O impacto da COVID-19 na saúde mental dos reclusos do sistema prisional português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinho, Ana Teresa Gorgulho de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/102375
Resumo: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
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spelling O impacto da COVID-19 na saúde mental dos reclusos do sistema prisional portuguêsThe impact of COVID-19 on the mental health of portuguese prison system inmatesCOVID-19Estabelecimentos PrisionaisPandemiaReclusosSaúde MentalCOVID-19InmatesMental HealthPandemicPrisonsTrabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaIntrodução: Ao enfrentar períodos de crises – como a pandemia da COVID-19 – a saúde mental dos reclusos, que são já uma população mais vulnerável a psicopatologia, pode agravar-se e resultar em níveis mais altos de distress psicológico, ansiedade e depressão devido às circunstâncias incertas, maior risco de contágio e inúmeras restrições que foram adicionadas à sentença em si. O corrente estudo teve como principal objetivo perceber qual foi o impacto que a COVID-19 teve na saúde mental dos reclusos do sistema prisional português. Material e Métodos: Estudo observacional e transversal. Foi aplicado um questionário composto por 4 dimensões: caracterização sociodemográfica; caracterização de antecedentes pessoais e hábitos; caracterização jurídicopenal e caracterização da saúde mental utilizando a versão portuguesa do Mental Health Inventory (MHI). Estes dados foram recolhidos entre novembro de 2021 e janeiro de 2022, para uma amostra de 136 reclusos. Foi feita estatística descritiva e inferencial utilizando o teste t para comparar a distribuição das pontuações obtidas do MHI dos reclusos de acordo com variáveis de interesse e o Coeficiente de Correlação de Pearson para estabelecer uma correlação entre a pontuação do MHI e a duração da quarentena/isolamento profilático dos reclusos. Resultados: Os resultados obtidos revelaram que os reclusos que viram os seus hábitos diários alterados com a pandemia COVID-19 registaram níveis de saúde mental significativamente inferiores aos reclusos que os mantiveram, nas dimensões Distress Psicológico e Ansiedade. Para além disso, os reclusos sem medidas de flexibilização da pena implementadas apresentaram uma pontuação média na dimensão de Depressão significativamente inferiores. No total, os resultados do MHI revelaram valores compatíveis com sofrimento psicológico. Discussão e Conclusão: De acordo com os resultados obtidos, manter uma rotina e hábitos diários pode ser um fator protetor em relação à ansiedade e distress psicológico nos reclusos, bem como ter a oportunidade de usufruir de medidas da flexibilização da pena pode ser fator de proteção para a depressão. Este estudo vem enfatizar a necessidade de intervenções em meio prisional que procurem minimizar o impacto da pandemia e, sobretudo, alertar para a permanência de sofrimento psicológico entre os reclusos do sistema prisional português e para a importância da saúde mental na reinserção social.Introduction: When facing periods of crisis – such as the COVID-19 pandemic – the mental health of prisoners, who are already more vulnerable to psychopathology, can worsen and result in higher levels of psychological distress, anxiety and depression due to the uncertain circumstances, increased risk of contagion and the numerous restrictions that have been added to their sentences The main objective of the current study was to understand the impact that COVID-19 had on the mental health of inmates in the portuguese prison system. Material and Methods: Observational and transversal study. A questionnaire with 4 dimensions was used: sociodemographic characterization; characterization of personal background and habits; criminal legal characterization and mental health characterization using the portuguese version of the Mental Health Inventory. These data were collected between November 2021 and January 2022, from a sample of 136 inmates. Descriptive and inferential statistics were generated using the t test to compare the distribution of MHI scores obtained from inmates according to variables of interest and Pearson's Correlation Coefficient to establish a correlation between the MHI score and the duration of quarantine/isolation. Results: The obtained results revealed that the inmates who saw their daily habits changed with the COVID-19 pandemic recorded significantly lower levels of mental health than the inmates who kept them, regarding Psychological Distress and Anxiety dimensions. In terms of lighter regimes instituted during the pandemic, inmates without those implemented had an average score in the Depression dimension significantly lower than inmates with lighter regimes implemented. In total, the MHI results revealed values compatible with psychological distress. Discussion and Conclusions: According to the results obtained, maintaining a routine and daily habits can be a protective factor in relation to anxiety and psychological distress in inmates, as well as having the opportunity to take advantage of measures that ease the sentence can be a protective factor for depression.This study emphasizes the need for interventions in prisons that seek to minimize the pandemic impact and, above all, alert to the persistence of psychological suffering among inmates of the portuguese prison system and to the importance of mental health on social reintegration.2022-06-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/102375http://hdl.handle.net/10316/102375TID:203065395porPinho, Ana Teresa Gorgulho deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-30T20:52:03Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/102375Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:19:23.042982Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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