EVOLUÇÃO PONDERAL APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA - REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Félix,Maria João
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Mendes,Paulo, Pereira,Ana Maria Geraldes Rodrigues
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-59852022000100064
Resumo: RESUMO INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crónica, de origem multifatorial, associada a diversas complicações médicas, provocando um declínio significativo na saúde dos indivíduos. Em indivíduos com IMC≥40kg/m² ou IMC≥35kg/m² com, pelo menos, uma comorbilidade, a cirurgia bariátrica é o tratamento de eleição e pode ser realizado em cirurgias do tipo restritivas e/ou malabsortivas. OBJETIVOS: Realizar uma revisão da literatura para estudar a evolução ponderal após cirurgia bariátrica a curto e a longo prazo. METODOLOGIA: foram selecionados 10 artigos das bases de dados Web Of Science e Pubmed/Medline, publicados entre 2015 e 2020, que abordassem a evolução ponderal após cirurgia bariátrica. Para a realização da revisão sistemática foram utilizadas as recomendações PRISMA, e para avaliação da qualidade dos artigos o instrumento de avaliação crítica de Crombie. RESULTADOS: Em 90% dos artigos analisados, verificou-se uma perda de peso nos primeiros dois anos de seguimento, constatando-se ainda, em 40% dos artigos uma maior diminuição de IMC, no primeiro ano após cirurgia bariátrica comparativamente com o segundo, sendo que a diminuição média de IMC variou entre 9,62kg/m² e 19,8kg/m² no primeiro ano e entre 0,13kg/m² e 4,3kg/m² no segundo ano após cirurgia bariátrica. 30% dos artigos com um tempo de seguimento superior a 2 anos, incluídos nesta revisão, referem novo aumento ponderal dos indivíduos ao fim de 3 anos e 10% após 5 anos de cirurgia bariátrica. Dos artigos que fazem menção a mais do que uma técnica cirúrgica (40%), o Bypass Gástrico em Y de Roux é a que se relaciona com maior perda ponderal, seguida de Gastrectomia Vertical/Gastrectomia Vertical por Laparoscopia e com menores resultados a Banda Gástrica Ajustável/ Banda Gástrica Ajustável por Laparoscopia. CONCLUSÕES: A cirurgia bariátrica continua a ser um método eficaz para o tratamento da obesidade mórbida ou obesidade grau 2 com pelo menos uma comorbilidade a curto prazo, sendo necessário o acompanhamento nutricional rigoroso para ajudar na obtenção de melhores resultados a longo prazo, bem como na sua manutenção.
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