A formação do pensamento militar no Cone Sul: Brasil, Argentina e Uruguai

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bellintani, Adriana Iop
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/2853
Resumo: Em meados de 1900, a França é um dos países mais ricos do mundo. A lei de 1889 estabelece o serviço militar obrigatório de três anos e assegura ao exército francês um efetivo de 479.000 homens em tempos de paz, em contrapartida aos 556.000 homens do exército alemão.1 As ideias doutrinárias francesas provêm dos ensinamentos de Napoleão, envolvendo questões como a economia de forças, a divisão do exército em corpos ou grandes unidades, a utilização de trens para abastecimento da tropa, o emprego de serviço de espionagem, a manutenção do segredo nas operações, a divisão dos teatros de operações em principal e secundários, o princípio da estratégia imutável, a liberdade de ação, entre outros.2 A França, no início do século XX, inicia uma polí- tica de envio de missões militares para os países que precisavam organizar suas forças armadas. Na década de 1920, em seu desejo de expansão, envia missões militares ao Brasil, Uruguai, Guatemala e Peru, e também missões militares específicas de aviação ao Brasil, Equador, Peru e Venezuela. Conforme análise de Blay, a presença militar francesa em outros países promove e auxilia a influ- ência da França: “era essencial para manter a frágil preponderância da França no mundo”.3 A Alemanha também se interessa pelo envio de missões militares; daí a disputa entre os dois países, pois a França quer conquistar mercados consumidores, fazendo frente à expansão alemã.
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