Fotografias efémeras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soudo, José Joaquim de Jesus
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/5774
Resumo: Eder (1945) e Gernsheim (1969) manifestam, nos respectivos livros de “História da Fotografia”, a sua surpresa pelo facto de Thomas Weedgwood e Humphry Davy não terem aplicado nos seus ensaios, as experiências do cientista sueco Carl Wilhelm Scheele, relativas ao uso de amoníaco como solvente de sais de prata e que foram por este publicadas em 1777, no tratado "Chemische Abhandlung von der Luft und dem Feuer“ – ”Tratado químico do ar e do fogo”. Caso estes dois investigadores assim o tivessem feito, nas suas pesquisas, a fotografia registada em suporte de prata, tal como a conhecemos na actualidade, poderia ter tido o seu nascimento nos finais do século XVIII ou anos iniciais do século XIX. Nesse período, Thomas Weedgwood e Humphry Davy, executaram “impressões solares” sobre papel e também sobre couro branco, sensibilizados com nitrato de prata. Obtinham resultados em negativo, instáveis e efémeros. Davy ensaiou a execução das “impressões solares” com cloreto de prata, material mais sensível que o nitrato. Não se conhece no entanto, informação que comprove que ele ou Wedgwood tenham praticado com sucesso, algum meio para a estabilização e fixação destas impressões. Embora com resultados muito precários, os contributos de Thomas Wedgwood e de Humphry Davy, permitiram a conjugação de casualidades e investigações que levaram ao surgimento da fotografia, como uma actividade regular nas décadas seguintes, ou seja, já no século XIX. É sobre a efemeridade do seu trabalho que se tomou como objectivo desenvolver este projecto de execução da exposição “Fotografias efémeras”, como um contributo e uma homenagem que se lhes presta, pois foram figuras muito particulares e de referência, de todos os pioneiros dos tempos que se poderão entender como os da “pré-história da fotografia” (Rosenblum, 1997, Gernsheim, 1965 e Eder, 1945) ou da “proto-história da fotografia” (Batchen, 2001).
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