‘Viver em amor…’ ou ‘sentir-se sufocado’? Diferenças de classe social, região e género
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/717 |
Resumo: | Este working paper debruça-se sobre a conjugalidade nas famílias portuguesas e visa analisar a importância da relação conjugal para o indivíduo, como este percepciona a conjugalidade nos seus melhores e piores momentos e a sua influência na construção identitária. Desde a modernidade, ocorreram profundas transformações na sociedade contemporânea, tais como a individualização, a reflexividade e a importância do amor e das relações significativas para o indivíduo. Essas transformações culturais contribuíram para transformações sociais, designadamente a redução do número de casamentos, o aumento do número de coabitações, uma taxa mais elevada de divórcios e um menor número de crianças por casamento. Estas transformações culturais e sociais modificaram a conjugalidade. Ter uma relação não é mais estar casado uma vida inteira, pensando a conjugalidade enquanto um estatuto e um sacrifício da identidade individual em prol do bem-estar familiar. Hoje em dia, ter uma relação conjugal é estar ligado pelo amor e pela paixão a alguém, com quem se quer partilhar a vida em simultâneo com a preservação da sua identidade pessoal. É na relação entre viver o amor e preservar a identidade individual que reside a conjugalidade, com seus problemas e ambiguidades. Os resultados apresentados são baseados em entrevistas em profundidade em Lisboa, Porto e Leiria a casais em diferentes momentos do seu ciclo de vida e com diferentes pertenças sociais. |
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