Epithelial downgrowth after clear corneal phacoemulsification
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.48560/rspo.19335 |
Resumo: | Resumo Objetivo O objetivo deste artigo é descrever um caso clínico de downgrowth epitelial após facoemulsificação através de incisões em córnea clara. Materiais e Métodos Os autores descrevem um caso clínico de um homem de 79 anos submetido a facoemulsifição no olho esquerdo, através de incisão corneana de 2.75mm com implante de lente intra-ocular (LIO). A cirurgia decorreu sem intercorrências, excetuando uma síndrome de íris flácida (SIF) intra-operatória que causou encarceramento mínimo da íris. Nas consultas de pós-operatório do dia 1 e 7 não se detetaram quaisquer anomalias exceto encarceramento mínimo da íris. Na consulta de 1 mês de pós-operatório detetou-se um crescimento difuso de epitélio em relação com a porta de entrada e com a íris encarcerada. O doente estava assintomático, a sua melhor acuidade visual corrigida (MAVC) era 7/10 e a pressão intra-ocular (PIO) era 16mmHg. Não se detetou inflamação intra-ocular. Foi presumido um diagnóstico clínico de downgrowth epitelial que posteriormente foi suportado por tomografia ótica de segmento anterior, microscopia especular e topografia da córnea. Resultados Aos 5 meses de follow-up o doente mantém-se assintomático, sem evidência de propagação do downgrowth epitelial, apesar do encarceramento da íris. A MAVC e PIO mantêm-se estáveis, 7/10 e 16mmHg, respetivamente, o olho mantém-se sem sinais de inflamação. Discussão As condições que predispõe à invasão do epitélio para a câmara anterior incluem múltiplas cirurgias intra-oculares, atraso ou cicatrização incompleta, encarceramento da íris e implantação das células epiteliais com os instrumentos. Ainda não se conhece totalmente a fisiopatologia desta condição. Os outcomes dos tratamentos disponíveis são variáveis e geralmente insatisfatórios, não havendo guidelines. Neste caso em particular o principal fator de risco identificado foi o SIF que levou ao encarceramento da íris. Conclusões Apesar do prognóstico desta patologia ser normalmente mau, aos 5 meses de follow-up o doente mantém-se assintomático, sem evidência de propagação do downgrowth epitelial. Palavras-chave: invasão epitelial, facoemulsificação, síndrome da íris flácida |
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Epithelial downgrowth after clear corneal phacoemulsificationComunicações Curtas e Imagens em OftalmologiaResumo Objetivo O objetivo deste artigo é descrever um caso clínico de downgrowth epitelial após facoemulsificação através de incisões em córnea clara. Materiais e Métodos Os autores descrevem um caso clínico de um homem de 79 anos submetido a facoemulsifição no olho esquerdo, através de incisão corneana de 2.75mm com implante de lente intra-ocular (LIO). A cirurgia decorreu sem intercorrências, excetuando uma síndrome de íris flácida (SIF) intra-operatória que causou encarceramento mínimo da íris. Nas consultas de pós-operatório do dia 1 e 7 não se detetaram quaisquer anomalias exceto encarceramento mínimo da íris. Na consulta de 1 mês de pós-operatório detetou-se um crescimento difuso de epitélio em relação com a porta de entrada e com a íris encarcerada. O doente estava assintomático, a sua melhor acuidade visual corrigida (MAVC) era 7/10 e a pressão intra-ocular (PIO) era 16mmHg. Não se detetou inflamação intra-ocular. Foi presumido um diagnóstico clínico de downgrowth epitelial que posteriormente foi suportado por tomografia ótica de segmento anterior, microscopia especular e topografia da córnea. Resultados Aos 5 meses de follow-up o doente mantém-se assintomático, sem evidência de propagação do downgrowth epitelial, apesar do encarceramento da íris. A MAVC e PIO mantêm-se estáveis, 7/10 e 16mmHg, respetivamente, o olho mantém-se sem sinais de inflamação. Discussão As condições que predispõe à invasão do epitélio para a câmara anterior incluem múltiplas cirurgias intra-oculares, atraso ou cicatrização incompleta, encarceramento da íris e implantação das células epiteliais com os instrumentos. Ainda não se conhece totalmente a fisiopatologia desta condição. Os outcomes dos tratamentos disponíveis são variáveis e geralmente insatisfatórios, não havendo guidelines. Neste caso em particular o principal fator de risco identificado foi o SIF que levou ao encarceramento da íris. Conclusões Apesar do prognóstico desta patologia ser normalmente mau, aos 5 meses de follow-up o doente mantém-se assintomático, sem evidência de propagação do downgrowth epitelial. Palavras-chave: invasão epitelial, facoemulsificação, síndrome da íris flácidaAbstract Purpose The