Impact of loneliness during COVID-19 pandemic on quality of life of adults and older people
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11901 |
Resumo: | Background: The COVID-19 became one of the biggest public health concerns in the world. The prophylactic measures imposed to delay the spread of the disease had important repercussions on interpersonal relationships. This study aims to analyze the impact of loneliness, during the COVID-19 pandemic, on the quality of life of the adult and elderly population, exploring the effects of psychological factors. Methodology: A total of 124 cognitively healthy individuals living in the community, aged 50 years and over, took part of this study. All participants were evaluated in two moments - prior and during the pandemic - having answered a sociodemographic questionnaire and a battery of tests to assess cognitive performance, the presence of psychopathology and the perception of quality of life and loneliness. Results: Results show worse cognitive performance, decreased quality of life and increased depressive symptoms, between the first and second assessments. It was also found that feelings of loneliness are a significant predictor of quality of life, and that this relationship is significantly mediated by symptoms of depression and anxiety, vulnerability to stress, and difficulties in emotional regulation, individually. In addition to these mediating effects, depression and vulnerability to stress, simultaneously, also mediated the relationship between loneliness and quality of life. Conclusions: This study alerts for the importance of promoting psychological resources throughout human development and of ensuring, through preventive and interventive psychosocial strategies, a reduction in the feelings of loneliness and enhancement of quality of life, especially among older people. |
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Impact of loneliness during COVID-19 pandemic on quality of life of adults and older peoplePandemia Covid-19População Adulta e IdosaQualidade de VidaSolidãoDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaBackground: The COVID-19 became one of the biggest public health concerns in the world. The prophylactic measures imposed to delay the spread of the disease had important repercussions on interpersonal relationships. This study aims to analyze the impact of loneliness, during the COVID-19 pandemic, on the quality of life of the adult and elderly population, exploring the effects of psychological factors. Methodology: A total of 124 cognitively healthy individuals living in the community, aged 50 years and over, took part of this study. All participants were evaluated in two moments - prior and during the pandemic - having answered a sociodemographic questionnaire and a battery of tests to assess cognitive performance, the presence of psychopathology and the perception of quality of life and loneliness. Results: Results show worse cognitive performance, decreased quality of life and increased depressive symptoms, between the first and second assessments. It was also found that feelings of loneliness are a significant predictor of quality of life, and that this relationship is significantly mediated by symptoms of depression and anxiety, vulnerability to stress, and difficulties in emotional regulation, individually. In addition to these mediating effects, depression and vulnerability to stress, simultaneously, also mediated the relationship between loneliness and quality of life. Conclusions: This study alerts for the importance of promoting psychological resources throughout human development and of ensuring, through preventive and interventive psychosocial strategies, a reduction in the feelings of loneliness and enhancement of quality of life, especially among older people.Introdução Atualmente, a COVID-19 é a maior preocupação de saúde pública do mundo (Banerjee & Rai, 2020). Foram implementadas medidas profiláticas, para retardar a propagação desta pandemia, nomeadamente o distanciamento físico, para prevenir a doença nas faixas etárias de maior risco às formas graves de COVID-19 (Lingam & Sapkal, 2020). Estas medidas de distanciamento físico e redução de contactos sociais levaram a um aumento dos níveis de solidão, sobretudo entre os adultos e idosos (Krendl & Perry, 2021; Kotwal et al., 2021). A solidão pode ser definida como a perceção de discrepância entre as relações sociais desejadas e reais, e está associada a uma má saúde física e mental, declínio cognitivo, e maior risco de demências e mortalidade precoce (Donovan et al., 2016; Holt-Lunstad et al., 2015). Durante a pandemia, o isolamento social e a solidão indesejada, têm um impacto negativo a vários níveis, especialmente na qualidade de vida (Beridze et al., 2020; Melo-Oliveira et al., 2021). O presente estudo tem como objetivo analisar o impacto da solidão, durante a pandemia COVID-19, na qualidade de vida da população adulta e idosa, explorando os potenciais efeitos de fatores psicológicos. Metodologia Participaram neste estudo 124 pessoas cognitivamente saudáveis residentes