DANOS OCUPACIONAIS ASSOCIADOS AO CÁDMIO, COM ENFASE NO SETOR DA CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE OBRAS DE ARTE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,M
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Almeida,A
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532020000100077
Resumo: RESUMO Introdução e objetivo: Os autores tiveram como objetivo recolher e resumir toda a informação que encontraram sobre o tema, como ponto de partida para outros projetos que se afirmem como pertinentes, no contexto da saúde ocupacional destes profissionais. Os principais riscos associados ao Cádmio distribuem-se por diversos contextos médicos (ainda que com consensos diferentes) a nível da neurologia, aparelho cardiovascular, reprodução/ obstetrícia, pediatria, nefrologia, oncologia, pneumologia, oftalmologia, aparelho gastrointestinal, endocrinologia e ortopedia/ reumatologia. Metodologia: Para esta scopping review foram considerados os motores de busca Scopus; PubMed; Web of Science; Science Direct; Academic Search Complete; CINALH; MedLine; Database of Abstracts and Reviews; Central Register of Controlled Trials; Cochrane Database of Systematic Reviews; Nursing and Allied Health Collection; MedicLatina e RCAAP. Conteúdo ou Resultados: Neste contexto profissional, encontrou-se um documento que mencionava que nos séculos XVIII e XIX foram descobertos os pigmentos associados ao cádmio, ainda que tóxicos, mas usados ainda hoje; os mais relevantes são (a nível de frequência de uso e toxicidade) o amarelo e o vermelho de cádmio, desde 1820 e 1910, respetivamente. Outro artigo realçou que durante o século XIX foram criados pigmentos amarelos com sulfureto de cádmio, sendo que essa cor também dependia da adição de elementos como zinco, selénio e bário. Discussão: Existindo tão pouca bibliografia relativa aos riscos médicos do Cádmio em Conservadores- Restauradores, os autores optaram por inserir nesta secção alguns dados relativos a outros profissionais que também possam contatar com este agente. Entre estes, os artistas que elaboram (ou sobretudo elaboraram no passado) obras de arte com pigmentos com Cádmio, talvez sejam os mais adequados, ainda que também sobre estes a bibliografia seja muito reduzida. Acredita-se que pintores famosos estavam expostos, nomeadamente Rubens, Renoir, Duffy e Klee. Limitações: Os autores desenvolveram esforços no sentido de tentar que a sua pesquisa fosse exaustiva mas, uma vez concluída, perceberam que não encontraram dados relevantes sobre o doseamento do Cádmio nos ambientes de trabalho da Conservação e Restauro, nem indicação de que técnicas podem ser utilizadas ou quais as preferenciais, tal como a nível biológico. Não se encontrou qualquer avaliação do risco associado para os Conservadores- Restauradores, em função dos doseamentos obtidos e restante análise ao posto de trabalho. Não foram mencionadas na bibliografia consultada medidas de proteção coletiva ou individual (sequer de forma genérica, quanto mais especificando modelos e/ ou materiais). Conclusões: Desde longa data que são conhecidos malefícios concretos e sérios associados ao Cádmio. Contudo, o setor da Conservação e Restauro é ainda muito pouco estudado em contexto de Saúde Ocupacional e os riscos do eventual contato com Cádmio não são exceção. Seria muito pertinente que surgissem equipas motivadas para estudar este setor e colmatar parte das limitações encontradas, não desenvolvidas na literatura internacional.
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