“De Repente, a Esperança”: Análise Semiótica de uma Capa da Revista Noticiosa The Economist
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.21814/vista.3522 |
Resumo: | Propomo-nos fazer a análise semiótica da capa da revista noticiosa The Economist, de novembro de 2020, intitulada “Suddenly, Hope” (De Repente, a Esperança). Sendo este o nosso objetivo, partimos da conceção triádica do signo, de inspiração peirceana (Peirce, 1960), assim como da demonstração, realizada por Saussure (1916/2006), de que cada signo está vinculado à estrutura que significante e significado compõem, pelo que estas dimensões não podem ser consideradas isoladamente. Mas o ponto de vista que privilegiámos é o de que a produção de sentido ocorre sempre em condições concretas de tempo, espaço e interlocução. Sendo este o ponto de partida para a análise, identificámos a cor da imagem retratada na capa do The Economist como o principalelemento de análise. Foi Goethe (1810/1840) quem apresentou a cor como oprincipal elemento da perceção humana, com capacidade para induzir um efeito significativo na alma do recetor da mensagem, ou seja, no interpretante, para utilizarmos a conceção do signo, proposta por Peirce (1960). A análise da imagem presente na capa do The Economist remete para o contexto social atual de pandemia, causada pelo vírus SARS-CoV-2. A imagem de capa do The Economist conduz-nos, ainda, à teoria da liminaridade, de Victor Turner (1969/1974). Essa sugestão decorre da ideia formulada, no sentido de a sociedade atravessar o túnel, como quem empreende um rito de passagem para uma sociedade melhor. |
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“De Repente, a Esperança”: Análise Semiótica de uma Capa da Revista Noticiosa The Economist"Suddenly, Hope": Semiotic Analysis of a News Magazine Front Cover, The EconomistArtigosPropomo-nos fazer a análise semiótica da capa da revista noticiosa The Economist, de novembro de 2020, intitulada “Suddenly, Hope” (De Repente, a Esperança). Sendo este o nosso objetivo, partimos da conceção triádica do signo, de inspiração peirceana (Peirce, 1960), assim como da demonstração, realizada por Saussure (1916/2006), de que cada signo está vinculado à estrutura que significante e significado compõem, pelo que estas dimensões não podem ser consideradas isoladamente. Mas o ponto de vista que privilegiámos é o de que a produção de sentido ocorre sempre em condições concretas de tempo, espaço e interlocução. Sendo este o ponto de partida para a análise, identificámos a cor da imagem retratada na capa do The Economist como o principalelemento de análise. Foi Goethe (1810/1840) quem apresentou a cor como oprincipal elemento da perceção humana, com capacidade para induzir um efeito significativo na alma do recetor da mensagem, ou seja, no interpretante, para utilizarmos a conceção do signo, proposta por Peirce (1960). A análise da imagem presente na capa do The Economist remete para o contexto social atual de pandemia, causada pelo vírus SARS-CoV-2. A imagem de capa do The Economist conduz-nos, ainda, à teoria da liminaridade, de Victor Turner (1969/1974). Essa sugestão decorre da ideia formulada, no sentido de a sociedade atravessar o túnel, como quem empreende um rito de passagem para uma sociedade melhor.In this work, we propose to analyse, from a semiotic point of view, the front cover of the news magazine, The Economist, released in November 2020, entitled “Suddenly, Hope”. The basis of our analyses was the sign triadic conception inspired by Charles Peirce (1960), including Saussure’s (1916/2006) demonstration, that each sign is linked to the signifier and signified structure and that these dimensions cannot be considered on their own. It is important to mention that the argument that was privileged was the notion that meaning is only produced in specific conditions of time, space and interlocution. Taking into consideration these conceptions, the colour portrayed in The Economist front cover was identified as the principal element of analysis. Goethe (1810/1840) presented colour as the main element of human perception, with the capacity to induce a significative effect in the message receptor soul, or the interpretant, to use Peirce's (1960) terminology in the conception of a sign. The image represented on the front cover of The Economist takes us to the actual social context, the pandemic caused by the SARS-CoV-2 virus. The front cover of The Economist also compares to the liminality theory of Victor Turner (1969/1974). The crossing of the tunnel can be compared to a rite of passage so that society can become a better one.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2021-11-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/vista.3522por2184-1284Botelho, Cláudia M.Martins, Moisés de Lemosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-21T15:55:51Zoai:journals.uminho.pt:article/3522Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:56:41.738795Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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