A selecção dos manuais de língua portuguesa no 1º CEB: condicionantes e sugestões de melhoramento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedrosa, Maria da Luz Machado de Paiva Fidalgo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/11386
Resumo: Muitas são as funções exercidas pela leitura na escola e na vida. Lê-se para alargar os limites do conhecimento, para obter informação, para refletir, para descontrair… Um ensino/aprendizagem que preconiza uma leitura ativa e dinâmica, regula-se no sentido de prática social e cultural que esta possui. Só desta maneira os alunos poderão alcançar a sua aprendizagem como método de ampliar as capacidades de comunicação, de utilização e acesso ao conhecimento. O português, quer como língua materna do sujeito, quer como língua de acolhimento é basilar no processo de comunicação e de estruturação do pensamento. Compete à área curricular de Português fomentar a aquisição e o aperfeiçoamento de competências transversais, concretamente no domínio da compreensão na leitura, que possibilitem um uso correto da língua. Intrínseca a problemática encontra-se o conceito de literacia, que arroga um papel de relevo. As proficiências neste domínio servirão para apropriar a nossa memória coletiva e para abonar o desempenho de uma cidadania responsável e ativa. Daqui urge a necessidade de investigar o papel que o manual escolar de Língua Portuguesa deve representar no processo de aquisição de competências ao nível da compreensão na leitura. Neste quadro, sobressai a reflexão sobre a estrutura de muitos manuais escolares e o modo como são habitualmente utilizados no desenvolvimento desse currículo, visto que estes se encontram estreitamente ligados e se condicionam mutuamente. Confrontados os pareceres dos professores acerca do estatuto do manual escolar no ensino do português constatamos a sua centralidade nas práticas letivas. A valorização do manual advém da convicção de que as equipas que os elaboram são detentoras de conhecimentos científicos e pedagógicos. Desta forma, o carácter de verdade que lhe é atribuído mantém-se sendo reforçado, presentemente, pela certificação de instituições académicas. Os critérios que determinam a escolha de um manual são demasiadas vezes incoerentes. A inexistência de uma reflexão crítica por parte dos professores, a ausência de formação específica na área dos manuais escolares, o tempo e espaço limitado para o fazer, assim como o reduzido apoio por parte das grelhas de orientação do Ministério de Educação, e a grande influência comercial das editoras, acabam por ser determinantes na adoção dos manuais. No entanto, não se pode ignorar o papel indubitável que desempenha o manual escolar nas práticas letivas. Tanto o manual como os programas e as metas curriculares são objeto de recontextualização em que as conceções dos professores são fundamentais. Acreditamos que uma mudança significativa que ocorra nas práticas letivas terá de passar, fundamentalmente, por uma boa escolha de um manual escolar.
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