Tabagismo e gravidez: uma associação impraticável?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/33575 |
Resumo: | Trabalho de revisão do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestre (área científica de clínica geral) no âmbito do ciclo de estudos de Mestrado Integrado em Medicina. |
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Tabagismo e gravidez: uma associação impraticável?Tabagismo ativoTabagismo passivoGravidezPrevalênciaConhecimentoTrabalho de revisão do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestre (área científica de clínica geral) no âmbito do ciclo de estudos de Mestrado Integrado em Medicina.Introdução: A prevalência de mulheres fumadoras tem aumentado nos últimos anos, principalmente naquelas em idade fértil, e a percentagem de mulheres expostas a fumo de tabaco deve ser também motivo de preocupação. Tanto o tabagismo ativo como o passivo, durante a gravidez, estão associados não só a complicações gestacionais, mas também a várias comorbilidades do recém-nascido, seja no período pós-parto ou a longo prazo. Objetivo: Conhecer a prevalência do tabagismo ativo e passivo na gravidez, avaliar a eficácia das medidas de educação para a saúde no que diz respeito ao consumo de tabaco e exposição ao fumo de tabaco durante a gravidez e perceber de que modo o tabagismo ativo e passivo durante a gravidez se correlacionam com a faixa etária e o grau de escolaridade das mulheres inquiridas. Métodos: Estudo observacional e descritivo, com amostra de conveniência. Foram distribuídos inquéritos a 100 mulheres seguidas em consulta de saúde materna ou em consulta de planeamento familiar/saúde sexual e reprodutiva em centros de saúde do ACES Baixo Mondego, no período de Novembro e Dezembro de 2015. Resultados: Verificou-se que 24% das mulheres inquiridas fumavam antes de engravidar, sendo que 95,8% deixaram de fumar, verificando-se uma prevalência de 1% de mulheres fumadoras durante a gravidez. Encontrou-se uma prevalência de 44% de mulheres expostas a fumo de tabaco durante a gravidez. O tabagismo ativo durante a gravidez foi menos prevalente nas mulheres mais velhas, mas foi neste grupo que o tabagismo passivo durante a gravidez foi mais prevalente. Tanto o tabagismo ativo como o passivo durante a gravidez foram menos prevalentes nas mulheres com maior grau de escolaridade. A principal fonte de informação sobre os riscos do tabagismo ativo e passivo na gravidez foram os livros, internet e meios de comunicação social. Não foram encontradas correlações estatisticamente significativas entre faixa etária, grau de escolaridade, abandono do tabagismo ativo na gravidez e tabagismo passivo durante a gravidez. Discussão e conclusão: A prevalência do tabagismo ativo durante a gravidez foi bastante baixa, revelando o sucesso das medidas antitabágicas existentes. Apesar deste resultado positivo, a prevalência de tabagismo passivo durante a gravidez foi elevada, mostrando a necessidade de maior intervenção nesta área. Apesar de o tabagismo ativo durante a gravidez ter sido menos prevalente nas mulheres mais velhas, foi neste grupo que o tabagismo passivo durante a gravidez foi mais prevalente. Tanto o tabagismo ativo como o passivo durante a gravidez foram menos prevalentes nas mulheres com maior grau de escolaridade. É, portanto, necessário continuar a incentivar a cessação tabágica e prevenir a iniciação dos hábitos tabágicos nas mulheres, principalmente naquelas mais jovens e com menor escolaridade, bem como alertar para os riscos do tabagismo passivo durante a gravidez, com particular enfoque nas mulheres mais velhas. Background: The prevalence of smoking women has increased in recent years, especially in those of childbearing age, and the percentage of women exposed to tobacco smoke must also be cause for concern. Both active and passive smoking, during pregnancy, are associated not only with pregnancy complications, but also to various comorbidities in the newborn, whether they occur in the postpartum period or later in adulthood. Objective: To determine the prevalence of active and passive smoking in pregnancy, assess the effectiveness of health education action plan with regard to tobacco consumption and exposure to tobacco smoke during pregnancy and understand how the active and passive smoking during pregnancy correlate with age and the level of education of the women surveyed. Methods: Observational and descriptive study, using convenience sampling. Surveys were distributed to 100 women followed in maternal health consultation or family planning/sexual and reproductive health consultation in ACES Baixo Mondego health centers, in the period between November and December 2015. Results: There were 24% women who smoked before pregnancy and 95.8% of these stopped smoking, revealing a prevalence of 1% of smoking women during pregnancy. It was found a prevalence of 44% of women who were exposed to secondhand tobacco smoke during pregnancy. While active smoking during pregnancy was less prevalent in older women, it was in this group that passive smoking during pregnancy was more prevalent. Both active smoking and passive during pregnancy were less prevalent in women with higher levels of education. The main source of information about the risks of active and passive smoking in pregnancy were the books, internet and media. No statistically significant correlations were found between age, level of education, active smoking cessation during pregnancy and passive smoking during pregnancy. Discussion and Conclusion: The prevalence of active smoking during pregnancy was quite low, demonstrating the success of the existing tobacco control interventions. Despite this positive result, the prevalence of passive smoking during pregnancy was high, showing the need for further intervention in this area. While active smoking during pregnancy was less prevalent in older women, it was in this group that passive smoking during pregnancy was more prevalent. Both active smoking and passive during pregnancy were less prevalent in women with higher levels of education. It is therefore necessary to continue to encourage smoking cessation and prevent initiation of tobacco use among women, particularly in the youngest and those with less education, and warn of the risks of passive smoking during pregnancy, with particular focus on older women.2016-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/33575http://hdl.handle.net/10316/33575porSoares, Cristiana Maria Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-01-20T17:48:46Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/33575Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:44:07.745259Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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