AUTO-PERCEÇÃO DOS ADOLESCENTES SOBRE O PESO E SUA REPERCUSSÃO NA AUTOESTIMA: REVISÃO DE TEMA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9450 |
Resumo: | Introdução e objetivos: O excesso de peso e a obesidade em jovens tem sido assumido por várias entidades como um pro- blema atual de saúde pública Mundial, com tendência a agravar. A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil estima uma prevalência de obesidade e excesso de peso em Portugal de 33% e 16,8%, respetivamente, e alerta para o facto de estes jovens estarem mais sujeitos a sofrer de bullying e outros tipos de discriminação, com consequências diretas na sua autoestima. São objetivos desta revisão compreender de que forma a autoperceção do jovem sobre o seu peso influencia a sua au- toestima, que fatores contribuem para isso, e qual o estado de arte em Portugal relativamente a este tema. Metodologia: Revisão clássica com pesquisa em bases de dados científicas (PubMed, UpToDate, Trip Database, National Guideline Clearinghouse, Guidelines Finder e Canadian Medical Association) e outras publicações (revistas e livros) sobre o tema. Seleção dos artigos com base na sua pertinência e atualidade. Resultados: A autoestima é definida como a orienta- ção positiva ou negativa de cada indivíduo relativamente a si mesmo, sendo um dos componentes do autoconceito. A adolescência é uma fase de risco no que diz respeito à au- toestima. Existem métodos, já validados para a língua portuguesa, para avaliação da autoestima, como por exemplo a Escala de Autoestima de Rosenberg. A Escala de Silhue- tas Humanas é útil para avaliação da autoperceção e satisfação corporal, encontrando-se ainda em fase de validação. A hipótese teórica de que o peso dos adolescentes influencia de forma marcante a perceção que têm de si mesmos e a sua autoestima tem sido testada em alguns estudos portugueses, assim como os fatores que para isso possam contribuir. Estu- dos têm revelado uma correlação inversa entre a insatisfação corporal e o score de autoestima. Outros mostram que valores de IMC mais elevados relacionam-se com valores superiores de insatisfação corporal. Fatores como o sexo e contexto familiar (ponderosidade dos pais) parecem influenciar a autoperceção do peso e sua repercussão na autoestima. Conclusão: O excesso de peso e obesidade, além das consequências físicas que acarreta para os jovens, traz ainda perturbações sociais e psicológicas que comprometem a forma como se vêem e se comportam. A análise dos aspetos que possam influir na autoperceção do peso dos adolescentes, bem como na sua autoestima, parece ser um dos pontos essenciais para delinear estratégias de aconselhamento e motivação nas consultas com crianças/adolescentes com excesso ponderal. |
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AUTO-PERCEÇÃO DOS ADOLESCENTES SOBRE O PESO E SUA REPERCUSSÃO NA AUTOESTIMA: REVISÃO DE TEMAResumo dos postersIntrodução e objetivos: O excesso de peso e a obesidade em jovens tem sido assumido por várias entidades como um pro- blema atual de saúde pública Mundial, com tendência a agravar. A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil estima uma prevalência de obesidade e excesso de peso em Portugal de 33% e 16,8%, respetivamente, e alerta para o facto de estes jovens estarem mais sujeitos a sofrer de bullying e outros tipos de discriminação, com consequências diretas na sua autoestima. São objetivos desta revisão compreender de que forma a autoperceção do jovem sobre o seu peso influencia a sua au- toestima, que fatores contribuem para isso, e qual o estado de arte em Portugal relativamente a este tema. Metodologia: Revisão clássica com pesquisa em bases de dados científicas (PubMed, UpToDate, Trip Database, National Guideline Clearinghouse, Guidelines Finder e Canadian Medical Association) e outras publicações (revistas e livros) sobre o tema. Seleção dos artigos com base na sua pertinência e atualidade. Resultados: A autoestima é definida como a orienta- ção positiva ou negativa de cada indivíduo relativamente a si mesmo, sendo um dos componentes do autoconceito. A adolescência é uma fase de risco no que diz respeito à au- toestima. Existem métodos, já validados para a língua portuguesa, para avaliação da autoestima, como por exemplo a Escala de