Análise da relação entre a activação electromiográfica do quadricípite e a posição articular do joelho durante a extensão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Paulo André Espada Couto
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/33281
Resumo: Introdução e objectivos: Este estudo insere-se na temática do movimento humano, mais concretamente na análise da força e actividade mioeléctrica do Quadricípite de acordo com a posição angular do joelho, com o objectivo de contribuir para a melhoria da eficácia deste instrumento de análise usado na prática clínica. O principal objectivo deste estudo é identificar a posição angular do joelho em que o Quadricípite tem o seu máximo de activação mioeléctrica e de força muscular, durante a sua contracção isométrica. Pretende-se ainda comparar a produção de força isométrica do Quadricípite em diferentes posições angulares do joelho, aspecto ainda pouco claro na literatura. Embora a posição de referência do teste muscular manual seja a de extensão completa do joelho (extensão quase completa, para evitar a posição de closed-pack position do joelho, ou posição de ferrolho articular), a posição capaz de produzir maior quantidade de força, segundo a teoria das pontes cruzadas de actina e miosina, é a amplitude média articular. Este estudo tem como objectivo clarificar esse ponto menos claro na avaliação do Quadricípite. Material e Métodos: A recolha de dados teve lugar em ambiente laboratorial. Foram examinados 38 indivíduos (30 do sexo feminino e 8 do sexo masculino). O protocolo de teste isocinético constituiu na execução de uma contracção isométrica máxima do músculo Quadricípite, com a duração de 5 segundos, para cada amplitude articular do joelho testada (5º, 30º e 60º de flexão), com intervalos de repouso de 30 segundos entre elas, numa amplitude articular da anca constante (85º de flexão). A força muscular exercida pelo Quadricípite foi registada num Dinamómetro Isocinético e a actividade electromiográfica foi registrada nos músculos Vasto medial, Vasto Lateral e Recto Femoral do Quadricípite. Resultados: A posição angular da articulação do joelho em que o Quadricípite realizava o seu máximo de força muscular e actividade mioeléctrica foi nos 60º de flexão do mesmo, comparativamente com os 5º e 30º do joelho, em condições isométricas, com a articulação da anca estabilizada no 85º de flexão. As diferenças destes resultados foram estatisticamente significativos. Conclusão: A posição de referência do teste muscular manual do Quadricípite, os 5º de flexão do joelho e 90º de flexão da anca, não é a posição articular do joelho em que o músculo em causa produz maior quantidade de força muscular e actividade mioeléctrica. A posição de teste muscular manual do Quadricípite deveria ser os 60º de flexão do joelho (e 90º de flexão da anca), para uma quantificação mais precisa da força muscular máxima produzida pelo mesmo. De referir, que esta conclusão vai ao encontro do que é postulado na teoria das pontes cruzadas de actina e miosina.
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Embora a posição de referência do teste muscular manual seja a de extensão completa do joelho (extensão quase completa, para evitar a posição de closed-pack position do joelho, ou posição de ferrolho articular), a posição capaz de produzir maior quantidade de força, segundo a teoria das pontes cruzadas de actina e miosina, é a amplitude média articular. Este estudo tem como objectivo clarificar esse ponto menos claro na avaliação do Quadricípite. Material e Métodos: A recolha de dados teve lugar em ambiente laboratorial. Foram examinados 38 indivíduos (30 do sexo feminino e 8 do sexo masculino). O protocolo de teste isocinético constituiu na execução de uma contracção isométrica máxima do músculo Quadricípite, com a duração de 5 segundos, para cada amplitude articular do joelho testada (5º, 30º e 60º de flexão), com intervalos de repouso de 30 segundos entre elas, numa amplitude articular da anca constante (85º de flexão). A força muscular exercida pelo Quadricípite foi registada num Dinamómetro Isocinético e a actividade electromiográfica foi registrada nos músculos Vasto medial, Vasto Lateral e Recto Femoral do Quadricípite. Resultados: A posição angular da articulação do joelho em que o Quadricípite realizava o seu máximo de força muscular e actividade mioeléctrica foi nos 60º de flexão do mesmo, comparativamente com os 5º e 30º do joelho, em condições isométricas, com a articulação da anca estabilizada no 85º de flexão. As diferenças destes resultados foram estatisticamente significativos. Conclusão: A posição de referência do teste muscular manual do Quadricípite, os 5º de flexão do joelho e 90º de flexão da anca, não é a posição articular do joelho em que o músculo em causa produz maior quantidade de força muscular e actividade mioeléctrica. A posição de teste muscular manual do Quadricípite deveria ser os 60º de flexão do joelho (e 90º de flexão da anca), para uma quantificação mais precisa da força muscular máxima produzida pelo mesmo. De referir, que esta conclusão vai ao encontro do que é postulado na teoria das pontes cruzadas de actina e miosina.Introduction and purposes: This study is about the theme of the human movement, more precisely the analysis of the strength and myoelectrical activity of the Quadriceps according to the angle position of the knee, with the objective of improving the performance of this test used in the clinical practice. The principal aim of this study is to identify the angle position of the knee, in which the Quadriceps has the highest myoelectrical activation and muscle force, during its isometrical contraction. It is still intended to compare the production of isometrical force of the Quadriceps in different angle knee positions, which isn’t clear in literature yet. Although the position of reference of the manual muscle test is the complete knee extension (almost complete extension, to avoid the closed-pack position of the knee), the position able of producing a higher force quantity, according to the sliding filament model of actine and myosin, it is the joint average amplitude. This study aims to clarify that less clear point in the evaluation of Quadriceps. Material and Methods: The collection of data happened in laboratory atmosphere. 38 individuals were examined (30 female and 8 male). The protocol of isocinetic test consisted of the execution of a maximum isometric contraction of the Quadriceps muscle, lasting 5 seconds, for each joint amplitude of the knee tested (5º, 30º and 60º of flexion), with resting breaks of 30 seconds between them, in a joint amplitude of the connected hip (85º of flexion). The muscle strength made by the Quadriceps was registered in an Isocinetic Dinamometer and the electromyography activity was registered in the Vastus Medialis, Vastus Lateralis and Rectus Femoris of the Quadriceps. Results: The angle position of the knee joint in which the Quadriceps achieved its highest muscle force and myoelectrical activity was on the 60º of flexion of the same, comparing to the 5º and 30º of the knee, in isometric conditions, with the hip joint stabilized in the 85º of flexion. The differences of these results were statistically meaningful. Conclusion: The reference position of the manual muscle test of the Quadriceps, the 5º of the knee flexion and 90º of the hip flexion, isn’t the joint knee position in which the muscle in case produces a higher amount of muscle force and myoelectrical activity. The position of the manual muscle test of the Quadriceps should be the 60º of the knee joint (and 90º of the hip flexion), for a more precise quantification of the maximum muscle force produced by the same. It’s important to take into account that this conclusion is according to the sliding filament model of actine and myosin.Castro, Maria AntónioRepositório ComumFerreira, Paulo André Espada Couto2020-09-14T10:12:30Z20132014-01-01T00:00:00Z2014-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/33281201491990porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T15:40:49Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/33281Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:16:38.775189Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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