Adaptação e validação da Resilience Scale® de Wagnild e Young para a cultura portuguesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/10934 |
Resumo: | O objectivo deste estudo é descrever o processo de adaptação transcultural e de validação para a cultura portuguesa da Resilience Scale® (RS), originalmente criada em inglês, nos Estados Unidos da América, por Wagnild e Young (1993) para aferir níveis de resiliência. Uma equipa de tradutores bilingues e biculturais participou no processo de tradução de forma a aumentar a exactidão linguística e a correlação cultural. A escala foi adaptada para uma amostra de estudantes do segundo e terceiro ciclos do ensino básico de uma escola pública de Viana do Castelo, Portugal. Participaram 215 estudantes com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos. Um item foi excluído por apresentar uma baixa correlação com o total (inferior a 0,2) e diminuir a consistência interna. A fidelidade dos constructos foi avaliada através da consistência interna (Alfa de Cronbach), e estabilidade no tempo (análise do teste-reteste). O valor de Alfa de Cronbach foi 0,82 evidenciando boa consistência interna e a correlação do teste-reteste, estudada num subgrupo de 30 alunos foi de 0,72 (p<0,001) demonstrando boa estabilidade temporal. A validade de conteúdo foi determinada por juízes especialistas, a validade do constructo foi determinada através da análise dos componentes principais (ACP) com rotação varimax para determinar o número de componentes e a sensibilidade através do teste t de Student aplicado ao índice de discriminação do item. A média dos scores na RS foi de 126,26. A partir da análise dos componentes principais surgiram 5 componentes: Perseverança, Autoconfiança, Serenidade, Sentido de Vida e Autosuficiência. Estes resultados evidenciam a fidelidade, validade e sensibilidade da versão portuguesa adaptada da RS para avaliar a resiliência na cultura portuguesa e conclui-se que este é um instrumento útil para estudos que se proponham avaliar a resiliência e para orientar a prática de enfermagem, embora se conclua da necessidade de futuros estudos de revalidação. |
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Adaptação e validação da Resilience Scale® de Wagnild e Young para a cultura portuguesaAdaptation and validation of Wagnild and Young’s Resilience Scale® for the portuguese cultureResilience Scale®ResiliênciaEnfermagemEscalaAdaptação transculturalValidadeFidelidadeResilienceNursingScaleCross-cultural adaptationValidityReliabilityO objectivo deste estudo é descrever o processo de adaptação transcultural e de validação para a cultura portuguesa da Resilience Scale® (RS), originalmente criada em inglês, nos Estados Unidos da América, por Wagnild e Young (1993) para aferir níveis de resiliência. Uma equipa de tradutores bilingues e biculturais participou no processo de tradução de forma a aumentar a exactidão linguística e a correlação cultural. A escala foi adaptada para uma amostra de estudantes do segundo e terceiro ciclos do ensino básico de uma escola pública de Viana do Castelo, Portugal. Participaram 215 estudantes com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos. Um item foi excluído por apresentar uma baixa correlação com o total (inferior a 0,2) e diminuir a consistência interna. A fidelidade dos constructos foi avaliada através da consistência interna (Alfa de Cronbach), e estabilidade no tempo (análise do teste-reteste). O valor de Alfa de Cronbach foi 0,82 evidenciando boa consistência interna e a correlação do teste-reteste, estudada num subgrupo de 30 alunos foi de 0,72 (p<0,001) demonstrando boa estabilidade temporal. A validade de conteúdo foi determinada por juízes especialistas, a validade do constructo foi determinada através da análise dos componentes principais (ACP) com rotação varimax para determinar o número de componentes e a sensibilidade através do teste t de Student aplicado ao índice de discriminação do item. A média dos scores na RS foi de 126,26. A partir da análise dos componentes principais surgiram 5 componentes: Perseverança, Autoconfiança, Serenidade, Sentido de Vida e Autosuficiência. Estes resultados evidenciam a fidelidade, validade e sensibilidade da versão portuguesa adaptada da RS para avaliar a resiliência na cultura portuguesa e conclui-se que este é um instrumento útil para estudos que se proponham avaliar a resiliência e para orientar a prática de enfermagem, embora se conclua da necessidade de futuros estudos de revalidação.The purpose of this study is to describe the cross-cultural adaptation and validation to the Portuguese