A relação entre as exportações e o crescimento económico: o caso da União Económica e Monetária
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/10838 |
Resumo: | Entre 2008 e 2014, a economia portuguesa vivenciou um período de contração económica, em resultado das crises financeira e económica globais, que agravaram os desequilíbrios macroeconómicas existentes, mas também devido à crise da dívida soberana de Portugal. Nesse período, a contração da procura interna foi compensada pelo desempenho muito favorável das exportações portuguesas, consideradas o motor da economia. A literatura apresenta duas hipóteses que analisam a relação entre as exportações e o crescimento económico: a hipótese “as exportações conduzem ao crescimento” (Export-LedGrowth, ELG) e a hipótese “o crescimento conduz às exportações” (Growth-Led-Export, GLE). Sob a primeira hipótese, as exportações conduzem ao crescimento económico, a promoção das exportações é considerada determinante do crescimento económico. Por outro lado, a hipótese GLE estabelece que o crescimento económico cria ganhos de produtividade, que se traduzem em maior capacidade de produção, e numa maior participação no mercado internacional. Contudo, os estudos empíricos não suportam nenhum consenso sobre a causalidade entre as duas variáveis. Nesta dissertação, o estudo empírico utiliza o modelo de crescimento simples de decomposição de Solow, com uma decomposição aumentada para explicar a relação entre o crescimento do PIB e as exportações, incluindo a composição e o destino das exportações. Esta análise baseia-se em dados em painel para os 19 países membros da União Económica e Monetária (UEM) para o período compreendido entre 2006-2018. Utilizaram-se como variáveis explicativas a formação bruta de capital, a inflação, a taxa de emprego, o crescimento dos três principais parceiros comerciais, o índice de diversificação das exportações, o número de parceiros comerciais, as exportações de alta tecnologia, as exportações de combustíveis, metais e minérios, as exportações de manufaturados e as exportações de produtos alimentares e agrícolas. Os resultados obtidos sugerem que as exportações são relevantes no crescimento económico de um país, quer relativamente à composição quer no que respeita ao seu destino, sendo de salientar a importância das exportações de alta tecnologia e índice de diversificação das exportações. |
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A relação entre as exportações e o crescimento económico: o caso da União Económica e MonetáriaExportaçõesCrescimento EconómicoEntre 2008 e 2014, a economia portuguesa vivenciou um período de contração económica, em resultado das crises financeira e económica globais, que agravaram os desequilíbrios macroeconómicas existentes, mas também devido à crise da dívida soberana de Portugal. Nesse período, a contração da procura interna foi compensada pelo desempenho muito favorável das exportações portuguesas, consideradas o motor da economia. A literatura apresenta duas hipóteses que analisam a relação entre as exportações e o crescimento económico: a hipótese “as exportações conduzem ao crescimento” (Export-LedGrowth, ELG) e a hipótese “o crescimento conduz às exportações” (Growth-Led-Export, GLE). Sob a primeira hipótese, as exportações conduzem ao crescimento económico, a promoção das exportações é considerada determinante do crescimento económico. Por outro lado, a hipótese GLE estabelece que o crescimento económico cria ganhos de produtividade, que se traduzem em maior capacidade de produção, e numa maior participação no mercado internacional. Contudo, os estudos empíricos não suportam nenhum consenso sobre a causalidade entre as duas variáveis. Nesta dissertação, o estudo empírico utiliza o modelo de crescimento simples de decomposição de Solow, com uma decomposição aumentada para explicar a relação entre o crescimento do PIB e as exportações, incluindo a composição e o destino das exportações. Esta análise baseia-se em dados em painel para os 19 países membros da União Económica e Monetária (UEM) para o período compreendido entre 2006-2018. Utilizaram-se como variáveis explicativas a formação bruta de capital, a inflação, a taxa de emprego, o crescimento dos três principais parceiros comerciais, o índice de diversificação das exportações, o número de parceiros comerciais, as exportações de alta tecnologia, as exportações de combustíveis, metais e minérios, as exportações de manufaturados e as exportações de produtos alimentares e agrícolas. Os resultados obtidos sugerem que as exportações são relevantes no crescimento económico de um país, quer relativamente à composição quer no que respeita ao seu destino, sendo de salientar a importância das exportações