Perceções individuais das pessoas cegas face à procura do emprego: dificuldades, facilitadores, fontes de stresse e estratégias de coping

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares, Cláudia Patrícia Fernandes
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/10865
Resumo: O presente estudo teve como principal objectivo explorar as percepções individuais de pessoas cegas face a experiência de procura de emprego, nomeadamente, compreender quais as principais dificuldades sentidas, os aspectos que mais facilitam esse processo, mas também os eventos mais stressantes e as estratégias de coping mais utilizadas ao longo da mesma vivência pelos participantes. Participaram neste estudo 19 pessoas com deficiência visual (cegueira), entre os 22 e os 56 anos de idade, quer à procura de emprego, quer empregados. Esta investigação seguiu uma metodologia do tipo qualitativo, exploratório-descritivo. Como forma de recolher os dados pretendidos foram realizadas entrevistas individuais de natureza semi-estruturada, recorrendo-se a técnica de "bola de neve" como técnica de amostragem e à análise de conteúdo como técnica de tratamento dos dados. Os principais resultados indicaram que a maioria das pessoas cegas entrevistadas percepcionou como principais dificuldades da procura de emprego as decorrentes da falta de acessibilidade; dificuldades decorrentes da limitada oferta do mercado de trabalho, e dificuldades decorrentes da interacção com os recrutadores. Relativamente aos aspectos facilitadores da procura de emprego, os participantes referiram as competências individuais, mas também acções ao nível organizacional. As entrevistas de selecção, a incerteza de vir a conseguir um posto de trabalho, a ausência de feedback por parte dos recrutadores, e a rejeição em função da falta de informação sobre a deficiência visual foram identificados como os momentos mais stressantes para a nossa amostra. Como estratégias de coping mais utilizadas foram referidas essencialmente aquelas focadas na resolução de problemas, como continuar a procura de emprego, bem como as focadas nas emoções através do suporte das fontes sociais mais próximas. São discutidos os resultados e as suas implicações.
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