Preparação e caracterização de nanopartículas magnéticas como agentes de contraste para imagem por ressonância magnética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Gabriela Cabrita
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/19802
Resumo: A técnica de imagem por ressonância magnética (IRM) apresenta elevada resolução espacial, mas baixa sensibilidade sendo, muitas vezes, necessário recorrer-se ao uso de agentes de contraste (AC). Recentemente, tem surgido um interesse crescente no uso de nanopartículas de óxido de ferro superparamagnéticas para este propósito, devido às suas reduzidas dimensões, elevada razão área de superfície/volume, elevada magnetização e menor toxicidade em relação a outros AC, como o gadolínio. Contudo, estas tendem a agregar em solução aquosa, impedindo a sua aplicação em condições fisiológicas, requerendo o uso de tensioativos biocompatíveis, os quais podem alterar as características das nanopartículas e, consequentemente, a sua eficácia como agentes de contraste em IRM. O objetivo do presente trabalho foi estudar o efeito de diferentes concentrações de ácido oleico (AO) – 64%, 96%, 128% e 192% – no revestimento de nanopartículas de óxido de ferro nos tempos de relaxação da água, bem como aferir o seu efeito no contraste em IRM. A estabilidade das nanopartículas, sintetizadas por precipitação química, foi comprovada por DLS e potencial zeta, enquanto as análises de FTIR e de TGA mostram a sua ligação ao AO. Os resultados de TEM mostram que a concentração do revestimento não influencia o tamanho do diâmetro do núcleo das nanopartículas, o qual ronda os 10 nm. O padrão de DRX reflete a presença de uma estrutura cristalina de magnetite em todas as nanopartículas. O efeito destas nos tempos de relaxação da água foi maioritariamente ao nível da relaxação transversal, pelo que as mesmas produziram um contraste negativo nas imagens adquiridas. Foram ainda realizados ensaios de citotoxicidade em fibroblastos para diferentes concentrações de ferro, mostrando que existe um compromisso com a quantidade de ácido oleico usada. De entre as nanopartículas estudadas, as revestidas com 128% de ácido oleico surgem como as mais promissoras como AC para IRM.
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