebido como sendo construído por elementos mais diferenciados do que o grupo das crianças negras. O estatuto étnico, o grupo-alvo e o nível de identificação interagem mostrando que, quando é o grupo de baixo estatuto (negro) a avaliar, as suas percepções dos grupos-alvos diferem consoante o seu grau de identificação étnica. As crianças negras com elevada identificação étnica percebem o seu grupo como mais homogéneo do que o das crianças brancas, enquanto que as crianças negras com moderada identificação étnica percebem ambos os alvos com o mesmo grau de variabilidade. Os resultados são discutidos no âmbito da teoria da identidade social e sugerem-se linhas de investigação que tenham em conta a importância das identidades múltiplas para estes processos.
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