culture of the Resilience Scale® (RS), which was originally created in English idiom, in USA by Wagnild and Young (1993) used to identify resilience levels. A team of bilingual and bicultural translators participated in the translation process to enhance the linguistic accuracy and cultural correlation. The scale was adapted for a sample of students from a public school in Viana do Castelo, Portugal. Participants were 215 students between 10-16 years of age. One item were excluded for showing low item-total correlation (lower than 0,2) and also because it decreased internal consistency. Reliability was evaluated by internal consistency (Cronbach’s alpha) and stability over time (test-retest analysis). Cronbach’s alpha was 0,82 which showed good internal consistency and the test-retest correlation, tested in a sub-group of 30 students was 0,72 (p<0,001) showing good stability over time. Contents validity was determined by expert juries, construct validity was determined by principal components analysis (PCA) with varimax rotation to determine the number of components, and sensibility by the t Student test applied to the item discrimination index. The mean score on RS was 126,26. Perseverance, Self-Reliance, Equanimity, Meaningfulness and Existential Aloneness emerged as components from the principal components analysis. These results provide evidence for the reliability and validity of the Portuguese adapted version of the RS to measure resilience in the Portuguese culture and we conclude that this is a useful instrument for studies which proposes to evaluate resilience and to guide nursing practice. However we concluded the necessity of new revalidation studies.Universidade Católica PortuguesaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaFelgueiras, Marta CristianaFestas, ConstançaVieira, Margarida2013-06-04T13:54:39Z2010-01-012010-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/10934porFELGUEIRAS, Marta Cristiana; FESTAS, Constança; VIEIRA, Margarida – Adaptação e validação da Resilience Scale® de Wagnild e Young para a cultura portuguesa = Adaptation and validation of Wagnild and Young’s Resilience Scale® for the portuguese culture. Cadernos de Saúde. Lisboa. ISSN 1647-0559. 3:1 (2010) 73-801647-055910.34632/cadernosdesaude.2010.2803info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:15:54Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/10934Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:09:24.404448Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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O objectivo deste estudo é descrever o processo de adaptação transcultural e de validação para a cultura portuguesa da Resilience Scale® (RS), originalmente criada em inglês, nos Estados Unidos da América, por Wagnild e Young (1993) para aferir níveis de resiliência. Uma equipa de tradutores bilingues e biculturais participou no processo de tradução de forma a aumentar a exactidão linguística e a correlação cultural. A escala foi adaptada para uma amostra de estudantes do segundo e terceiro ciclos do ensino básico de uma escola pública de Viana do Castelo, Portugal. Participaram 215 estudantes com idades compreendidas entre os 10 e os 16 anos. Um item foi excluído por apresentar uma baixa correlação com o total (inferior a 0,2) e diminuir a consistência interna. A fidelidade dos constructos foi avaliada através da consistência interna (Alfa de Cronbach), e estabilidade no tempo (análise do teste-reteste). O valor de Alfa de Cronbach foi 0,82 evidenciando boa consistência interna e a correlação do teste-reteste, estudada num subgrupo de 30 alunos foi de 0,72 (p<0,001) demonstrando boa estabilidade temporal. A validade de conteúdo foi determinada por juízes especialistas, a validade do constructo foi determinada através da análise dos componentes principais (ACP) com rotação varimax para determinar o número de componentes e a sensibilidade através do teste t de Student aplicado ao índice de discriminação do item. A média dos scores na RS foi de 126,26. A partir da análise dos componentes principais surgiram 5 componentes: Perseverança, Autoconfiança, Serenidade, Sentido de Vida e Autosuficiência. Estes resultados evidenciam a fidelidade, validade e sensibilidade da versão portuguesa adaptada da RS para avaliar a resiliência na cultura portuguesa e conclui-se que este é um instrumento útil para estudos que se proponham avaliar a resiliência e para orientar a prática de enfermagem, embora se conclua da necessidade de futuros estudos de revalidação. |
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