O Serviço Militar e a Cidadania
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/1467 |
Resumo: | A decisão de Portugal de abandonar o SMO não surge isolada, antes resulta de causas comuns a outros países europeus da NATO, em função das quais se criou uma situação política e estratégica nova no nosso continente e no mundo. Em Portugal, o processo de afirmação do serviço militar obrigatório seguiu um percurso idêntico ao registado em França, país ao qual se atribui tradicionalmente o pioneirismo na elaboração do conceito. Podemos então considerar três períodos: no primeiro, da fundação até à restauração, a força armada é muito diversificada quanto à origem e à natureza e predominantemente não permanente; no segundo, que vai de 1640 a 1911 com a República, o exército é permanente e o recrutamento coercivo; e no terceiro, que vem desde 1911, o serviço militar é obrigatório e universal. O SMO, portanto, não existe desde as origens da nacionalidade. Todavia, na sua curta existência, teve um papel importante na criação da consciência cívica do dever de defesa da pátria e na consolidação do sentimento nacional. Não se deve, porém, atribuir-lhe o papel – que não teve nem podia ter – de factor principal na formação cívica ou na formação da consciência nacional dos portugueses. Se isso fosse verdade, que seria da consciência cívica e do apego patriótico das mulheres ou de quase metade dos homens que não prestaram serviço militar? |
id |
RCAP_4fe93546a9d8464a551b38ef246abc0c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:comum.rcaap.pt:10400.26/1467 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
O Serviço Militar e a CidadaniaServiço militarCidadaniaHistóriaA decisão de Portugal de abandonar o SMO não surge isolada, antes resulta de causas comuns a outros países europeus da NATO, em função das quais se criou uma situação política e estratégica nova no nosso continente e no mundo. Em Portugal, o processo de afirmação do serviço militar obrigatório seguiu um percurso idêntico ao registado em França, país ao qual se atribui tradicionalmente o pioneirismo na elaboração do conceito. Podemos então considerar três períodos: no primeiro, da fundação até à restauração, a força armada é muito diversificada quanto à origem e à natureza e predominantemente não permanente; no segundo, que vai de 1640 a 1911 com a República, o exército é permanente e o recrutamento coercivo; e no terceiro, que vem desde 1911, o serviço militar é obrigatório e universal. O SMO, portanto, não existe desde as origens da nacionalidade. Todavia, na sua curta existência, teve um papel importante na criação da consciência cívica do dever de defesa da pátria e na consolidação do sentimento nacional. Não se deve, porém, atribuir-lhe o papel – que não teve nem podia ter – de factor principal na formação cívica ou na formação da consciência nacional dos portugueses. Se isso fosse verdade, que seria da consciência cívica e do apego patriótico das mulheres ou de quase metade dos homens que não prestaram serviço militar?INstituto da Defesa NacionalRepositório ComumNarciso, Raimundo2011-10-20T14:48:24Z19991999-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/1467por0870-757Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-07T06:58:38Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/1467Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:36:42.236706Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O Serviço Militar e a Cidadania |
title |
O Serviço Militar e a Cidadania |
spellingShingle |
O Serviço Militar e a Cidadania Narciso, Raimundo Serviço militar Cidadania História |
title_short |
O Serviço Militar e a Cidadania |
title_full |
O Serviço Militar e a Cidadania |
title_fullStr |
O Serviço Militar e a Cidadania |
title_full_unstemmed |
O Serviço Militar e a Cidadania |
title_sort |
O Serviço Militar e a Cidadania |
author |
Narciso, Raimundo |
author_facet |
Narciso, Raimundo |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Comum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Narciso, Raimundo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Serviço militar Cidadania História |
topic |
Serviço militar Cidadania História |
description |
A decisão de Portugal de abandonar o SMO não surge isolada, antes resulta de causas comuns a outros países europeus da NATO, em função das quais se criou uma situação política e estratégica nova no nosso continente e no mundo. Em Portugal, o processo de afirmação do serviço militar obrigatório seguiu um percurso idêntico ao registado em França, país ao qual se atribui tradicionalmente o pioneirismo na elaboração do conceito. Podemos então considerar três períodos: no primeiro, da fundação até à restauração, a força armada é muito diversificada quanto à origem e à natureza e predominantemente não permanente; no segundo, que vai de 1640 a 1911 com a República, o exército é permanente e o recrutamento coercivo; e no terceiro, que vem desde 1911, o serviço militar é obrigatório e universal. O SMO, portanto, não existe desde as origens da nacionalidade. Todavia, na sua curta existência, teve um papel importante na criação da consciência cívica do dever de defesa da pátria e na consolidação do sentimento nacional. Não se deve, porém, atribuir-lhe o papel – que não teve nem podia ter – de factor principal na formação cívica ou na formação da consciência nacional dos portugueses. Se isso fosse verdade, que seria da consciência cívica e do apego patriótico das mulheres ou de quase metade dos homens que não prestaram serviço militar? |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999 1999-01-01T00:00:00Z 2011-10-20T14:48:24Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.26/1467 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.26/1467 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
0870-757X |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
INstituto da Defesa Nacional |
publisher.none.fl_str_mv |
INstituto da Defesa Nacional |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134930910838784 |