Homenagem a João Penha (No centenário da sua obra Viagem por Terra ao País dos Sonhos) 1898/1998
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revistas.uminho.pt/index.php/forum/article/view/3276 |
Resumo: | Seguindo uma taxinomia altamente incipiente, quiçá carecendo de sólida fundamentação, poder-se-á classificar, numa etapa inicial, os artistas em trés categorias: a primeira englobando os poetas (neste caso específico ... ) que, conhecedores desse mito que é a notoriedade, dela desfrutaram num pós-morte de glória; a segunda abarcando os vales que, tendo passado ignotos ao longo da vida, foram em termos definitivos exumados para a imortalidade; a terceira agrupando os bardos que, venerados recorrentemente durante o seu percurso vivencial, cedo foram olvidados e logo inseridos no 'arquivo morto', fonte inesgotável de volúpias reiteradas para bibliófilos inveterados. Prosseguindo nesta catalogação primária, e transitando para uma fase segunda, poetas há que consagraram a sua existéncia a coligir narcisicamente (memórias, jornais íntimos, confissões ... ), de modo intermitente ou linear, farrapos biográficos destinados a perdurar, como testemunho vivo e redivivo, nas gerações vindouras, convenciona/mente designadas por posteridade; outros houve, em contrapartida, que de tal modo se empenharam em de/ir quaisquer résteas autobiográficas que a sua biografia sumária apenas se torna perceptível através da sua necrologia. É este, sem dúvida alguma, o caso do Dr. João Penha, apesar das profecias, em sentido inverso, anunciadas por alguns dos seus contemporâneos. "( ... ) João Penha é um dos raros poetas do nosso tempo que hão-de ficar na história da nossa literatura. (. . .)"'. Quão errado estava, em 1902, Cristóvão Aires! |
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