A Morte da Pessoa numa Unidade de Cuidados Intensivos Coronários: Vivências dos Enfermeiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Rosa Margarida Guiné Martins
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.esenfc.pt/?url=xQO1L2Fl
Resumo: Lidar com a morte é uma experiência que ninguém quer encarar. Contudo, o enfermeiro tem um papel fundamental de ajuda e apoio à pessoa e família nesta aprendizagem (Sulzbacher et al., 2009). A forma como os enfermeiros lidam com a morte depende de múltiplos fatores (Dias, 2010). Entre eles, as suas características pessoais, a sua formação, o contexto onde trabalha, ou mesmo a pessoa que morre. Numa unidade de cuidados intensivos coronários (UCIC), todos os esforços são desenvolvidos para manter a vida de quem é cuidado. Raramente se aceita a morte sem lhe ser dada luta acérrima. Conhecer as vivências dos enfermeiros perante a morte da pessoa cuidada numa UCIC, foi o objetivo deste estudo. Recorreu-se para tal a uma abordagem qualitativa, com à recolha de dados através de entrevista semiestruturada, realizada a 6 enfermeiros com um mínimo de 3 anos de experiência numa UCIC e 5 anos de experiência profissional. Os dados foram analisados com recurso à análise de conteúdo (Bardin, 2004). Da análise dos dados obtiveram-se três categorias principais: 1) ?Emoções e Sentimentos?, que podem ser ?Ameaçadores? (?Tristeza?, ?Revolta?, ?Angústia?, ?Frustração?, ?Impotência? e ?Insegurança?) ou ?Positivos? (?Compaixão? e ?Dever cumprido?); 2) ?Estratégias/Recursos para fazer face?, que podem ser ?Individuais? (como o ?Reavaliar a situação?, o ?Envolvimento profissional? ou o ?Encarar a morte como algo natural?, entre outras) ou ?Com os Outros? (?Partilha de experiências entre colegas? e ?Suporte familiar?); 3) a última categoria reporta as ?Dificuldades sentidas?, que integram a dificuldade em ?Lidar com a morte/fracasso? e em ?Lidar com os próprios sentimentos?. As descrições das experiências sentidas destes enfermeiros em conjunto com a reflexão e discussão realizadas, poderão proporcionar melhorias ao nível do cuidar, especialmente em contextos semelhantes. Podem resultar ainda programas de melhoria contínua, nomeadamente ao nível da preparação para a gestão do luto ou para o próprio apoio do enfermeiro enquanto pessoa cuidadora.
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