Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/12716 |
Resumo: | Introdução: Uma parceria Sociedade de Infecciologia Pediátrica / Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge propôs-se avaliar a epidemiologia, fatores de risco, clínica, serotipos e suscetibilidade aos antibióticos da doença invasiva a Haemphilus influenzae nas crianças, em Portugal. Métodos: Estudo prospetivo descritivo multicêntrico, entre 1 de janeiro de 2010 e 30 de junho de 2014 (54 meses). Cada estirpe foi enviada ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge acompanhada de inquérito clínico. Foi pesquisada produção de β-lactamase, resistência antibiótica, cápsula e serotipo. Resultados: Foram analisadas 38 estirpes (18 hospitais) isoladas em hemocultura (34), liquor (três) e líquido articular (uma). A incidência global foi 0,45/100000. Identificaram-se 25 (65,7%) Haemophilus influenzae não-capsulados, nove (23,7%) serotipo b (seis falências vacinais), duas (5,3%) serotipo a e duas (5,3%) serotipo f. As idades variaram entre 1 mês e 15 anos (lactentes 44,7%; 5 anos ou mais 26,3%); 23,7% tinham patologia prévia. As apresentações clínicas foram pneumonia (13), meningite (cinco), bacteriemia (cinco), infeção respiratória alta (quatro), bronquiolite (três) sépsis sem foco (três), artrite (duas), celulite periorbitária (uma), celulite (uma), epiglotite (uma). A meningite foi manifestação de 33,3% das infeções por serotipo b e de 4% das devidas a Haemophilus influenzae não-capsulados (p < 0,05). As infeções respiratórias altas bacteriémicas predominaram acima dos 5 anos (30% vs 3,6%; p < 0,05). Registaram-se sequelas neurológicas num caso (2,6%) e um óbito (2,6%). Verificou-se produção de β-lactamase em 7,9% e resistência à cefuroxima em 18,4%. Sem resistências a amoxicilina / clavulanato, cefotaxima, rifampicina. Discussão: A doença invasiva por Haemophilus influenzae atingiu diferentes grupos etários, predominando nos lactentes. As estirpes mais prevalentes foram de Haemophilus influenzae não-capsulados, causando maioritariamente bacteriemia e manifestações respiratórias. O serotipo b manteve-se em circulação sendo responsável por dois casos / ano. |
id |
RCAP_51410a4cf3b241c8ea846492eb24bfbc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:comum.rcaap.pt:10400.26/12716 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014Invasive Haemophilus influenzae Disease in Children: National Multicentre Study 2010-2014Haemophilus influenzae/isolamento & purificaçãoInfeções por HaemophilusCriançaIntrodução: Uma parceria Sociedade de Infecciologia Pediátrica / Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge propôs-se avaliar a epidemiologia, fatores de risco, clínica, serotipos e suscetibilidade aos antibióticos da doença invasiva a Haemphilus influenzae nas crianças, em Portugal. Métodos: Estudo prospetivo descritivo multicêntrico, entre 1 de janeiro de 2010 e 30 de junho de 2014 (54 meses). Cada estirpe foi enviada ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge acompanhada de inquérito clínico. Foi pesquisada produção de β-lactamase, resistência antibiótica, cápsula e serotipo. Resultados: Foram analisadas 38 estirpes (18 hospitais) isoladas em hemocultura (34), liquor (três) e líquido articular (uma). A incidência global foi 0,45/100000. Identificaram-se 25 (65,7%) Haemophilus influenzae não-capsulados, nove (23,7%) serotipo b (seis falências vacinais), duas (5,3%) serotipo a e duas (5,3%) serotipo f. As idades variaram entre 1 mês e 15 anos (lactentes 44,7%; 5 anos ou mais 26,3%); 23,7% tinham patologia prévia. As apresentações clínicas foram pneumonia (13), meningite (cinco), bacteriemia (cinco), infeção respiratória alta (quatro), bronquiolite (três) sépsis sem foco (três), artrite (duas), celulite periorbitária (uma), celulite (uma), epiglotite (uma). A meningite foi manifestação de 33,3% das infeções por serotipo b e de 4% das devidas a Haemophilus influenzae não-capsulados (p < 0,05). As infeções respiratórias altas bacteriémicas predominaram acima dos 5 anos (30% vs 3,6%; p < 0,05). Registaram-se sequelas neurológicas num caso (2,6%) e um óbito (2,6%). Verificou-se produção de β-lactamase em 7,9% e resistência à cefuroxima em 18,4%. Sem resistências a amoxicilina / clavulanato, cefotaxima, rifampicina. Discussão: A doença invasiva por Haemophilus influenzae atingiu diferentes grupos etários, predominando nos lactentes. As estirpes mais prevalentes foram de Haemophilus influenzae não-capsulados, causando maioritariamente bacteriemia e manifestações respiratórias. O serotipo b manteve-se em circulação sendo responsável por dois casos / ano.Repositório ComumGonçalo-Marques, JCunha, FBettencourt, CLavado, DGrupo de estudo da doença invasiva a Haemophilus influenzae na criança2016-03-27T17:45:15Z20162016-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/12716porActa Pediatr Port 2016;47:21-9info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-10T05:01:25Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/12716Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:35:34.210341Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014 Invasive Haemophilus influenzae Disease in Children: National Multicentre Study 2010-2014 |
