Flexão de Número dos Nomes Terminados em Ditongo Nasal à luz da Fonologia Lexical
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10216/23204 |
Resumo: | No presente trabalho, propomo-nos analisar a flexão de número dos nomes terminados em ditongo nasal em português europeu à luz da Fonologia Lexical. O nosso estudo pretende discutir o estatuto fonológico do ditongo nasal e da vogal nasal presente nos nomes em português europeu, identificar o processo fonológico responsável pela derivação de ambos e verificar se a pluralização dos nomes terminados em ditongo nasal é um fenómeno regular, apesar da variedade de manifestações de superfície, e previsível a partir das formas teóricas de base. Dado que na flexão de número dos nomes terminados em ditongo nasal em português europeu se regista uma interacção entre processos morfológicos e fonológicos, optámos pelo modelo teórico da Fonologia Lexical. Concluímos que o processo de nasalização por estabilidade, que opera no pós-léxico, gera o ditongo nasal e a vogal nasal. De acordo com este processo, a nasal subespecificada é desassociada, por não possuir traços articulatórios, dando origem a um autossegmento nasal que é preservado como flutuante, graças ao efeito da estabilidade, um dos princípios da Fonologia Autossegmental, até ser reassociado ao núcleo de onde percola até atingir as vogais que o compõem. Após termos analisado um corpus de x palavras, constatámos que a pluralização dos nomes terminados em ditongo nasal é um fenómeno regular e previsível a partir das formas teóricas de base. Todavia, as formas do singular das palavras com vogal temática –e revelam uma aparente excepcionalidade, uma vez que a forma de superfície do singular não preserva a forma teórica do radical ou do tema da palavra (*pã(e), *leõ(e)). Cremos que a fusão das três terminações do singular numa só resulta da influência analógica da alternância mais frequente, /ano/ [ɐw].(...) |
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