Predisposição psicológica de adaptação comportamental à patologia oncológica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/10235 |
Resumo: | A patologia oncológica é considerada uma doença grave, que acarreta elevados riscos para a saúde e para a própria vida daqueles que dela padecem, produz graus de incerteza na mente dos pacientes, quanto à recuperação da saúde normal e reabilitação funcional destes. Factores que se repercutem nas condições de funcionamento mental dos pacientes, alterando-o conforme a ação neles exercida, quer pela percepção da patologia, quer pela estrutura da personalidade/individualidade; conduzindo à construção de predisposições psicológicas específicas que, por seu turno, dirigem o comportamento de adaptação do paciente à doença. Nesta investigação foi aplicada uma variante do instrumento “Mental Adjustment to Câncer Scale”, por nós estruturada, semanticamente, com o objectivo de detectar as predisposições psicológicas predominantes no comportamento, ou atividade, de adaptação à doença, em geral, e, neste caso, em particular, à oncológica. Sendo esta adaptação comportamental, habitualmente, designada de coping, ou seja, de reações ou estratégias de coping. A metodologia consistiu na comparação das predisposições psicológicas de adaptação comportamental ao cancro pelos doentes oncológicos nas condições: real em que se percepcionam como doentes e imaginária em que se percepcionam como se não padecessem da patologia, e, também, no grupo de controlo, constituído por pessoas que não padecem de doença oncológica. Na variante em que o doente oncológico se percepcionou, a si próprio, nas duas condições: a de doente e a de ausência de doença; foi revelada expressividade mais significativa das predisposições psicológicas do doente oncológico para o desânimo/desespero, para a preocupação ansiosa e para a percepção fatalista. Na estrutura funcional das predisposições psicológicas do doente oncológico à medida que apresenta índices, mais elevados, de desânimo, desespero, preocupação ansiosa, percepção fatalista da vida diminui a sua predisposição psicológica ativo-combativa, tornando-se passivo no seu comportamento de adaptação à doença. Ao contrário, nas pessoas que não padecem de cancro à medida que sobem os índices dos fenómenos psicológicos acima referidos, quanto à percepção da doença, a predisposição ativo-combativa também aumenta. Isto demonstra a transformação, em si, dos fenómenos negativos de ansiedade, desânimo e desespero em estados psicológicos de predisposição ativo-combativa na luta contra a doença. Daqui, emana a importância da atuação de carácter psicoterapêutico, ou de acompanhamento psicológico, dos doentes oncológicos, no sentido de conduzir à redução dos factores emocionais negativos e à progressão da estimulação de atitudes ativas e combativas, na luta contra a doença. |
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A patologia oncológica é considerada uma doença grave, que acarreta elevados riscos para a saúde e para a própria vida daqueles que dela padecem, produz graus de incerteza na mente dos pacientes, quanto à recuperação da saúde normal e reabilitação funcional destes. Factores que se repercutem nas condições de funcionamento mental dos pacientes, alterando-o conforme a ação neles exercida, quer pela percepção da patologia, quer pela estrutura da personalidade/individualidade; conduzindo à construção de predisposições psicológicas específicas que, por seu turno, dirigem o comportamento de adaptação do paciente à doença. Nesta investigação foi aplicada uma variante do instrumento “Mental Adjustment to Câncer Scale”, por nós estruturada, semanticamente, com o objectivo de detectar as predisposições psicológicas predominantes no comportamento, ou atividade, de adaptação à doença, em geral, e, neste caso, em particular, à oncológica. Sendo esta adaptação comportamental, habitualmente, designada de coping, ou seja, de reações ou estratégias de coping. A metodologia consistiu na comparação das predisposições psicológicas de adaptação comportamental ao cancro pelos doentes oncológicos nas condições: real em que se percepcionam como doentes e imaginária em que se percepcionam como se não padecessem da patologia, e, também, no grupo de controlo, constituído por pessoas que não padecem de doença oncológica. Na variante em que o doente oncológico se percepcionou, a si próprio, nas duas condições: a de doente e a de ausência de doença; foi revelada expressividade mais significativa das predisposições psicológicas do doente oncológico para o desânimo/desespero, para a preocupação ansiosa e para a percepção fatalista. Na estrutura funcional das predisposições psicológicas do doente oncológico à medida que apresenta índices, mais elevados, de desânimo, desespero, preocupação ansiosa, percepção fatalista da vida diminui a sua predisposição psicológica ativo-combativa, tornando-se passivo no seu comportamento de adaptação à doença. Ao contrário, nas pessoas que não padecem de cancro à medida que sobem os índices dos fenómenos psicológicos acima referidos, quanto à percepção da doença, a predisposição ativo-combativa também aumenta. Isto demonstra a transformação, em si, dos fenómenos negativos de ansiedade, desânimo e desespero em estados psicológicos de predisposição ativo-combativa na luta contra a doença. Daqui, emana a importância da atuação de carácter psicoterapêutico, ou de acompanhamento psicológico, dos doentes oncológicos, no sentido de conduzir à redução dos factores emocionais negativos e à progressão da estimulação de atitudes ativas e combativas, na luta contra a doença. |
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