purpose of this article is to report a case of epithelial downgrowth after clear corneal phacoemulsification. Materials and methods The authors report the case of a 79-year-old man submitted to left eye phacoemulsification, through a clear corneal, 2.75mm incision with intra-ocular lens (IOL) implantation. Surgery was uneventful except for intraoperative floppy iris syndrome (IFIS) which caused minimal iris incarceration. At postoperative days 1 and 7 no abnormalities were detected for the exception of minimal iris incarceration. At 1-month appointment, a diffuse sheet of epithelium was observed with respect to the main wound and the incarcerated iris. The patient was asymptomatic, best corrected visual acuity (BCVA) was 7/10 and intra-ocular pressure (IOP) was 16mmHg. No intra-ocular inflammation was detected. A clinical diagnosis of epithelial downgrowth was assumed and subsequently supported by suggestive anterior segment optic coherency tomography (OCT), specular microscopy and corneal topography. Results At 5-month follow-up the patient remained asymptomatic, with no evidence of epithelial downgrowth spreading, besides iris incarceration. BCVA and IOP continue stable 7/10 and 16mmHg, respectively, and the eye remained with no inflammation. Discussion Predisposing situations for the invasion of epithelium into the anterior chamber include numerous intraocular surgeries, incomplete or delayed wound healing, iris incarceration and implantation of epithelial cells with instruments. The precise understanding of the pathogenesis is still unknown. The outcomes of treatment are variable and generally unsatisfactory with no clear treatment guidelines. In this case the main risk factor identified was IFIS with iris incarceration Conclusions Although the prognosis of this disease is usually poor, at 5-months follow-up the patient remained asymptomatic with no evidence of epithelial spreading. Key words: epithelial invasion, phacoemulsification, floppy iris syndromeAjnet2020-06-16T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reporthttps://doi.org/10.48560/rspo.19335por1646-69501646-6950Fernandes, Carla DiasBruxelas, CarolinaSilva, PedroPatrício, Maria SaraSimões, Pedroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T17:06:11Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/19335Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:01:43.952070Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Resumo Objetivo O objetivo deste artigo é descrever um caso clínico de downgrowth epitelial após facoemulsificação através de incisões em córnea clara. Materiais e Métodos Os autores descrevem um caso clínico de um homem de 79 anos submetido a facoemulsifição no olho esquerdo, através de incisão corneana de 2.75mm com implante de lente intra-ocular (LIO). A cirurgia decorreu sem intercorrências, excetuando uma síndrome de íris flácida (SIF) intra-operatória que causou encarceramento mínimo da íris. Nas consultas de pós-operatório do dia 1 e 7 não se detetaram quaisquer anomalias exceto encarceramento mínimo da íris. Na consulta de 1 mês de pós-operatório detetou-se um crescimento difuso de epitélio em relação com a porta de entrada e com a íris encarcerada. O doente estava assintomático, a sua melhor acuidade visual corrigida (MAVC) era 7/10 e a pressão intra-ocular (PIO) era 16mmHg. Não se detetou inflamação intra-ocular. Foi presumido um diagnóstico clínico de downgrowth epitelial que posteriormente foi suportado por tomografia ótica de segmento anterior, microscopia especular e topografia da córnea. Resultados Aos 5 meses de follow-up o doente mantém-se assintomático, sem evidência de propagação do downgrowth epitelial, apesar do encarceramento da íris. A MAVC e PIO mantêm-se estáveis, 7/10 e 16mmHg, respetivamente, o olho mantém-se sem sinais de inflamação. Discussão As condições que predispõe à invasão do epitélio para a câmara anterior incluem múltiplas cirurgias intra-oculares, atraso ou cicatrização incompleta, encarceramento da íris e implantação das células epiteliais com os instrumentos. Ainda não se conhece totalmente a fisiopatologia desta condição. Os outcomes dos tratamentos disponíveis são variáveis e geralmente insatisfatórios, não havendo guidelines. Neste caso em particular o principal fator de risco identificado foi o SIF que levou ao encarceramento da íris. Conclusões Apesar do prognóstico desta patologia ser normalmente mau, aos 5 meses de follow-up o doente mantém-se assintomático, sem evidência de propagação do downgrowth epitelial. Palavras-chave: invasão epitelial, facoemulsificação, síndrome da íris flácida |
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