A Coroa e a Igreja na Lisboa de quinhentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Senos, Nuno
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/4404
Resumo: No Portugal moderno, as relações entre a Coroa e a Igreja resolveram-se entre momentos de concorrência em que as duas formas de poder competiram pela primazia no palco das tensões políticas, e outros de colaboração em que os dois concertaram esforços para a persecução de objectivos comuns. Tais tensões são particularmente visíveis nos edifícios religiosos a que a Coroa se associou durante os reinados de D. Manuel e D. João III. Este artigo centra-se num conjunto de igrejas encomendadas de raíz (a capela real de São Tomé, em Lisboa, ou a ermida de Nossa Senhora da Conceição, em Tomar), reformadas (o convento de Cristo, em Tomar) ou usadas para uma cerimónia particular (São Domingos ou a Sé, ambas em Lisboa) durante estes reinados, quer na sua distribuição geográfica, quer nas opções estéticas que documentam, procurando nelas identificar sintomas dos projectos políticos a que corresponderam e que materializaram. Ainda duas igrejas (São Sebastião e o mosteiro de São Vicente-de-Fora) mostram como os edifícios religiosos serão ainda, nos dois reinados seguintes, sintomas das transformações por que passam as relações entre os monarcas que as encomendaram e as instituições religiosas a que foram entregues.
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