A incontinência urinária em mulheres praticantes de exercício recreativo: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Maria Francisca
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Costa, Rui Prado, Oliveira, Carla Maria, Moreira, Susana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19149
Resumo: A incontinência urinária afeta até um terço das mulheres em Portugal. O exercício pode ser fator precipitante/de exacerbação, mas também protetor, se for adequado. O objetivo deste estudo é determinar a prevalência de incontinência urinária em mulheres praticantes de exercício recreativo, avaliar a relação com o tipo de exercício e outros fatores de risco coexistentes, e aferir se o tema é abordado nos ginásios. Material e Métodos: Estudo transversal através de questionários de auto-preenchimento em ginásios do Porto e Vila Nova de Gaia. Resultados: Duzentas e noventa mulheres completaram os questionários. Destas, 67,6% tinham menos de 40 anos, 25,2% referiam incontinência e 53,4% tinham pelo menos um fator de risco não relacionado com exercício. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa (p < 0,05) entre incontinência, obesidade e obstipação. Exercícios de alto impacto eram incluídos nos treinos de 62,1% das mulheres continentes e 50,9% das incontinentes. O tema incontinência e fortalecimento muscular do pavimento pélvico foi abordado em apenas 5,5% na avaliação inicial, 9,7% em treinos coletivos e em 13,5% das 37 mulheres com treinos individuais. Discussão: A maior proporção de mulheres continentes, comparativamente às incontinentes, que praticavam exercício extenuante, sugere que este era um fator provocativo para algumas, não se verificando, contudo, uma associação estatisticamente significativa entre incontinência e tipo de exercício. Conclusão: A incontinência urinária afeta mulheres praticantes de exercício recreativo, independentemente da idade e características do exercício. É raramente abordada nos ginásios, sendo necessário sensibilizar os profissionais para potenciar os efeitos preventivos/ terapêuticos do exercício na função do pavimento pélvico e no controlo de fatores de risco modificáveis
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