Mimetismo colonial e reprodução animal: carneiros caracul no Sudoeste angolano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612014000100010 |
Resumo: | Este texto explora a relação entre reprodução de colonos portugueses e reprodução de carneiros caracul no Sul de Angola. Segue-se a pista dos caraculos, desde o Sudoeste Africano sob ocupação alemã até ao deserto de Moçâmedes, usando-se o conceito de mimese para dar conta de práticas coloniais do Terceiro Império. O Posto Experimental do Caracul (PEC), fundado em 1948, serve como local de prova de tais práticas, combinando num mesmo espaço experiências de inseminação artificial de carneiros com outras mais inesperadas de sociabilidade colonial, como a organização de um bairro indígena, a reproduzir por toda a região, que imitava uma onganda de kuvales, bem como uma casa-modelo de colono. A apropriação por Gilberto Freyre do caracul como corporização do luso-tropicalismo contribui para fazer deste carneiro um objeto de investigação privilegiado para pensar a natureza do colonialismo português. |
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