Soldadura da madeira a frio... ou colagem sem cola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, H.
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://repositorio.lnec.pt:8080/jspui/handle/123456789/16844
Resumo: sta descoberta revolucionária justificou a atribuição do prémio austríaco Schweighofer 2005 para inovação em ciência da madeira à equipa franco-suíça liderada por Tony Pizzi (F) e Balz Gfeller (CH) pelos seus trabalhos sobre a soldadura da madeira. O processo consiste em criar fricção entre duas superfícies a unir e aplicar pressão, o que permite ligá-las sem adição de cola. Às temperaturas elevadas que são geradas pela fricção mecânica (acima de 180ºC) a lenhina e a hemicelulose existente entre as paredes celulares da madeira fundem e fluem. As fibras da madeira deste modo libertas sofrem um rearranjo, criando um emaranhado de fibras imerso numa matriz fundida, maioritariamente de lenhina, que ao solidificar por arrefecimento origina um composto de elevada densidade. Este composto constitui a linha de colagem, ou melhor, a superfície de soldadura. A fusão/soldadura demora cerca de 3 a 5 segundos, embora seja conveniente manter a pressão durante outro tanto tempo, para permitir que as reacções químicas entre os novos compostos de carbono formados durante o processo prossigam após a fusão, melhorando a qualidade da ligação. D ensitometria de Raios X da madeira soldada confirmou um considerável aumento de densidade na interface de soldadura, resultante da perda de estrutura celular da madeira nesta zona. equipamento necessário para este procedimento é usado para colar com colas termoplásticas, por exemplo na indústria automóvel.
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