Disseminação de Enterobacteriaceae produtoras de beta-lactamases de espectro alargado em crianças

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Sílvia Branco
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Ferreira, Helena Neto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v22.i2.10765
Resumo: As Enterobacteriaceae produtoras de beta-lactamases de espectro alargado (extended-spectrum beta-lactamase producing Enterobacteriaceae - EESBL) têm sido consideradas importantes agentes patogénicos hospitalares. Nos últimos tempos, a sua disseminação na comunidade, é uma realidade que pode condicionar a terapêutica empírica. A colonização fecal de pessoas saudáveis com EESBL é uma realidade que pode comprometer o controlo de infeção nos cuidados de saúde hospitalares e na prestação de cuidados continuados. O rastreio de portadores de EESBL na admissão hospitalar, em determinados grupos de risco, como sejam os idosos institucionalizados, apresenta relevância na prevenção de surtos nas unidades hospitalares. Genes responsáveis pela codificação de mecanismos de resistência a outros grupos de antibióticos, são também disseminados paralelamente, daí a multirresistência apresentada por estes isolados. Os animais domésticos e selvagens poderão contribuir para esta disseminação. Outra contribuição para a dispersão poderá ser também a dos produtos alimentares. A colonização fecal de crianças com Enterobacteriaceae produtoras de beta-lactamases de espectro alargado é uma realidade já relatada em Portugal, que poderá ser considerada na admissão pediátrica hospitalar, particularmente nas unidades mais sensíveis como sejam as de cuidados intensivos e neonatologia e também deverá ser considerada no tratamento das infeções por este tipo de isolados. Esta realidade deve ser tomada em conta na prática clínica na comunidade, pois condiciona a adequação dos tratamentos empíricos, nomeadamente nas infeções do trato urinário, devido à limitação terapêutica que condiciona. Este é um novo desafi o de saúde pública para os médicos, laboratórios de microbiologia, hospitais e serviços de saúde em geral.
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