de alta tecnologia e índice de diversificação das exportações.Between 2008 and 2014, the Portuguese economy went through a period of economic contraction, this was due to the global economic and financial crisis, which exacerbated existing macroeconomic imbalances, but also due to Portugal’s sovereign debt crisis. During this period, the contraction in domestic demand was offset by the very favorable performance of Portuguese exports, considered the engine of the economy. The literature presents two hypothesis which analyse the relationship between exports and economic growth: the hypothesis “exports lead to growth” (Export-Led-Growth, ELG) and the hypothesis “growth leads to exports” (Growth-Led-Export, GLE). Under the first hypothesis, exports lead to economic growth, the promotion of exports is considered a determinant of economic growth. On the other hand, the GLE hypothesis establishes that economic growth creates productivity gains, which translate into greater production capacity, and a greater participation in the International market. However, empirical studies do not support any consensus on the causality between the two variables. In this dissertation, the empirical study uses Solow’s simple growth model of decomposition, with an increased decomposition to explain the relationship between GDP growth and exports, including the composition and destiny of exports. This analysis is based on panel data for the 19 member countries of the Economic and Monetary Union (EMU) for the period 2006-2018. The explanatory variables used were gross capital formation, inflation, the employment rate, the growth of the three main trading partners, the export diversification index, the number of trading partners, high technology exports, fuel exports, metals and ores, exports of manufactured goods and exports of food and agricultural products. The results obtained suggest that exports are relevant to the economic growth of a country, both in terms of composition and in terms of their destination, with emphasis on the importance of high-tech exports and export diversification index.2021-12-02T11:02:47Z2021-01-29T00:00:00Z2021-01-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/10838porMagalhães, Sofia de Fátima Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:56:15Zoai:repositorio.utad.pt:10348/10838Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:06:19.771040Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Entre 2008 e 2014, a economia portuguesa vivenciou um período de contração económica, em resultado das crises financeira e económica globais, que agravaram os desequilíbrios macroeconómicas existentes, mas também devido à crise da dívida soberana de Portugal. Nesse período, a contração da procura interna foi compensada pelo desempenho muito favorável das exportações portuguesas, consideradas o motor da economia. A literatura apresenta duas hipóteses que analisam a relação entre as exportações e o crescimento económico: a hipótese “as exportações conduzem ao crescimento” (Export-LedGrowth, ELG) e a hipótese “o crescimento conduz às exportações” (Growth-Led-Export, GLE). Sob a primeira hipótese, as exportações conduzem ao crescimento económico, a promoção das exportações é considerada determinante do crescimento económico. Por outro lado, a hipótese GLE estabelece que o crescimento económico cria ganhos de produtividade, que se traduzem em maior capacidade de produção, e numa maior participação no mercado internacional. Contudo, os estudos empíricos não suportam nenhum consenso sobre a causalidade entre as duas variáveis. Nesta dissertação, o estudo empírico utiliza o modelo de crescimento simples de decomposição de Solow, com uma decomposição aumentada para explicar a relação entre o crescimento do PIB e as exportações, incluindo a composição e o destino das exportações. Esta análise baseia-se em dados em painel para os 19 países membros da União Económica e Monetária (UEM) para o período compreendido entre 2006-2018. Utilizaram-se como variáveis explicativas a formação bruta de capital, a inflação, a taxa de emprego, o crescimento dos três principais parceiros comerciais, o índice de diversificação das exportações, o número de parceiros comerciais, as exportações de alta tecnologia, as exportações de combustíveis, metais e minérios, as exportações de manufaturados e as exportações de produtos alimentares e agrícolas. Os resultados obtidos sugerem que as exportações são relevantes no crescimento económico de um país, quer relativamente à composição quer no que respeita ao seu destino, sendo de salientar a importância das exportações de alta tecnologia e índice de diversificação das exportações. |
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