"A intervenção do Médico-Veterinário em Centros de Recolha Oficial de Animais de Companhia”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Ana Rita Ribeiro
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/9542
Resumo: Em Portugal, os canis foram construídos no início do século XIX, como peças fundamentais da estratégia do controlo da Raiva, não estando hoje adaptados para as novas exigências, agravadas pela Lei n.º 27/2016, que proíbe o abate de animais saudáveis como controlo populacional. Esta legislação obriga também a que os CRO só possam entregar os animais para adoção após a sua esterilização. A sobrelotação, para além de contribuir negativamente para o bem-estar animal, é um importante fator de risco da maioria das doenças infeciosas e, por isso, o maneio e controlo destas doenças em cães e gatos continua a ser um dos maiores desafios para os abrigos. São sempre preferíveis práticas que minimizem os riscos, como, por exemplo, reduzir o tempo de estadia, vacinação, higiene e sanidade e redução do stress. A quarentena na entrada dos animais, uma boa organização espacial e regras de biossegurança são exemplos de boas práticas em Medicina de Abrigo. Assim, acompanhámos a atividade do papel do médico veterinário em três Centros de Recolha Oficial: o Canil Municipal de Évora, o Canil Municipal de Coimbra e o Canil Intermunicipal da Associação de Municípios das Terras de Santa Maria. A descrição dos casos acompanhados é suportada por revisão bibliográfica e complementada com dados nacionais publicados por algumas instituições. Verificámos que a esterilização dos animais de companhia como controlo populacional, a prevenção e controlo de doenças infeciosas, o bem-estar animal e a proteção da saúde pública adquirem especial relevância neste contexto. A Medicina de Abrigo é uma área recente e desafiante, na medida em que são necessários estudos mais completos que suportem a prática médico-veterinária num contexto de abrigo e de gestão de populações de cães e gatos.
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