title |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014 |
spellingShingle |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014 Gonçalo-Marques, J Haemophilus influenzae/isolamento & purificação Infeções por Haemophilus Criança |
title_short |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014 |
title_full |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014 |
title_fullStr |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014 |
title_full_unstemmed |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014 |
title_sort |
Doença Invasiva por Haemophilus influenzae na Criança: Estudo Multicêntrico Nacional 2010-2014 |
author |
Gonçalo-Marques, J |
author_facet |
Gonçalo-Marques, J Cunha, F Bettencourt, C Lavado, D Grupo de estudo da doença invasiva a Haemophilus influenzae na criança |
author_role |
author |
author2 |
Cunha, F Bettencourt, C Lavado, D Grupo de estudo da doença invasiva a Haemophilus influenzae na criança |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Comum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gonçalo-Marques, J Cunha, F Bettencourt, C Lavado, D Grupo de estudo da doença invasiva a Haemophilus influenzae na criança |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Haemophilus influenzae/isolamento & purificação Infeções por Haemophilus Criança |
topic |
Haemophilus influenzae/isolamento & purificação Infeções por Haemophilus Criança |
description |
Introdução: Uma parceria Sociedade de Infecciologia Pediátrica / Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge propôs-se avaliar a epidemiologia, fatores de risco, clínica, serotipos e suscetibilidade aos antibióticos da doença invasiva a Haemphilus influenzae nas crianças, em Portugal. Métodos: Estudo prospetivo descritivo multicêntrico, entre 1 de janeiro de 2010 e 30 de junho de 2014 (54 meses). Cada estirpe foi enviada ao Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge acompanhada de inquérito clínico. Foi pesquisada produção de β-lactamase, resistência antibiótica, cápsula e serotipo. Resultados: Foram analisadas 38 estirpes (18 hospitais) isoladas em hemocultura (34), liquor (três) e líquido articular (uma). A incidência global foi 0,45/100000. Identificaram-se 25 (65,7%) Haemophilus influenzae não-capsulados, nove (23,7%) serotipo b (seis falências vacinais), duas (5,3%) serotipo a e duas (5,3%) serotipo f. As idades variaram entre 1 mês e 15 anos (lactentes 44,7%; 5 anos ou mais 26,3%); 23,7% tinham patologia prévia. As apresentações clínicas foram pneumonia (13), meningite (cinco), bacteriemia (cinco), infeção respiratória alta (quatro), bronquiolite (três) sépsis sem foco (três), artrite (duas), celulite periorbitária (uma), celulite (uma), epiglotite (uma). A meningite foi manifestação de 33,3% das infeções por serotipo b e de 4% das devidas a Haemophilus influenzae não-capsulados (p < 0,05). As infeções respiratórias altas bacteriémicas predominaram acima dos 5 anos (30% vs 3,6%; p < 0,05). Registaram-se sequelas neurológicas num caso (2,6%) e um óbito (2,6%). Verificou-se produção de β-lactamase em 7,9% e resistência à cefuroxima em 18,4%. Sem resistências a amoxicilina / clavulanato, cefotaxima, rifampicina. Discussão: A doença invasiva por Haemophilus influenzae atingiu diferentes grupos etários, predominando nos lactentes. As estirpes mais prevalentes foram de Haemophilus influenzae não-capsulados, causando maioritariamente bacteriemia e manifestações respiratórias. O serotipo b manteve-se em circulação sendo responsável por dois casos / ano. |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-03-27T17:45:15Z 2016 2016-01-01T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.26/12716 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.26/12716 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Acta Pediatr Port 2016;47:21-9 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134919886110720 |