Orientação para o mercado em hospitais públicos vs hospitais privados: estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Tiago
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3017
Resumo: A Orientação para o mercado (OM) tem-se mostrado, no actual e competitivo meio económico, uma alternativa eficaz como cultura organizacional com proveitos acrescidos para as empresas que a adoptam. Diversos estudos desenvolvidos, principalmente, no final da década de 80 e 90 provaram que as organizações orientadas para o mercado encontram-se em posição de vantagem competitiva relativamente aos seus concorrentes directos. A proximidade do cliente e a integração dos vários departamentos organizacionais foca um ambiente criativo com lugar para ideias inovadoras em benefício do cliente final. O Ministério da Saúde definiu estratégias para “Obter Mais Ganhos em Saúde para Todos – centradas na família e no ciclo de vida” e estratégias para a “Gestão da Mudança - centradas no cidadão”. Pretende-se capacitar o sistema de saúde para a inovação, desenvolvendo a gestão dos recursos humanos e a gestão da informação e do conhecimento. O Estado promove e garante o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde nos limites dos recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis. A Lei de Gestão Hospitalar - Lei n.º 27/2002 de 8 de Novembro refere que os cuidados de saúde são prestados por serviços e estabelecimentos do Estado ou, sob fiscalização deste, por outros entes públicos ou por entidades privadas, sem ou com fins lucrativos. Dado a realidade deste novo mercado ser cada vez mais competitiva, exige-se às organizações prestadoras de cuidados de saúde uma maior diferenciação na postura que assumem perante o mercado e os seus concorrentes. Assim, torna-se fulcral uma cultura direccionada ao utente que paralelamente responda ao mercado da forma mais eficiente possível. Neste contexto foi objectivo deste trabalho explorar a forma como dois hospitais públicos e dois hospitais privados orientam a sua filosofia organizacional de acordo com as necessidades do doente. Assim, foi aplicada a escala de MARKOR e elaborada uma entrevista dividida em três partes que exploram consecutivamente, a capacidade de o hospital estudar as necessidades dos doentes, a forma como gerem essa informação internamente e se após este trabalho interno, oferecem, efectivamente, uma resposta eficaz às necessidades dos mesmos. Concluiu-se que os quatro hospitais são orientados para o utente, sendo esta aproximação, mais vincados nos hospitais do sector público. Observou-se nas instituições prestadoras de cuidados de saúde uma preocupação com a melhoria dos cuidados de saúde e com a satisfação dos utentes. Todos os hospitais recolhem informação junto dos utentes, disseminam-na internamente recorrendo aos circuitos próprios de cada uma e tentam, sempre que possível responder positivamente às necessidades dos utentes.