Imagens do idoso e do envelhecimento em estudantes universitários
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/2704 |
Resumo: | A imagem é um símbolo complexo, inconsciente e multidimensional. Porém, se associada ao envelhecimento, esta pode adquirir diversas interpretações, desde positivas, neutras ou negativas. Vários estudos indicam que as imagens e estereótipos que se têm do idoso e do envelhecimento são maioritariamente negativas, associando-as a fatores negativos como doença, solidão e/ou dependência. Os estudantes universitários assim como todos os elementos da sociedade estão recetivos a todo o tipo de crenças sobre o envelhecimento que muitas das vezes são erróneas. Este estudo analisou as imagens e estereótipos acerca das pessoas idosas e do envelhecimento. Participaram 231 estudantes da Universidade da Beira Interior, distribuídos por sete cursos. Para tal foi utilizado um questionário sociodemográfico e a Escala ImAges (Sousa, Cerqueira & Galante, 2008). Esta escala está composta por quatro fatores sendo eles “Dependência, Tristeza e Antiquado”; “Incompetência Relacional e Cognitiva”; “Maturidade, Atividade e Afetividade”; e por fim, “Inutilidade”. Os resultados indicam que em relação ao Género, existem diferenças extremamente significativas, onde as mulheres (M=32,7; DP=6,82) apresentam menos imagens e estereótipos de “Dependência, Tristeza e Antiquado” associados ao idoso que os homens (M=36,7; DP= 6,56), verificando-se apenas o contrário no único fator positivo “Maturidade, Atividade e Afetividade” onde os homens (M=21,9; DP=3,11) apresentam menos imagens e estereótipos de envelhecimento que as mulheres (M=20,9; DP=2,89). Em relação ao Curso, os resultados sugerem diferenças extremamente significativas (F (6;224) = 6,145; p <0,001) e uma tendência para que os alunos dos cursos que tiveram conteúdos sobre o envelhecimento (M=4,3; DP=1,75), ao longo da sua formação, possuam menos estereótipos e imagens sobre os idosos e o envelhecimento, como é o caso do curso de Psicologia e Via Ensino. Quanto à variável Idade, não se verificam estatísticas significativas nos fatores, apresentando no entanto, uma tendência para que quanto mais se avança na idade menos imagens e estereótipos de “Dependência, Tristeza e Antiquado” sobre o envelhecimento se detém, ainda assim são os mais novos (M=21,6; DP=3,09) que atribuem mais imagens positivas de “Maturidade, Atividade e Afetividade” aos idosos e ao envelhecimento. Por fim, em relação ao Contacto Intergeracional com Pessoas Idosas da Família e Não familiares aponta-se a tendência para que quanto menos frequente for o relacionamento com pessoas idosas mais imagens negativas de “Dependência, Tristeza e Antiquado” e “Incompetência Relacional e Cognitiva” existem, apesar de não haver diferenças estatisticamente significativas. |
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Esta escala está composta por quatro fatores sendo eles “Dependência, Tristeza e Antiquado”; “Incompetência Relacional e Cognitiva”; “Maturidade, Atividade e Afetividade”; e por fim, “Inutilidade”. Os resultados indicam que em relação ao Género, existem diferenças extremamente significativas, onde as mulheres (M=32,7; DP=6,82) apresentam menos imagens e estereótipos de “Dependência, Tristeza e Antiquado” associados ao idoso que os homens (M=36,7; DP= 6,56), verificando-se apenas o contrário no único fator positivo “Maturidade, Atividade e Afetividade” onde os homens (M=21,9; DP=3,11) apresentam menos imagens e estereótipos de envelhecimento que as mulheres (M=20,9; DP=2,89). 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Por fim, em relação ao Contacto Intergeracional com Pessoas Idosas da Família e Não familiares aponta-se a tendência para que quanto menos frequente for o relacionamento com pessoas idosas mais imagens negativas de “Dependência, Tristeza e Antiquado” e “Incompetência Relacional e Cognitiva” existem, apesar de não haver diferenças estatisticamente significativas.The image is a complex, unconscious and multidimensional symbol. However, when associated with aging, it can acquire a wide variety of interpretations, ranging from positive, to neutral or negative. Several studies indicate that the images and stereotypes one has of the elderly and aging are mostly negative, associating them with negative aspects, such as illness, loneliness and/or dependence. College students, as well as all elements of society, are susceptible to all kinds of beliefs about aging that are often misleading. This study sought to investigate the existence of images and stereotypes about the elderly and aging. Participated 231 students at the Universidade da Beira Interior, comprising over seven courses. To this end, we used a socio-demographic questionnaire and ImAges Scale (Sousa, Cerqueira & Galante, 2008). This scale is composed of four factors, which are “Addiction, Sadness and Old Fashioned”; “Relational and Cognitive Incompetence”; “Maturity, Activity and Affection”; and, finally, “Uselessness”. The results indicate that, in regard to Gender, there are extremely significant differences, where women (M=32,7; DP=6,82) have fewer images and stereotypes of the “Addiction, Sadness and Old Fashioned” related to the elderly than men (M=36,7; DP= 6,56), whereas the opposite can be noted in the only positive factor “Maturity, Activity and Affection”, where men (M=21,9; DP=3,11) have fewer images and stereotypes of aging than women (M=20,9; DP=2,89). In relation to Course, the results suggest are extremely significant differences (F (6;224) = 6,145; p <0,001) and a tendency for students that attended courses which tapped the topic of aging (M=4,3; DP=1,75), throughout their studies, to have fewer stereotypes and images about the elderly and aging, such as the Psychology and Education courses. As for the Age variable, can't observe statistical significant differences in factors, though presenting, a tendency than as more we advance in age, the less images and stereotypes of the “Addiction, Sadness and Old Fashioned” about the elderly and aging one has, though it is the youths (M=21,6; DP=3,09) that attribute more positive images of “Maturity, Activity and Affection” to the elderly and aging. Finally, in what concerns the Intergenerational Contact with Elder People of the Family and Nonfamiliars, there is a tendency so that a fewer relationship frequent with the elderly, more images and stereotypes negatives about the “Addiction, Sadness and Old Fashioned” and “Relational and Cognitive Incompetence” there are, despite not having statistically significant differences.Afonso, Rosa Marina Lopes Brás MartinsuBibliorumVicente, Fabiana Pinto2014-11-26T19:29:00Z201220122012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/2704porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:38:50Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2704Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:20.584115Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A imagem é um símbolo complexo, inconsciente e multidimensional. Porém, se associada ao envelhecimento, esta pode adquirir diversas interpretações, desde positivas, neutras ou negativas. Vários estudos indicam que as imagens e estereótipos que se têm do idoso e do envelhecimento são maioritariamente negativas, associando-as a fatores negativos como doença, solidão e/ou dependência. Os estudantes universitários assim como todos os elementos da sociedade estão recetivos a todo o tipo de crenças sobre o envelhecimento que muitas das vezes são erróneas. Este estudo analisou as imagens e estereótipos acerca das pessoas idosas e do envelhecimento. Participaram 231 estudantes da Universidade da Beira Interior, distribuídos por sete cursos. Para tal foi utilizado um questionário sociodemográfico e a Escala ImAges (Sousa, Cerqueira & Galante, 2008). Esta escala está composta por quatro fatores sendo eles “Dependência, Tristeza e Antiquado”; “Incompetência Relacional e Cognitiva”; “Maturidade, Atividade e Afetividade”; e por fim, “Inutilidade”. Os resultados indicam que em relação ao Género, existem diferenças extremamente significativas, onde as mulheres (M=32,7; DP=6,82) apresentam menos imagens e estereótipos de “Dependência, Tristeza e Antiquado” associados ao idoso que os homens (M=36,7; DP= 6,56), verificando-se apenas o contrário no único fator positivo “Maturidade, Atividade e Afetividade” onde os homens (M=21,9; DP=3,11) apresentam menos imagens e estereótipos de envelhecimento que as mulheres (M=20,9; DP=2,89). Em relação ao Curso, os resultados sugerem diferenças extremamente significativas (F (6;224) = 6,145; p <0,001) e uma tendência para que os alunos dos cursos que tiveram conteúdos sobre o envelhecimento (M=4,3; DP=1,75), ao longo da sua formação, possuam menos estereótipos e imagens sobre os idosos e o envelhecimento, como é o caso do curso de Psicologia e Via Ensino. Quanto à variável Idade, não se verificam estatísticas significativas nos fatores, apresentando no entanto, uma tendência para que quanto mais se avança na idade menos imagens e estereótipos de “Dependência, Tristeza e Antiquado” sobre o envelhecimento se detém, ainda assim são os mais novos (M=21,6; DP=3,09) que atribuem mais imagens positivas de “Maturidade, Atividade e Afetividade” aos idosos e ao envelhecimento. Por fim, em relação ao Contacto Intergeracional com Pessoas Idosas da Família e Não familiares aponta-se a tendência para que quanto menos frequente for o relacionamento com pessoas idosas mais imagens negativas de “Dependência, Tristeza e Antiquado” e “Incompetência Relacional e Cognitiva” existem, apesar de não haver diferenças estatisticamente significativas. |
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