Autoestima de Rosenberg. A Escala de Silhue- tas Humanas é útil para avaliação da autoperceção e satisfação corporal, encontrando-se ainda em fase de validação. A hipótese teórica de que o peso dos adolescentes influencia de forma marcante a perceção que têm de si mesmos e a sua autoestima tem sido testada em alguns estudos portugueses, assim como os fatores que para isso possam contribuir. Estu- dos têm revelado uma correlação inversa entre a insatisfação corporal e o score de autoestima. Outros mostram que valores de IMC mais elevados relacionam-se com valores superiores de insatisfação corporal. Fatores como o sexo e contexto familiar (ponderosidade dos pais) parecem influenciar a autoperceção do peso e sua repercussão na autoestima. Conclusão: O excesso de peso e obesidade, além das consequências físicas que acarreta para os jovens, traz ainda perturbações sociais e psicológicas que comprometem a forma como se vêem e se comportam. A análise dos aspetos que possam influir na autoperceção do peso dos adolescentes, bem como na sua autoestima, parece ser um dos pontos essenciais para delinear estratégias de aconselhamento e motivação nas consultas com crianças/adolescentes com excesso ponderal.Unidade Local de Saúde de Santo António2016-07-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v24.i0.9450por2183-9417Moreira, Ana ClaraValongo, ÂngelaSoares, BeatrizMaia, Céliainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-05-07T09:38:51Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/9450Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-05-07T09:38:51Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Introdução e objetivos: O excesso de peso e a obesidade em jovens tem sido assumido por várias entidades como um pro- blema atual de saúde pública Mundial, com tendência a agravar. A Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil estima uma prevalência de obesidade e excesso de peso em Portugal de 33% e 16,8%, respetivamente, e alerta para o facto de estes jovens estarem mais sujeitos a sofrer de bullying e outros tipos de discriminação, com consequências diretas na sua autoestima. São objetivos desta revisão compreender de que forma a autoperceção do jovem sobre o seu peso influencia a sua au- toestima, que fatores contribuem para isso, e qual o estado de arte em Portugal relativamente a este tema. Metodologia: Revisão clássica com pesquisa em bases de dados científicas (PubMed, UpToDate, Trip Database, National Guideline Clearinghouse, Guidelines Finder e Canadian Medical Association) e outras publicações (revistas e livros) sobre o tema. Seleção dos artigos com base na sua pertinência e atualidade. Resultados: A autoestima é definida como a orienta- ção positiva ou negativa de cada indivíduo relativamente a si mesmo, sendo um dos componentes do autoconceito. A adolescência é uma fase de risco no que diz respeito à au- toestima. Existem métodos, já validados para a língua portuguesa, para avaliação da autoestima, como por exemplo a Escala de Autoestima de Rosenberg. A Escala de Silhue- tas Humanas é útil para avaliação da autoperceção e satisfação corporal, encontrando-se ainda em fase de validação. A hipótese teórica de que o peso dos adolescentes influencia de forma marcante a perceção que têm de si mesmos e a sua autoestima tem sido testada em alguns estudos portugueses, assim como os fatores que para isso possam contribuir. Estu- dos têm revelado uma correlação inversa entre a insatisfação corporal e o score de autoestima. Outros mostram que valores de IMC mais elevados relacionam-se com valores superiores de insatisfação corporal. Fatores como o sexo e contexto familiar (ponderosidade dos pais) parecem influenciar a autoperceção do peso e sua repercussão na autoestima. Conclusão: O excesso de peso e obesidade, além das consequências físicas que acarreta para os jovens, traz ainda perturbações sociais e psicológicas que comprometem a forma como se vêem e se comportam. A análise dos aspetos que possam influir na autoperceção do peso dos adolescentes, bem como na sua autoestima, parece ser um dos pontos essenciais para delinear estratégias de aconselhamento e motivação nas consultas com crianças/adolescentes com excesso ponderal. |
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