Avaliação funcional das crianças após alta dos cuidados intensivos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/81947 |
Resumo: | Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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Avaliação funcional das crianças após alta dos cuidados intensivosFUNTIONAL OUTCOMES IN CHILDREN AFTER DISCHARGE FROM A PEDIATRIC INTENSIVE CARE UNITavaliação do estado funcionalcuidados intensivos pediátricosFunctional Status Scalemorbilidademortalidadeevaluation of functional statuspediatric intensive careFunctional Status ScalemorbiditymortalityTrabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: Dada a redução das taxas de mortalidade associadas aos doentes internados em cuidados intensivos pediátricos torna-se imperioso monitorizar a morbilidade daí resultante, para uma correta avaliação do prognóstico. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar o estado funcional das crianças um ano após a alta de um serviço de cuidados intensivos pediátricos, bem como possíveis fatores de risco para aquisição de morbilidade adicional.População e Métodos: Foram incluídas no estudo as crianças internadas no serviço de Cuidados Intensivos do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CIPE-CHUC), com idades entre os 28 dias e os 18 anos, de forma sequencial, permitindo um período de seguimento mínimo após a alta de um ano (setembro 2014 a setembro 2015). Foram excluídos internamentos com duração inferior a 48h e cujo motivo tenha sido o recobro/pós-operatório. Para avaliação do estado funcional das crianças foi aplicada a Functional Status Scale (FSS) na pré-admissão/estado basal, admissão, alta e um ano após a alta. Definiu-se aquisição de “Nova morbilidade” se agravamento de score FSS ≥3. O risco de mortalidade foi calculado pelos scores Paediatric Index of Mortality 3 (PIM3) e Paediatric Risk of Mortality Score (PRISM). Para a análise estatística foi usado o Statistical Package for the Social Science®, tendo sido considerado um nível da significância <0,05.Resultados: Foram incluídos no estudo 91 doentes, 58,2% do sexo masculino, com mediana de idade de três anos. Não se verificou uma diferença significativa entre os totais da FSS na pré-admissão em relação a um ano após a alta (p=1). Um ano após a alta 15 crianças apresentavam “Nova morbilidade”. A aquisição de “Nova morbilidade” relacionou-se com: maior duração de internamento (p<0,001), ocorrência de infeção nosocomial (p=0,026) e menos dias livres de ventilação (p<0,001). As crianças com “Nova morbilidade” foram mais frequentemente submetidas a cirurgia durante o internamento (p=0,0039), necessitaram de drogas vasoativas (p=0,009) e intubação endotraqueal (p=0,006). Nas crianças que adquiriram “Nova morbilidade” foram ainda encontrados scores PRISM e PIM 3 superiores. Ocorreram oito óbitos.Discussão/ Conclusão: Maior duração do internamento, presença de infeção nosocomial e atitudes terapêuticas mais invasivas (abordagem cirúrgica durante o internamento, ventilação mecânica invasiva e recurso a drogas vasoativas) associam-se positivamente a maior risco de aquisição de novas morbilidades. De forma expectável, uma maior morbilidade associou-se a scores PRISM e PIM3 superiores. Embora o internamento num serviço de cuidados intensivos pediátricos se associe geralmente ao desenvolvimento de novas morbilidades, neste estudo, um ano após a alta, a maioria das crianças apresentava globalmente um bom estado funcional, com recuperação para o seu estado basal.Introduction: Given the reduction of the mortality rates associated with the hospitalized patients in pediatric intensive care, it is imperative monitoring the resulting morbidity for a correct outcome evaluation.Objective: The objective of this study was to evaluate the functional status of children one year after discharge from the pediatric intensive care unit, as well as possible risk factors for the acquisition of additional morbidity.Population and Methods: The study included children hospitalized at the Intensive Care Unit of the Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, with ages ranging from 28 days to 18 years, sequentially, allowing a minimum follow-up period of one-year postdischarge (September 2014 to September 2015). Hospitalizations lasting less than 48h and whose reason for hospitalization was recovery/postoperative were excluded. The Functional Status Scale (FSS) was applied at pre-admission/baseline status, admission, discharge, and one year after discharge. The acquisition of “New morbidity” was defined by a worsening ≥3 of the FSS score. For the statistical analysis, we used the Statistical Package for the Social Science®, considering a level of significance <0,05.Results: The study included 91 patients, 58,2% were male, with a median age of three years. There was no significant difference between pre-admission and one year after discharge FSS totals (p=1). One year after discharge there were 15 children with "New morbidity". The acquisition of "New morbidity" was related to: longer length of stay (p=<0,001), higher rates of nosocomial infections (p=0,026) and fewer free days of ventilation (p=<0,001). The need of surgery (p=0,003), of vasoactive medication (p=0,009) and endotracheal intubation (p=0,006) were also more frequent in children with "New morbidity". In children who acquired "New morbidity" higher PRISM and PIM 3 scores were also found. Eight children died. Discussion/Conclusions: Longer length of stay, presence of nosocomial infection and more invasive therapeutic attitudes (surgical approach during hospitalization, invasive mechanical ventilation and use of vasoactive medication) increased the risk of acquiring new morbidities. As it was expected, higher PRISM and PIM3 scores were associated with higher rates of morbidity. Although admission to a pediatric intensive care unit is generally associated with the development of new morbidities, in this study one year after discharge, most of the children had a good overall functional status, with recovery to their baseline state.2017-06-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/81947http://hdl.handle.net/10316/81947TID:202048195porFraga, Teresa Isabel Crisostomoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-03-15T14:23:35Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/81947Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:03:56.993059Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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