Genopolis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlos, Luís Alberto Alves
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.5/19881
Resumo: Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura, com a especialização em Arquitetura apresentada na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Mestre.
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spelling GenopolisA cidade genérica como palco da fragmentação das metropolis e a polarização da sociedadeMetropolisNão-lugaresGlobalGenéricoExpulsõesFavelasNon-placesGlobalGenericExpulsionsSlumsDissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura, com a especialização em Arquitetura apresentada na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa para obtenção do grau de Mestre.GenoPolis, o ultimo organismo da cidade que se divide entre lugares e não-lugares, entre local e global, entre identidade e não-identidade, genérico e único, igualdade e desigualdade, onde os paradigmas nos perseguem e a cidade é o espaço atingido. Como reação à industrialização do século XIX, as cidades expandem-se. Esta expansão é um crescimento de quase dois séculos e o planeamento, foi e continua a ser a forma das cidades reagirem à realidade que nos é trazida pelas circunstâncias. Com a expansão, surgiu uma nova realidade através da reação, a reutilização do espaço urbs na cidade. Esta reutilização do vocábulo fez, por sua vez, mudar o significado da palavra cidade, de civitas, espaço do palco político, para passar a chamar-se urbs, designando-se a uma esfera material e económica. A cidade influenciada por esta mudança passou a representar um interesse privado, uma lei económica, que se aproveitou e aproveita da cidade através do urbanismo, para tentar produzir mais lucro. Esta forma de economia parece prevalecer em todos os sistemas políticos, independentemente do regime ou população. No capitalismo, os lucros e a prosperidade da riqueza são os principais objetivos de quem tem o capital. É esta filosofia, forma de pensar e agir, que dá origem à GenoPolis. A economia materializa-se na forma de urbanização, os excedentes apropriam-se de um direito de todos, o solo. A economia do conhecimento é o organismo socioeconómico da atualidade, que se traduz numa luta por um conhecimento. A especialização do homem liderou e lidera o acesso à nova sociedade. As cidades tornam-se em cidades-nação, onde o conhecimento passa a trazer esse estatuto. A centralização é a forma de atingir o estatuto, criando assim uma cidade global, integrada na nova sociedade. As Cidades Globais, agora, mais do que nunca, ligam-se através de redes. Esta ligação ao conhecimento forma um caminho, que tem como objetivo que a cidade se torne num ponto nodal, um nó de intersecção na rede global. Esta interseção trouxe um paradigma, que sempre esteve presente na sociedade, a igualdade, ou melhor, a desigualdade, que só que agora foi levada ao extremo, onde o solo se torna no palimpsesto por uma reivindicação perpétua da cidade, e divide a cidade. O espaço da Genopolis são os lugares, onde uma cultura se espalha e se homogeneíza e que causa a polarização e a fragmentação da cidade, onde limites se impõem. Os limites outrora físicos transformam-se, atualmente, numa barreira social onde uma grande maioria é excluída. Contudo, esta maioria nutre a esperança e sente a necessidade de ter a oportunidade de um dia ter espaço na cidade. A fragmentação e a segregação são os problemas que emergem na GenoPolis, a metropolis do século XXI. Foucault inventou a palavra heterotopia para criticar a perda da humanidade no modernismo e a criação de uma cidade de produção em massa. Desta forma, a Genopolis vive também na heterotopia, uma realidade segundo a ciência heterotópica. Surge a oportunidade da materialização da realidade através de uma contra-realidade, onde, por via de um manifesto, se cria uma inclusão social e espacial nos centros das metrópoles, emergindo uma cidade diferente, que tem como objectivo ser a solução, ao tornar a cidade mais justa.ABSTRACT: GenoPolis, the last organism of the city that is divided between places and non-places, between local and global, between identity and non-identity, generic and unique, equality and inequality, where paradigms persecute us and the city is the affected space. In reaction to nineteenth-century industrialization, cities expand. This expansion is a growth of almost two centuries and the planning, was and still is the way cities react to the reality brought to us by the circumstances. With the expansion came a new reality brought by the reaction, which reused the urbs space in the city. This reuse of the word changed the meaning of the word city, from civitas, space of the political stage, to be called urbs, assigning itself to a material and economic sphere. The city influenced by this change came to represent a private interest, an economic law, which took advantage of the city through urbanism to try to produce more profit. This form of the economy seems to prevail in all political systems, regardless of regime or population. In capitalism, profits and prosperity of wealth are the main goals of those who have capital. It is this philosophy, way of thinking and acting, that gives rise to the GenoPolis. The economy materializes in the form of urbanization, the surplus appropriates a right of all, the soil. The knowledge economy is today’s socioeconomic organism, which translates into a struggle for knowledge. The specialization of man led and leads access to the new society. Cities become nation cities, where knowledge comes to bring this status. Centralization is the way to achieve status, thus creating a global city, integrated into the new society. Global Cities now, more than ever, connect through networks. This connection to knowledge forms a path, which aims to make the city a nodal point, a node of intersection in the global network. This intersection has brought a paradigm that has always been present in society, equality, or rather inequality, which has now only been carried to an extreme, where the soil becomes the palimpsest for a perpetual claim of the city and divides the city. The space of Genopolis is the places where a culture spreads becomes homogeneous and that causes the polarization and fragmentation of the city, where limits are imposed. Formerly physical boundaries nowadays become a social barrier where a large majority are excluded. However, the majority nourish hope and feel the need to have the opportunity to one day have space in the city. Fragmentation and segregation are the problems that emerge in GenoPolis, the 21st-century metropolis. Foucault invented the word heterotopia to criticize the loss of humanity in modernism and the creation of a mass-produced city. Thus, Genopolis also lives in heterotopia, a reality according to heterotopic science. The opportunity arises for the materialization of reality through a counter-reality, where, through a manifesto, social and spatial inclusion is created in the centers of the metropolises, emerging a different city, which aims to be the solution, by making a fairer city.Universidade de Lisboa, Faculdade de ArquiteturaCrespo, José Luís MouratoNunes, Jorge Luís Firmino, coorientadorRepositório da Universidade de LisboaCarlos, Luís Alberto Alves2020-03-12T14:23:45Z2019-12-112019-12-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.5/19881porCARLOS, Luís Alberto Alves - Genopolis : a cidade genérica como palco da fragmentação das metropolis e a polarização da sociedade.- Lisboa: FA, 2019. 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