O objeto nulo em Português Europeu e em chinês: Sintaxe e aquisição
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/142806 |
Resumo: | O objeto nulo é uma construção frequente tanto em português europeu (PE) como em chinês mandarim (CM). Embora as duas línguas pertençam a famílias linguísticas diferentes, respetivamente indo-europeia e sino-tibetana, existem semelhanças em termos do objeto nulo, na medida em que, em ambas as línguas, é permitida a ocorrência desta categoria vazia como uma variável em certos contextos, recuperada a partir do antecedente linguístico ou pragmático. No entanto, encontram-se alguns obstáculos na aquisição do PE como segunda língua (L2) por aprendentes chineses neste domínio, que podem ser atribuídos a algumas diferenças nas propriedades e na distribuição dos objetos nulos nestas duas línguas. Por isso, este trabalho tem como objetivo caracterizar as propriedades das construções de objeto nulo em PE e em CM, analisar as suas semelhanças e diferenças e fazer a revisão crítica das análises teóricas relevantes. Além disso, também visa abordar a relação entre a animacidade do antecedente e a legitimação do objeto nulo em ambas as línguas, assim como contribuir para investigar o efeito (positivo ou negativo) da transferência de L1 (CM) na aquisição de L2 (PE). A concretização dos objetivos fez-se essencialmente através da consulta de referências bibliográficas e através de duas tarefas de juízos de aceitabilidade, uma aplicada a falantes nativos de CM e a outra a falantes nativos de PE e aprendentes chineses de PE, adultos, de nível avançado e superior. Concluiu-se que, embora sintaticamente tenha o mesmo estatuto nas duas línguas, o objeto nulo em CM é mais livre do que em PE, quer na sua distribuição quer nas suas propriedades semânticas e pragmáticas, o que faz com que, em PE, os grupos L2 tenham aceitação mais elevada em orações adverbiais por causa da transferência de L1. Além disso, os aprendentes chineses são sensíveis ao efeito de animacidade em alguns casos, mas apresentam um comportamento diferente do dos falantes nativos. |
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O objeto nulo em Português Europeu e em chinês: Sintaxe e aquisiçãoObjeto NuloAnimacidadePortuguês EuropeuChinês MandarimTransferência de L1Aquisição de L2Contexto Linguístico/ Pragmático-discursivoNull ObjectAnimacyEuropean PortugueseMandarin ChineseL1 TransferL2 AcquisitionLinguistic/ Pragmatic-discourse ContextDomínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e LiteraturasO objeto nulo é uma construção frequente tanto em português europeu (PE) como em chinês mandarim (CM). Embora as duas línguas pertençam a famílias linguísticas diferentes, respetivamente indo-europeia e sino-tibetana, existem semelhanças em termos do objeto nulo, na medida em que, em ambas as línguas, é permitida a ocorrência desta categoria vazia como uma variável em certos contextos, recuperada a partir do antecedente linguístico ou pragmático. No entanto, encontram-se alguns obstáculos na aquisição do PE como segunda língua (L2) por aprendentes chineses neste domínio, que podem ser atribuídos a algumas diferenças nas propriedades e na distribuição dos objetos nulos nestas duas línguas. Por isso, este trabalho tem como objetivo caracterizar as propriedades das construções de objeto nulo em PE e em CM, analisar as suas semelhanças e diferenças e fazer a revisão crítica das análises teóricas relevantes. Além disso, também visa abordar a relação entre a animacidade do antecedente e a legitimação do objeto nulo em ambas as línguas, assim como contribuir para investigar o efeito (positivo ou negativo) da transferência de L1 (CM) na aquisição de L2 (PE). A concretização dos objetivos fez-se essencialmente através da consulta de referências bibliográficas e através de duas tarefas de juízos de aceitabilidade, uma aplicada a falantes nativos de CM e a outra a falantes nativos de PE e aprendentes chineses de PE, adultos, de nível avançado e superior. Concluiu-se que, embora sintaticamente tenha o mesmo estatuto nas duas línguas, o objeto nulo em CM é mais livre do que em PE, quer na sua distribuição quer nas suas propriedades semânticas e pragmáticas, o que faz com que, em PE, os grupos L2 tenham aceitação mais elevada em orações adverbiais por causa da transferência de L1. Além disso, os aprendentes chineses são sensíveis ao efeito de animacidade em alguns casos, mas apresentam um comportamento diferente do dos falantes nativos.The null object is a common construction in both European Portuguese (EP) and Chinese Mandarin (CM). Although the two languages belong to different language families, Indo-European and Sino-Tibetan respectively, there are similarities in terms of the null object. That is, this empty category (ec) is allowed to occur as a variable in certain contexts in both languages, recovered from the linguistic or pragmatic context. However, there are some obstacles in the acquisition of EP as a second language (L2) by Chinese learners in this domain, which can be attributed to some differences in the properties and distribution of null objects in these two languages. Therefore, this dissertation aims to characterize the properties of null object constructions in EP and CM, analyze their similarities and differences, and critically review relevant theoretical analyses. In addition, it also aims to analyze the relationship between the animacy of the antecedent and the legitimization of null objects in both languages, while contributing to investigate the effect (positive or negative) of transfer from the L1 (CM) on acquisition of the L2 (EP). In order to achieve these objectives, we conducted a review of the relevant literature and used two tasks, one applied to native speakers of CM and the other to adult native speakers of EP and Chinese learners of EP at advanced and higher proficiency levels. The conclusion is that the null object in CM is freer than in EP, which makes the L2 groups in PE have a higher acceptance of null objects in adverbial clauses than the native speakers due to the transfer from the L1. Although Chinese learners may be aware of the animacy effect in some cases, it is difficult to behave likethey behave differently from native speakers.Madeira, Ana Maria LavadinhoRUNLi , Junxuan2022-06-152022-04-102025-06-15T00:00:00Z2022-06-15T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/142806TID:203037405porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:20:44Zoai:run.unl.pt:10362/142806Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:50:31.967888Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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