Cosmopolitismo e cidadania. Karl Popper: uma leitura moderna de 'Menexeno' de Platão
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34632/gaudiumsciendi.2015.2746 |
Resumo: | In Plato's dialogue, Menexenus, a kind of complementary piece to the Gorgias, Socrates shows the power of "harmful" rhetoric by example, in the composition of a funeral oration. In a famous modern reading, Karl Popper accuses Plato of writing a devastating parody of Pericles' Funeral Oration, a cornerstone in the memory of Athenian democracy, proffered half a century before the drafting of the Republic. Pericles who is not innocent of some populist concessions, according to Popper, belongs to the group of defenders of "egalitarian individualism", typical of the Great Generation," and his speech conveys a political program that we cherish. Pericles is aware that democracy is not limited to mere principle that 'the people shall govern', but must be based on reason and faith in human kindness. There is much to say about Popper's reading of Plato dialogues, but he certainly does not ignore Platonic political dimension. This paper, which introduces the first Portuguese translation of the dialogue, emphasizes the paradoxical nature of the relation between democratic politics and rhetoric since the enlightenment and directs our attention to a platonic theme: autochthony and citizenship. |
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Cosmopolitismo e cidadania. Karl Popper: uma leitura moderna de 'Menexeno' de PlatãoIn Plato's dialogue, Menexenus, a kind of complementary piece to the Gorgias, Socrates shows the power of "harmful" rhetoric by example, in the composition of a funeral oration. In a famous modern reading, Karl Popper accuses Plato of writing a devastating parody of Pericles' Funeral Oration, a cornerstone in the memory of Athenian democracy, proffered half a century before the drafting of the Republic. Pericles who is not innocent of some populist concessions, according to Popper, belongs to the group of defenders of "egalitarian individualism", typical of the Great Generation," and his speech conveys a political program that we cherish. Pericles is aware that democracy is not limited to mere principle that 'the people shall govern', but must be based on reason and faith in human kindness. There is much to say about Popper's reading of Plato dialogues, but he certainly does not ignore Platonic political dimension. This paper, which introduces the first Portuguese translation of the dialogue, emphasizes the paradoxical nature of the relation between democratic politics and rhetoric since the enlightenment and directs our attention to a platonic theme: autochthony and citizenship.No diálogo platónico Menexeno, uma espécie de peça complementar do Górgias, Sócrates mostra os perigos da retórica com o seu exemplo, através da composição de uma oração funerária. Numa das mais famosas leituras modernas, Karl Popper acusa Platão de compor uma paródia devastadora da oração funerária de Péricles, pedra de toque do imaginário da democracia ateniense, uma oração proferida meio século antes da redacção de República. O próprio Péricles, segundo Popper não seria alheio a algumas concessões populistas, mas pertenceria ao grupo dos defensores do "igualitarismo individualista" da Grande Geração e o seu discurso continha um programa político que apreciamos. Péricles mostra-se consciente de que o conteúdo da democracia não se esgota no mero princípio 'o povo governa', mas deve basear-se na razão e na confiança na bondade humana. Há muito que debater acerca da leitura que Popper faz dos diálogos platónicos, mas este certamente não ignora a sua dimensão política. Este ensaio, que introduz a primeira tradução portuguesa do diálogo, tenta apontar as causas da natureza problemática da relação entre retórica e democracia por detrás do tema platónico do cosmopolitismo e da cidadania.Universidade Católica Portuguesa2015-01-01T00:00:00Zjournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://doi.org/10.34632/gaudiumsciendi.2015.2746oai:ojs.revistas.ucp.pt:article/2746Gaudium Sciendi; No 7 (2015); 55-62Gaudium Sciendi; n. 7 (2015); 55-622182-760510.34632/gaudiumsciendi.2015.n7reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/2746https://doi.org/10.34632/gaudiumsciendi.2015.2746https://revistas.ucp.pt/index.php/gaudiumsciendi/article/view/2746/2651Direitos de Autor (c) 2015 José Colenhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessColen, José2022-09-20T11:32:31Zoai:ojs.revistas.ucp.pt:article/2746Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:49:29.422359Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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