Perceções individuais das pessoas cegas face à procura do emprego: dificuldades, facilitadores, fontes de stresse e estratégias de coping
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/10865 |
Resumo: | O presente estudo teve como principal objectivo explorar as percepções individuais de pessoas cegas face a experiência de procura de emprego, nomeadamente, compreender quais as principais dificuldades sentidas, os aspectos que mais facilitam esse processo, mas também os eventos mais stressantes e as estratégias de coping mais utilizadas ao longo da mesma vivência pelos participantes. Participaram neste estudo 19 pessoas com deficiência visual (cegueira), entre os 22 e os 56 anos de idade, quer à procura de emprego, quer empregados. Esta investigação seguiu uma metodologia do tipo qualitativo, exploratório-descritivo. Como forma de recolher os dados pretendidos foram realizadas entrevistas individuais de natureza semi-estruturada, recorrendo-se a técnica de "bola de neve" como técnica de amostragem e à análise de conteúdo como técnica de tratamento dos dados. Os principais resultados indicaram que a maioria das pessoas cegas entrevistadas percepcionou como principais dificuldades da procura de emprego as decorrentes da falta de acessibilidade; dificuldades decorrentes da limitada oferta do mercado de trabalho, e dificuldades decorrentes da interacção com os recrutadores. Relativamente aos aspectos facilitadores da procura de emprego, os participantes referiram as competências individuais, mas também acções ao nível organizacional. As entrevistas de selecção, a incerteza de vir a conseguir um posto de trabalho, a ausência de feedback por parte dos recrutadores, e a rejeição em função da falta de informação sobre a deficiência visual foram identificados como os momentos mais stressantes para a nossa amostra. Como estratégias de coping mais utilizadas foram referidas essencialmente aquelas focadas na resolução de problemas, como continuar a procura de emprego, bem como as focadas nas emoções através do suporte das fontes sociais mais próximas. São discutidos os resultados e as suas implicações. |
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Perceções individuais das pessoas cegas face à procura do emprego: dificuldades, facilitadores, fontes de stresse e estratégias de copingDeficiência visualProcura de empregoEventos de stressEstratégias de copingO presente estudo teve como principal objectivo explorar as percepções individuais de pessoas cegas face a experiência de procura de emprego, nomeadamente, compreender quais as principais dificuldades sentidas, os aspectos que mais facilitam esse processo, mas também os eventos mais stressantes e as estratégias de coping mais utilizadas ao longo da mesma vivência pelos participantes. Participaram neste estudo 19 pessoas com deficiência visual (cegueira), entre os 22 e os 56 anos de idade, quer à procura de emprego, quer empregados. Esta investigação seguiu uma metodologia do tipo qualitativo, exploratório-descritivo. Como forma de recolher os dados pretendidos foram realizadas entrevistas individuais de natureza semi-estruturada, recorrendo-se a técnica de "bola de neve" como técnica de amostragem e à análise de conteúdo como técnica de tratamento dos dados. Os principais resultados indicaram que a maioria das pessoas cegas entrevistadas percepcionou como principais dificuldades da procura de emprego as decorrentes da falta de acessibilidade; dificuldades decorrentes da limitada oferta do mercado de trabalho, e dificuldades decorrentes da interacção com os recrutadores. Relativamente aos aspectos facilitadores da procura de emprego, os participantes referiram as competências individuais, mas também acções ao nível organizacional. As entrevistas de selecção, a incerteza de vir a conseguir um posto de trabalho, a ausência de feedback por parte dos recrutadores, e a rejeição em função da falta de informação sobre a deficiência visual foram identificados como os momentos mais stressantes para a nossa amostra. Como estratégias de coping mais utilizadas foram referidas essencialmente aquelas focadas na resolução de problemas, como continuar a procura de emprego, bem como as focadas nas emoções através do suporte das fontes sociais mais próximas. São discutidos os resultados e as suas implicações.The main objective of the present research was to explore individual perceptions of blind people about the process of job search, namely, to try to understand what are the main difficulties, the aspects that make this process become easier, but also the most stressful events and coping strategies most used along the experiences of job search of the participants. A total of 19 people with visual impairment (blindness) participated in this study, aged between 22 and 56 years old, looking for employment or currently employed. This research followed a qualitative, exploratory and descriptive methodology. Individual interviews were conducted, resorting to "snowball" as sampling technique and to content analysis as a treatment of the transcript data. The main results indicate that the majority of the participants identified as the greatest difficulties in job seach: lack of accessibility, poor labor market offer, and interactions with recruiters. With regard to facilitating aspects of the job search, participants mentioned the individual skills, but also the organizational level actions. The selection interviews, the uncertainty of getting a job, the absence of feedback from recruiters, and the rejection because of the lack of information about visual impairment, were the most stressful times for our sample. The most used coping strategies mainly referred to those focused on problem solving, such as to keep looking for a job, as well as those focused on the emotions, with support from the informal social sources. The results and their implications are discussed.2016-02-11T12:16:44Z2015-01-01T00:00:00Z20152015-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/10865TID:201068702porSoares, Cláudia Patrícia Fernandesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:57:31Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/10865Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:29:41.611747Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O presente estudo teve como principal objectivo explorar as percepções individuais de pessoas cegas face a experiência de procura de emprego, nomeadamente, compreender quais as principais dificuldades sentidas, os aspectos que mais facilitam esse processo, mas também os eventos mais stressantes e as estratégias de coping mais utilizadas ao longo da mesma vivência pelos participantes. Participaram neste estudo 19 pessoas com deficiência visual (cegueira), entre os 22 e os 56 anos de idade, quer à procura de emprego, quer empregados. Esta investigação seguiu uma metodologia do tipo qualitativo, exploratório-descritivo. Como forma de recolher os dados pretendidos foram realizadas entrevistas individuais de natureza semi-estruturada, recorrendo-se a técnica de "bola de neve" como técnica de amostragem e à análise de conteúdo como técnica de tratamento dos dados. Os principais resultados indicaram que a maioria das pessoas cegas entrevistadas percepcionou como principais dificuldades da procura de emprego as decorrentes da falta de acessibilidade; dificuldades decorrentes da limitada oferta do mercado de trabalho, e dificuldades decorrentes da interacção com os recrutadores. Relativamente aos aspectos facilitadores da procura de emprego, os participantes referiram as competências individuais, mas também acções ao nível organizacional. As entrevistas de selecção, a incerteza de vir a conseguir um posto de trabalho, a ausência de feedback por parte dos recrutadores, e a rejeição em função da falta de informação sobre a deficiência visual foram identificados como os momentos mais stressantes para a nossa amostra. Como estratégias de coping mais utilizadas foram referidas essencialmente aquelas focadas na resolução de problemas, como continuar a procura de emprego, bem como as focadas nas emoções através do suporte das fontes sociais mais próximas. São discutidos os resultados e as suas implicações. |
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