Quimioterapia intensiva com suporte hematopoiético autólogo em doentes com carcinoma da mama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faria, Raúl Lobato
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Costa, Fernando Leal da, Miranda, Nuno, Machado, Alexandra, Coelho, José Luís Castelo Passos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/21886
Resumo: Introdução – O tratamento de doentes com carcinoma da mama com quimioterapia intensiva e suporte hematopoiético é uma área controversa, cuja definição de benefício terapêutico depende ainda da maturação de resultados de ensaios em curso. Métodos – Foram elegíveis para transplantação doentes com carcinoma metastático ou localmente avançado quimiossensível e doentes com quatro ou mais gânglios axilares positivos na peça cirúrgica inicial. Resultados – Entre 1994 e 2000 foram tratadas com transplantação hematopoiética 55 doentes com cancro da mama. Nas 19 mulheres com doença metastática a mediana de tempo até à progressão é de sete meses e de sobrevivência de 28 meses. Só duas doentes se mantém em remissão após 48 e 77 meses, ambas com metastatização ganglionar supraclavicular e/ou cervical isoladas. Nas 36 doentes com estádio II/III, a mediana de tempo até à progressão e de sobrevivência é de 65 meses, estando 19 doentes vivas (18 sem doença). No subgrupo de 23 doentes com dez ou mais gânglios axilares positivos, a mediana de sobrevivência sem eventos aos cinco anos foi de 57%. Conclusões – O impacto terapêutico da transplantação hematopoiética em doentes com cancro da mama metastático é limitado, já que o tempo até à progressão e a sobrevivência após a realização da transplantação é semelhante aos observados em doentes recémdiagnosticados com metástases e tratados com quimioterapia convencional. Pelo contrário, o tempo até à progressão observado em doentes com estádio II/III e alto risco de recidiva parece superior ao obtido com quimioterapia convencional, sendo contudo necessário garantir um seguimento mais prolongado. Os resultados agora reportados são semelhantes aos previamente publicados. BACKGROUND The treatment of breast cancer patients with high-dose chemotherapy and stem-cell support is still highly controversial. The elucidation of its clinical benefit awaits the maturation of on-going clinical trials. METHODS Patients with chemotherapy-sensitive metastatic or locally advanced disease and patients with stage II/III disease and at least four positive axillary lymph nodes in the initial surgical specimen were eligible for transplantation. RESULTS Fifty-five women underwent transplantation between 1994 and 2000. For the 19 women with metastatic disease, the median time to progression was seven month and survival 28 months. Only two patients are progression-free, at 48 and 77 months, both with supraclavicular and/or cervical lymph node-only disease. For the 36 women with stage II/III disease, the median time to progression and survival were both 65 months -19 are alive, 18 disease-free. Among the subgroup of 23 patients with 10 or more positive axillary nodes, the five-year event-free survival was 57%. CONCLUSION The clinical benefit of stem-cell transplantation for metastatic breast cancer is limited since the time to progression and survival after transplantation is similar to those reported in patients with newly diagnosed metastases and treated with conventional-dose chemotherapy. However, in patients with high-risk stage II/III disease the time to progression is longer than that reported for similar patients treated with conventional systemic treatment. These results are similar to previous reports in the literature.
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