Mutilação genital feminina em Portugal nos últimos 20 anos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/21548 |
Resumo: | Nos últimos anos tem-se observado uma grande evolução relativamente ao papel das mulheres nas diferentes sociedades, verificando-se que cada vez mais mulheres desempenham funções que outrora apenas eram atribuídas aos homens. No entanto, e ainda hoje, em muitas sociedades, devido a normas e tradições enraizadas e transmitidas de geração para geração, existem práticas violentas que são realizadas nos corpos das mulheres, como é o caso da Mutilação Genital Feminina (MGF). Este trabalho tem como objetivo a caracterização da MGF em Portugal. Para tal foi desenvolvido um estudo de acordo com o paradigma qualitativo da investigação, tendose construído e aplicado dois guiões de entrevista semiestruturadas, constituída por 10 questões cada, a elementos da comunidade guineense (da Guiné-Bissau) a residir em Portugal e também a profissionais que trabalham de perto com este fenómeno. Após a análise e a discussão de resultados foi possível verificar que, de acordo com a comunidade guineense, esta é vista como uma prática nefasta, que põe em causa os direitos humanos das mulheres a realizarem plenamente a sua vida. Apesar de haver quem aceite esta prática, devido a ser um preceito cultural altamente enraizado, cada vez mais esta ideia e sua aceitação está a mudar junto das camadas mais jovens, muito por ação de programas de Informação, Educação, Sensibilização e Comunicação levadas a cabo por várias associações mas também pelo protagonismo de algumas mulheres e lideranças de referência na sociedade da Guiné-Bissau com ligações aos cenários políticos e da sociedade civil em Portugal. |
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