na comunidade, com idade igual ou superior a 50 anos, pelo menos um ano de educação formal e ausência de condição clínica. Os critérios de exclusão foram: ingestão de medicamentos ou condição clínica psiquiátrica, neurológica ou psicológica que afetassem o desempenho cognitivo, assim como incapacidade funcional significativa. O estudo teve dois momentos de avaliação: antes e durante a situação pandémica COVID19, com aproximadamente 1 ano e 5 meses entre cada avaliação. Todos os participantes responderam, no primeiro momento de avaliação (prépandemia COVID-19), a um questionário sociodemográfico e aos seguintes instrumentos: Mini-Mental State Examination (MMSE - Folstein Folstein & McHugh, 1975; Guerreiro et al., 1994; Santana et al., 2016); Montreal Cognitive Assessment (MoCA - Nasreddine et al., 2005; Simões et al., 2008; Freitas et al., 2011); Clock Drawing Test (CDT - Santana, Duro, Freitas, Alves, & Simões, 2013); Trail Making Test, part A and B (TMT-A/B - Tombaugh, Rees & McIntyre 1998; Cavaco et al., 2013); Digit Symbol and Digit Span (DSy; DSp - WAIS-III - Wechsler, 2008); Cognitive Decline Complaints Scale (CDCS - Freitas et al., 2018); Geriatric Depression Scale (GDS-30 - Yesavage et al., 1983; Barreto, Leuschner, Santos, & Sobral, 2008); World Health Organization’s instrument to assess Quality of Life of Older Adults (WHOQOL-OLD-7 - Power, Quinn, Schmidt & WHOQOL-OLD Group, 2005; Vilar et al., 2018). Realizou-se uma segunda avaliação (durante a primeira vaga da pandemia COVID-19), onde foram aplicados todos os instrumentos suprarreferidos e incluídos novos instrumentos no estudo: Geriatric Anxiety Inventory (GAI - Pachana et al., 2007; Ribeiro et al., 2011); Questionnaire of Vulnerability to Stress (23QVS - Vaz-Serra, 2000); Difficulties in Emotion Regulation Scale (DERS - Gratz & Roemer, 2004; Coutinho, Ribeiro, Ferreirinha & Dias, 2010); UCLA Loneliness Scale (UCLA-16 - Russell, Peplau & Ferguson, 1978; Pocinho, Farate & Dias, 2010) Resultados Os participantes apresentavam uma idade média de 67.35 (DP = 9.186) e 9.22 anos de escolaridade (DP = 4.460). Relativamente aos resultados no desempenho cognitivo, verificou-se uma diminuição no MMSE (1.57 points; p < 0.001), um aumento no tempo de realização no TMT-A (12.09 seconds: p < 0.001) e no TMT-B (33.32 seconds; p < 0.001), e pior pontuação no subteste Digit Symbol (0.84 points; p = 0.001), entre a primeira e a segunda avaliação. Em termos de dados não cognitivos, verificou-se uma diminuição na perceção de qualidade de vida (1.51 points; p < 0.001) e que esta estava negativamente correlacionada com o UCLA-16 (r = - 0.484; p < 0.001), a GDS-30(r = - 0.568; p < 0.001), o GAI (r = - 0.406; p < 0.001), o 23QVS (r= - 0.525; p < 0.001) e o DERS (r = - 0.340; p < 0.001). Realizou-se uma análise de regressão entre a solidão e qualidade de vida, constando-se que 40.9% do impacto na qualidade de vida é explicado pelo modelo. Executaram-se análises de trajetória e verificou-se que a relação entre o WHOQOLOLD-7 e o UCLA-16 era mediada por indicadores psicológicos, nomeadamente a GDS30, o 23QVS, o GAI e o DERS. Visto que, os modelos de mediação realizados com a GDS-30 e o 23QVS isoladamente, revelaram maior significância estatística optou-se por realizar também um modelo de mediação serial que incluiu estas duas variáveis mediadoras simultaneamente. Assim, verificou-se um efeito significativo direto entre o UCLA-16 e o WHOQOL-OLD-7 e um efeito indireto do UCLA-16 no WHOQOL-OLD-7, através da 23QVS e GDS-30. Discussão/Conclusões Os resultados do estudo indicam um declínio cognitivo significativo acompanhado de mais queixas subjetivas, maior sintomatologia depressiva e pior qualidade de vida, da primeira para a segunda avaliação, o que corrobora outros estudos (e.g. Levkovich et al., 2021; Luchetti et al.,2020; Melo-Oliveira et al.,2021). Estes resultados, alertam para o impacto que as alterações nos contextos psicológicos e relacionais, relacionadas com a pandemia, podem representar no funcionamento cognitivo, na saúde mental e na qualidade de vida das pessoas mais velhas. Este estudo, ao avançar com modelos explicativos sobre o papel da solidão, oferecerem informações essenciais sobre os recursos psicológicos a promover e preservar ao longo do desenvolvimento humano, que podem capacitar a pessoa a lidar com outras situações stressantes e desafiadoras. Em suma, este estudo sustenta empiricamente que é essencial reduzir a solidão para se promover a qualidade de vida, especialmente das pessoas mais velhas, que têm sido limitadas nos relacionamentos interpessoais, devido pandemia COVID-19.Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsFreitas, SandrauBibliorumGraça, Catarina Couto da2022-01-17T17:13:02Z2021-09-222021-07-302021-09-22T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11901TID:202856577enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:54:39Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11901Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:35.069086Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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