Terapêutica da malária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Pedro Nuno Soares de Figueiredo Bettencourt
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/43711
Resumo: Trabalho final do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestrado em Doenças Infecciosas apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Terapêutica da maláriaMaláriaTerapêuticaDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestrado em Doenças Infecciosas apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraA malária é uma das doenças infecciosas com maior impacto ao nível da Saúde Pública nos países em vias de desenvolvimento. No entanto, os fenómenos de globalização, as alterações climáticas e a maior mobilidade das populações poderão conduzir a uma maior disseminação da doença, com o aparecimento de casos de malária em zonas actualmente consideradas não endémicas. Considerando esse risco, a terapêutica da malária deverá constituir motivo de constante actualização por parte de Infecciologistas e Médicos de Família em todo o Mundo. À semelhança do que vem acontecendo com outras patologias, a emergência de resistências aos fármacos mais utilizados é, hoje em dia, uma das grandes preocupações dos clínicos nas áreas endémicas. As associações de fármacos são, actualmente, o gold standard da terapêutica, com a Organização Mundial de Saúde a recomendar, como tratamento de primeira linha, as combinações baseadas em derivados da artemisinina. Todavia, em Portugal, estes fármacos ainda não estão muito difundidos, utilizando-se outras combinações. Na malária grave, o objectivo é tratar o doente o mais rapidamente possível, utilizando-se um fármaco (quinino ou um derivado da artemisinina) por via parentérica, complementado com medidas de suporte e associando-lhe antibioterapia oral após o tratamento parentérico. Por outro lado, em áreas endémicas, as crianças representam uma percentagem significativa dos doentes com malária e um grupo etário onde a mortalidade é exageradamente elevada. Em Pediatria, os fármacos utilizados são semelhantes aos dos adultos (com excepção das tetraciclinas), mas as doses devem ser precisas e adaptadas ao peso ou, mais correctamente, à superfície corporal. A malária na gravidez também representa um desafio, já que existe a preocupação de poupar o embrião/feto a eventuais toxicidades farmacológicas; contudo, tanto os derivados da artemisinina (excepto no primeiro trimestre) como o quinino podem ser usados no tratamento da malária na grávida. Em relação à coinfecção malária-VIH, sabe-se que estes dois agentes interagem em prejuízo do doente. 2 Apesar disto, o tratamento da malária nestes doentes não difere do da população em geral. Finalmente, e com particular ênfase nestes casos particulares, existem muitas linhas de investigação. Esta observação assume particular importância nesta infecção, já que, para além do desconhecimento relativo a vários pormenores da patogenia da doença, é essencial manter sempre um arsenal terapêutico amplo de modo a que, na eventualidade de os tratamentos mais recentes falharem, estarem disponíveis, de imediato, fármacos comprovadamente seguros, adequados e, fundamentalmente, eficazes.Malaria is one of the most serious infections in terms of Public Health in the developing countries. However, the globalization phenomena, climate changes and the increased population mobility will eventually lead to a spread of the disease to non-endemic areas. This risk should encourage specialists in Infectious Diseases and Family Practitioners to keep informed about the most recent advances in malaria treatment. Like with other patologies, the emergence of resistant parasites is one of the main worries of the clinics that work in endemic areas. Nowadays, the association therapy is the treatment gold standard, and the World Health Organization recommends, as first line treatment, the artemisinin-based combination therapy. Despite this fact, these drugs are relatively unknown in Portugal. In severe malaria, the goal is to treat the patient as soon as possible, with a drug (quinine or artemisinin-based combination therapy) administered by parenteral route associated with supportive measures and oral antibiotics after the parenteric treatment. In endemic areas, children affected by malaria represent a significant percentage of all the patients and constitute a group where the mortality is excessively high. The drugs used to treat malaria in children are similar to those used in adults (except tetracyclines), but the dosage must be precise and adjusted to the weight (or, more correctly, to the body surface) of the sick child. Malaria in pregnancy is also a challenge, because it’s important to keep the embryo/fetus safe from the harmful effects of the substances used to treat malaria. However, both artemisinin-based combination therapy and quinine can be given to a sick pregnant woman to treat malaria. When it comes to malaria associated to HIV infection, it is known that these pathologic entities interact and cause more serious illness. In spite of that, treating malaria in these patients is no different than treating other patients. Finally, it’s essential to mention that, nowadays, there are countless research perspectives going on. This fact is very important when referring to malaria, as we don’t fully understand all the details related to the illness’ pathogenic aspects and because we need to keep a pool of safe, efficient drugs ready to be used if the most recent treatments start to fail.2010-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/43711http://hdl.handle.net/10316/43711porMedeiros, Pedro Nuno Soares de Figueiredo Bettencourtinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:46Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/43711Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:17.948975Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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