A produção de discursos periféricos: a comunicação como instrumento de luta contra a exclusão

• Autor(a) principal: Coelho, Sandra Faustino
• Data de Publicação: 2009
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/1817
• topic: Comunicação; Jornalismo; Território; Exclusão; Desenvolvimento; Communication; Journalism; Territory; Exclusion; Development

Este trabalho discute o papel da comunicação como instrumento de luta contra a exclusão, levando em conta, sobretudo, aquela que se relaciona com a marginalidade associada ao território. Numa primeira parte, introduz a importância da compreensão do conceito de exclusão, dissociando-o de outros como ‘pobreza’ ou ‘exclusão social’, aprofundando a sua dimensão territorial. Em seguida, o trabalho explora o contributo do ‘desenvolvimento local’ enquanto proposta de satisfação de necessidades locais, destacando a influência do paradigma territorialista, que enfatiza as questões de desenvolvimento a partir da relação centro / periferia. Segue-se a discussão em torno dos conceitos de cidadania e participação: dois dos principais objectivos dos processos de desenvolvimento. Numa segunda parte, é apresentada uma leitura dos ‘media’ a partir da sua capacidade de determinar as narrativas do actual e de disseminar representações sociais planas. Segue-se a discussão sobre a dimensão produtiva do direito à comunicação, que termina com a apresentação das propostas de comunicação comunitária e de inclusão visual através da fotografia. Finalmente, o trabalho introduz a apresentação do estudo de caso, o projecto ‘Imagens do Povo’, levado a cabo pelo ‘Observatório de Favelas’ na favela Nova Holanda, Bairro Maré, no Rio de Janeiro – Brasil. Este projecto tem como principais componentes a Escola de Fotógrafos Populares, onde são formados moradores oriundos de favelas cariocas para a produção de discursos fotográficos que se apresentem como uma alternativa à produção mediática global, e a Agência Imagens do Povo, que coloca os fotógrafos e o seu trabalho em contacto com o mercado.