#097. Presença de genes de resistência a antibióticos na cavidade oral: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Sara
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Martins, Jorge, Rosa, Nuno, Barros, Marlene, Correia, Maria José
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/33356
Resumo: Objetivos: O uso excessivo e, muitas vezes, desnecessário de antibióticos pode originar a seleção de genes de resistência a antibióticos. Os biofilmes, especificamente os orais, são conglomerados bacterianos que potenciam a preservação dos genes de resistência a antibióticos. Além disso, há estudos que destacam a propagação dos genes de resistência a antibióticos para outros locais do organismo. Deste modo, é de extrema importância compreender quais são os genes de resistência a antibióticos na cavidade oral, como se pode fazer a sua determinação e estimar o seu impacto na ecologia da cavidade oral. Pretendeu‐se verificar: (i) quantos estudos foram realizados in vivo, em amostras com origem na cavidade oral; (ii) que métodos foram utilizados para a deteção dos genes de resistência a antibióticos; (iii) e quais os genes de resistência a antibióticos encontrados. Materiais e métodos: A revisão bibliográfica foi realizada na base de dados PubMed® do NCBI (19‐04‐2016), com a seguinte estratégia: acrescentou‐se sucessivamente cada grupo de palavras‐chave: pesquisa 1 – «antibiotic resistant bacteria» AND «oral biofilm» AND «saliva» AND «mouth»; pesquisa 2 – «antibiotic resistance» AND «oral biofilm» AND «saliva» AND «mouth». Foi obtido um total de 254 artigos científicos, analisados quanto à metodologia utilizada e respetivos resultados. Adicionaram‐se 20 artigos referenciados por um artigo da primeira pesquisa. Desse total de 274, foram excluídos os artigos com objetivo de testar terapias alternativas aos antibióticos, e estudos em Candida, ficando 135 artigos. Destes foram selecionados apenas os estudos realizados na cavidade oral, obtendo‐se 50 artigos, dos quais 30 referem a presença de genes de resistência a antibióticos. Resultados: Dos artigos selecionados a maioria utiliza exclusivamente técnicas de cultivo (46,7%), 6,7% usam a reação de polimerase em cadeia e 3,3% a versão quantitativa da reação da polimerase em cadeia. A título de exemplo, foram encontrados 18 genes de resistência a antibióticos ß‐lactâmicos, na cavidade oral. Conclusões: Dos poucos estudos focados na cavidade oral, verifica‐se a existência de genes de resistência a antibióticos no biofilme oral. É, deste modo, de extrema importância realizar estudos de quantificação de genes de resistência a antibióticos, de forma a conseguir avaliar o impacto no microbioma oral.
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